segunda-feira, 6 de março de 2023

 PROGRAMA JOVENS TALENTOS PARA A CIÊNCIA

 

 

 

 

                                                                                                            

 

 

 

 

JORNADA CIENTÍFICA JOVENS TALENTOS  ETAPA 4

REGIÕES:  METROPOLITANA – LAGOS E SERRANA

07/12/2022 PLANETÁRIO DA GÁVEA

PARTICIPANTES :




















                                                                                                                                           

 

                           

                                           

RESUMOS

CEFET

UM RIO DE ESPORTES: CIDADE, HISTÓRIA E MEMÓRIA

 

Luiza Castro Barroso1 e André Alexandre Guimarães Couto (Professor Orientador)2

1Cefet/RJ Campus Maracanã (escola do aluno)

2 Cefet/RJ Campus Maracanã (Instituição de estágio)

 

A proposta do projeto foi pesquisar alguns dos principais espaços esportivos na cidade do Rio de Janeiro e que desapareceram ao longo do século XX. Desta forma, a pesquisa transitou pelos conceitos e discussões sobre memória e de reorganização urbana. A cidade do Rio de Janeiro passou por uma série de mudanças geográficas e urbanas ao longo dos séculos XIX e XX. Várias partes do município sofreram transformações por conta de uma diversidade de fatores e causas como, por exemplo, o aumento da população, o avanço de áreas industriais sobre as rurais, a re(significação) de determinados espaços populares e de lazer, as decisões políticas e econômicas em torno da funcionalidade da cidade, dentre outras possibilidades. Portanto, muitos espaços esportivos e de lazer da cidade desapareceram em face da re(orientação) de instâncias políticas, econômicas e sociais no Rio de Janeiro. Desta forma, o presente projeto visa pesquisar alguns destes principais espaços esportivos e arenas espalhados por todos os cantos da cidade carioca, desde a Zona Oeste, passando pela Zona Norte, o Centro e a Zona Sul. Na primeira etapa do projeto realizou-se uma pesquisa sobre estes locais, suas relações com a comunidade local e municipal ao longo da História e as principais causas de seus respectivos desaparecimentos. Para tanto, foram selecionados espaços representativos de quase todas as regiões da cidade do Rio de Janeiro, a saber: 1) o Hipódromo de Santa Cruz; 2) Estádio Wolney Braune (também conhecido popularmente como Estádio do Andaraí); 3) Pavilhão de Regatas (da Enseada de Botafogo); 4) Arena dos Touros (Laranjeiras); 5) Sede do Clube de Natação e Regatas da Praia da Lapa e 6) Derby Club (Maracanã) e 7) Jockey Clube da Abolição. Com isso, tratamos de várias modalidades esportivas e de lazer como o hipismo, futebol, remo, natação e tourada.

Posteriormente, em um segundo momento, utilizamos recursos tecnológicos para recriar em programas AUTOCAD as maquetes digitais em 3D destas estruturas esportivas com o objetivo de recuperar a memória em torno destes espaços e, por consequência, da própria cidade.

 

Palavras-chave: Arenas Esportivas; História do Esporte e do Lazer; Maquetes Digitais.

 

“ESTUDO ETNOBOTÂNICO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE NOVA IGUAÇU – CONHECENDO O USO DE PLANTAS E SUAS ASSOCIAÇÕES COM O CUIDADO”

 

Larissa da Silva Fagundes1, Esther Ribeiro de Santana Silva1, Cristiane Rosa Magalhães1, Fernanda Zerbinato Bispo Velasco1, Júlio Cesar Santos da Silva1

1Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – Nova Iguaçu

 

Durante o processo de industrialização as pesquisas no ramo da farmacologia, foram responsáveis por isolar várias substâncias químicas empregadas como princípio ativo de medicamentos, ocupando o lugar do uso das ervas como opção terapêutica. O uso dos fármacos gerava mais lucro às empresas, além disso, se apresentavam como mais práticos para os profissionais e a população, servindo bem ao modo de vida urbano. Desta forma os saberes sobre a utilização das plantas medicinais foi gradativamente se perdendo. Com o avanço da industrialização e da urbanização, o hábito de cultivo de alimentos também foi enfraquecido. Mesmo com isso, algumas pessoas seguiram com o costume de utilizar plantas medicinais para tratamento de diversos males, por conta de não possuírem acesso aos hospitais, profissionais de saúde e sobretudo de produtos farmacêuticos. Assim, a fitoterapia se faz presente, buscando estudar sobre o uso terapêutico destes vegetais no organismo humano. A partir disso, este projeto foi feito para recolher o conhecimento popular da unidade básica de saúde (UBS), e então orientá-las com base na fitoterapia sobre o uso saudável e adequado das plantas. A proposta principal seria fazer um questionário para apurar melhor como as pessoas pensam em relação às plantas medicinais e o seu no uso do dia a dia. Para isso, tomamos a ação inicial de fazer visitas à UBS, como uma atividade de reconhecimento do território para assim entendermos melhor nosso público-alvo e direcionar melhor as perguntas. Em interação com o grupo de outro projeto, percebemos que as gestantes faziam o uso do capim limão para aliviar alguns sintomas da gravidez, e com isso iniciamos uma pesquisa sobre os efeitos deste chá. Além disso, fizemos uma varredura para identificação de espécies medicinais presentes no CEFET, e planejamos canteiros para o manejo destas. Como atividade complementar, fomos a um evento de troca de mudas. Como resultado das atividades foi obtido: no capim limão- uma contraindicação devido a um possível malefício causado pela ingestão deste chá, por conta do mirceno que pode causar o relaxamento do útero; levantamento- 6 espécies medicinais encontradas; no evento que fomos- conhecimento sobre novas plantas e suas propriedades medicinais, e como as pessoas usam no dia a dia com base no conhecimento popular. Conclui-se que, com o evento de troca de mudas e com as visitas, o uso das plantas realmente ainda está presente na vida das pessoas, principalmente da população mais idosa.

 

Palavras-chave: fitoterapia; plantas medicinais; pesquisa.

 

VAMOS FALAR DE CIÊNCIA?”: DESENVOLVIMENTO DE PLATAFORMA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA FEITA POR E PARA ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

 

 Alana Souza Andrade de Lima1, Guilherme Inocêncio Matos1

1Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ)

 

  A Divulgação Científica vem apresentando crescente importância no cenário mundial, com grande repercussão nacional e internacional. Primariamente exercida por museus de ciência, novas e variadas iniciativas vêm surgindo, principalmente baseadas em redes sociais e no trabalho realizado diretamente na Escola. Neste contexto que se situa o projeto “Ciência, sua Danada!” (CSD), que ocorre desde 2017 no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ) e que procura estimular que os estudantes coloquem em prática os aprendizados obtidos dentro do estudo das Ciências, assim como, desenvolvam novas habilidades e percepções no campo da educação científica. Inserido nesse projeto, o trabalho da bolsista apresentou o foco principal na produção de conteúdo de divulgação científica em redes sociais com vistas a atingir principalmente o público ainda pertencente a educação básica. Além de tais produções, também serão aqui apresentados, resultados que discutem a divulgação cientifica e sua relação com a mídia social, mais especificamente a respeito do engajamento de seguidores na rede social “Instagram” do perfil “Ciência, Sua Danada!”, assim como a forma com que os conteúdos científicos veiculados por meio dessa página virtual poderiam ter um maior alcance para democratizar a informação. Para tal finalidade foram empregadas ferramentas de coleta de dados relativos às publicações entre os anos 2020 e 2022, principalmente em relação ao número de seguidores do perfil do CSD para elaboração de gráficos, que permitiram a avaliação da evolução do engajamento no perfil. Desta forma, com uma abordagem de pesquisa quantitativa e descritiva, foi possível observar que as características relativas ao público de um canal de mídia social afetam diretamente o alcance das publicações, associado a uma diversidade de mídias veiculadas. Assim, para que a abrangência da informação chegue a mais pessoas é de suma importância conhecer o seu público e ter uma pluralidade de conteúdos audiovisuais.

 

Palavras-chave: Divulgação Científica; Saúde e Meio Ambiente; Protagonismo Estudantil

 

“EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM HORTAS ESCOLARES: REVISÃO DA LITERATURA”

 

Giovanna do Espírito Santo Pereira1, Juliana de Oliveira Ramadas Rodrigues (Orientadora)1

1 Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ campus Maria da Graça.

 

As hortas escolares são ambientes capazes de estimular os estudantes a criar hábitos alimentares a partir da experiência de plantio, cuidado e colheita. Essas ações possibilitam a educação alimentar e nutricional e promovem não só o ensino de ciências, mas também o ensino de outras disciplinas, tornando-se um trabalho interdisciplinar. O objetivo deste estudo foi analisar a produção sobre educação alimentar e nutricional em hortas escolares no Brasil, nos últimos cinco anos, por meio de revisão de literatura. Foram realizadas buscas em março de 2021, em dois portais de pesquisas: Scielo e CAPES, os artigos selecionados deveriam conter as combinações das palavras-chave (“horta escolar” AND “educação alimentar”) ou (“horta escolar” AND “educação alimentar e nutricional”). As buscas retornaram 8 artigos completos. Após a leitura de cada artigo, realizamos um resumo com as principais características de cada estudo e a análise de conteúdo dos artigos. Definimos as categorias que apareceram em cada texto e que foram usadas para analisá-los, são elas: produção de cuidado; contato com a natureza; relação diferente pelo plantar e práticas sustentáveis de caráter interdisciplinar. O trabalho demonstra que ainda existem poucos estudos sobre hortas escolares e educação alimentar e nutricional, mas os resultados encontrados apresentam que as práticas educativas com hortas são importantes ferramentas para o campo da educação alimentar e nutricional em escolas.

 

Palavras-chave: educação alimentar e nutricional, hortas escolares, educação alimentar.

 

A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE JOGOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS: UM OLHAR PARA OS PERIÓDICOS DA ÁREA

 

 Julia Maria Mota Lins Torres1 e Marta Maximo-Pereira1

1CEFET/RJ – campus Nova Iguaçu

 O uso dos jogos didáticos como ferramenta para o ensino de Ciências vem crescendo de forma notável dentro de contextos de sala de aula e em outros espaços. No entanto, é necessário conhecer como momentos mais lúdicos podem colaborar para a aprendizagem de Ciências dos estudantes. Assim, o objetivo desta pesquisa de Jovens Talentos é investigar que conhecimentos estão sendo produzidos pelas pesquisas em Ensino de Ciências no que se refere à elaboração e à aplicação de jogos didáticos. Foram usados como corpus de análise os artigos sobre jogos presentes nas revistas brasileiras dos Qualis A1 e A2 da área de Ensino de Ciências. O trabalho consistiu em uma pesquisa documental, de caráter qualitativo. Foram considerados 5 aspectos para a análise dos artigos, sintetizados em tabelas e gráficos: ano de publicação; revista em que o artigo foi publicado; tipo de artigo; referenciais utilizados na fundamentação teórica dos artigos; contribuições dos artigos para a área de pesquisa  Foi possível identificar que o número de artigos de Pesquisa Empírica sobre jogos no Ensino de Ciências é semelhante ao número de artigos de Proposta Didática de jogos e que a citação a múltiplos autores da pesquisa em Educação/Ensino de Ciências caracteriza os referenciais teóricos mais recorrentes nos artigos do corpus. Tais resultados confirmam as conclusões de pesquisas anteriores, que defendem ser preciso a realização de mais pesquisas e um embasamento teórico para que a prática do uso de jogos no Ensino de Ciências não seja feita apenas de forma espontânea pelo professor, para motivar os alunos, mas com potencialidade para a aprendizagem de conhecimento científico escolar.

Palavras-chave: jogos didáticos; Ensino de Ciências; pesquisa documental

A Educação Física auxiliando no equilíbrio essencial: corpo, mente e natureza em Petrópolis

 

Marcos Paulo Jardim de Oliveira, Marcelo Faria Porretti

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – Petrópolis

 

O município de Petrópolis é uma cidade da região serrana do estado do Rio de Janeiro, ela é historicamente conhecida como cidade imperial, que no início de 2022 sofreu com as fortes chuvas. Cerca de 70% do território do município é constituído por unidades de conservação, onde deve ocorrer um debate constante envolvendo a sociedade na natureza. Sendo necessária uma multiplicidade de contatos com a natureza para entender que o desafio contemporâneo requer a busca de reinvenções, perpassando o meio político e novos meios de convívios e valores, instaurando-se uma ressignificação da própria vida, o que envolve o ato de exercitar-se. Convivemos com a Pandemia de Covid-19, em que algumas formas de enfretamento perpassavam o lúdico, o movimento e condições socioambientais. Nesse processo à atividade física se fez presente e oculta ao mesmo tempo, nos momentos de isolamento social, ou de caos causados pelo desastre ambiental. Entretanto, as próprias Unidades de Conservação presentes no município, trazem consigo grande importância para a saúde física e mental humana, tendo em vista que o contato com a natureza permite a diminuição do estresse diário, aumentando também a predisposição para práticas de exercícios físicos, tais como trilhas, caminhadas, montanhismo, dentre outras. Como objetivo geral iremos em busca da seguinte resposta. A atividade física atuou nos processos de enfrentamento à Covid-19 e ao momento de desastre? De que forma está prática aconteceu, ou não aconteceu? Utilizaremos a metodologia qualitativa para coleta e análise dos dados, o instrumento de pesquisa será a aplicação de um questionário, e à amostra será composta pela comunidade do Cefet/RJ Uned Petrópolis e a comunidade circunvizinha. Como resultados esperados procuramos entender a temática de atividade física, de recreação e lazer para o momento pandêmico e pós pandemia, adentrando a seara das tragédias ambientais. Buscando como a prática do montanhismo pode contribuir para uma maior conscientização ambiental, a fim de dirimir tragédias futuras.

 

Palavras-chave: práticas corporais de aventura; meio ambiente; saúde.

A Educação Física auxiliando no equilíbrio essencial: corpo, mente e natureza em Petrópolis

 

Ana Alice da Costa Andrade, Marcelo Faria Porretti

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – Petrópolis

 

Entendo as áreas protegidas no município de Petrópolis e Miguel Pereira, e sua importância para a saúde física e mental humana, tendo em vista que o contato com a natureza permite a diminuição do estresse diário, aumentando também a predisposição para práticas de exercícios físicos, tais como trilhas, caminhadas, montanhismo, dentre outras. E percebendo o aumento do Turismo de Aventura no Brasil, buscamos como objetivos neste trabalho, compreender como estas atividades vem sendo realizadas em Petrópolis e Miguel Pereira comparativamente. Onde buscou-se: quais práticas de aventura ocorrem nestes municípios? São respeitadas as áreas de proteção integral e uso sustentável? Como são oferecidos estes produtos e serviços dentro do setor turístico? A metodologia utilizada foi qualitativa de caráter documental, bibliográfico e participativa, com realização de visitas a estes espaços (afetados pelos protocolos de segurança empreendidos na pandemia e retorno às atividades presenciais). Nos resultados ao realizamos buscas nos sites das prefeituras, verificamos que em Petrópolis foi possível observar o turismo de aventura em duas abas: 1) na Secretaria de Meio ambiente, com denominação ecoturismo, encontrando as atividades de arvorismo, cabo aéreo, cachoeira véu da noiva, canyoning, caminhadas ecológicas, escalada em via ferrata, montanhismo, paintball, passeios de Jeep, rafting e rapel. 2) na Secretaria de Turismo (TurisPetro), com a denominação turismo de natureza, encontrando parques, circuitos ecorurais e passeios, como: Parque Nacional Serra dos Órgãos, o Parque Cremerie, o Parque Natural Municipal Padre Quinha, Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, Travessia Petrópolis-Teresópolis, Caminho Araras-Videiras, Caminhos do Brejal, Caminhos Secretário, Caminhos Bonfim e Pedras do Taquaril. Já em Miguel Pereira ao clicar em pontos turísticos observa-se alguns atrativos que incluem o ecoturismo e o turismo de aventura como: o Lago de javary onde acontece algumas competições de corrida e caminhada e possui quadra de areia em que é possível praticar diferentes esportes, o Viaduto Engenheiro Paulo de Frontin, onde algumas pessoas praticam rapel, o Monumento da gruta dos escravos, o Caminho do imperador, as Cachoeiras de Vera Cruz e a rampa de voo livre. Concluímos arriscando dizer que o turismo de aventura em Petrópolis é um pouco mais organizado e desenvolvido quando comparado ao município Miguel Pereira.

 

Palavras-chave: práticas corporais de aventura; meio ambiente; saúde.

“Analisar o impacto das ações de educação em saúde na formação do técnico de enfermagem, durante a pandemia do coronavírus”

Emanuelle Barroso Lopes, Fernanda Zerbinato Bispo Velasco –

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ)  - Nova Iguaçu

Nesta pesquisa pretende-se identificar o papel da educação em saúde realizada através das redes sociais de internet durante a pandemia do coronavírus. Neste contexto de isolamento social os alunos do curso técnico de enfermagem do CEFET/RJ da unidade de Nova Iguaçu desenvolveram atividades educativas de forma remota com várias temáticas na área de materno-infantil e da saúde da criança. Estes assuntos foram abordados através de postagens semanais no instagram, facebook, tik tok e youtube, além de lives com profissionais de saúde sobre questões relevantes na saúde coletiva. Percebemos naquele momento que existia a necessidade de se criar uma rede de conexão social, que fosse capaz de romper barreiras impostas pela distância física, possibilitando a troca de conhecimento e democratização da informação (DE SOUZA,2020). Nesta perspectiva é relevante entender como essa experiência impactou na formação desses futuros técnicos de saúde, pois através das mídias sociais eles transferiram conhecimentos acumulados ao longo do seu curso. Neste processo de ensino e aprendizagem na educação em saúde tentou-se explorar as potencialidades da internet intermediando a relação entre a população e os futuros profissionais. Desta maneira é crucial entender como os discentes vivenciaram esse momento adverso, e o que eles indicam como positivo ou negativo nessas atividades educativas junto à população. Entendemos que é relevante compreender quais foram as dificuldades vivenciadas por eles na construção dessas atividades.  Promoção de educação em saúde às gestantes e ao público infantil no que se refere a saúde coletiva.   O método foi desenvolver conteúdos educativos nas redes sociais, realizando lives, reels e posts, sendo uma pesquisa qualitativa de pesquisa ação. Para a programação dos conteúdos nossas reuniões eram semanalmente, abordamos conteúdos em nossas redes sociais como: amamentação, como o coronavírus afeta mulheres grávidas, pré - natal, violência obstétrica, dermatite de fralda, HIV em crianças e adotamos uma série de vídeos nomeado “As aventuras de Lukinhas”, um personagem infantil que apresenta assuntos na área da saúde relevantes em uma linguagem mais simplificada para as crianças e seus responsáveis.  Alcançamos mais seguidores no nosso instagram antes nomeado @equipegestantes e agora @gpcriançasegestantes e no @academicosinfanti juntando às redes sociais possuímos cerca de 1.400 seguidores. Nossas publicações com mais visualizações foram: menstruação em outras culturas (62 curtidas), pobreza menstrual (66 curtidas), pílula anticoncepcional (70 curtidas) e o vídeo com mais visualizações para o público infantil foi o reels “mitos e verdades sobre a coronavac” (1.122) e da série do Lukinhas “vamos falar sobre piolho?’’ (121) Dessa forma, com a estratégia tomada, buscou-se viabilizar informações fidedignas no que tange a saúde ao público alvo e aos estudantes do técnico de enfermagem a busca pelo conhecimento e novas aprendizagens.

Palavras-chave: pandemia do coronavírus; saúde; atividades educativas

 

IMPACTO DE FATORES ESTRATOSFÉRICOS EM BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS VISANDO USO EM SISTEMAS DE SUPORTE A VIDA BIOREGENERATIVOS

 

 Daniel Moreira dos Santos 1, Wilber de Sousa Alves 1

1Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (escola e Instituição de estágio do aluno)

 

A astrobiologia é um campo de pesquisa dedicado a entender a origem, evolução, distribuição e futuro da vida, na Terra ou fora dela, e se destaca por possuir uma abordagem multi e interdisciplinar. O grupo Zenith Aerospace da USP de São Carlos (EESC), permite que escolas públicas e privadas tenham a oportunidade de desenvolver experimentos usando balões de alta altitude como plataformas educacionais, visando incentivar jovens estudantes a prática da ciência e desenvolvimento de projetos nas diversas áreas da astronomia e engenharia espacial. Através da participação nesses editais, a coordenação de biologia do CEFET/RJ-Maracanã iniciou o desenvolvimento de um projeto científico/educacional voltado para a temática de astrobiologia. O objetivo foi usar a astrobiologia como temática para integração dos saberes aprendidos nas disciplinas do ensino médio/técnico focando no desenvolvimento de projetos científicos. A temática foi trabalhada através da avaliação do impacto de fatores estratosféricos tais como: baixa pressão atmosférica, temperatura, e concentração de oxigênio, alta taxa de radiação ionizante e variações na gravidade, em bactérias fixadoras de nitrogênio. Esses fatores podem ser encontrados na superfície da Lua e de Marte, sendo estes considerados alvos-chave para o início da busca da vida além da Terra e da exploração espacial. Experimentalmente, bactérias diazotróficas (Ensifer meliloti) foram cultivadas em laboratório e posteriormente adsorvidos em pérolas de cerâmica, e acomodados em criotubos, os quais foram fixados em uma sonda, e submetidos à exposição aos fatores estratosféricos, com o auxílio de um balão meteorológico. Após o voo estratosférico, as amostras foram analisadas quanto a sua sobrevivência e a presença de contaminação durante o voo. Além disso, foi observado o estabelecimento da simbiose entre as bactérias sobreviventes em plantas de Medicago sativa L. Contudo, em decorrência da pandemia da COVID-19, a programação dos editais do grupo Zenith Aerospace ficou comprometida, sendo necessário readequação do projeto para o sistema remoto. Houve a produção de conteúdo de divulgação científica da área da astrobiologia, e temas transversais do nosso projeto, usando um perfil no Instagram, intitulado: “@equipecefetrjbio”, como plataforma de divulgação, além da execução de reuniões para treinamento, via Microsoft Teams, para as etapas experimentais do projeto e as análises experimentais, efetuadas em sistema remoto com a execução de etapas práticas, com auxílio do orientador, sendo transmitidas remotamente para os orientandos, avaliando as possíveis alterações na morfologia da planta, em ensaios de biometria e biomassa seca, como também os ensaios bioquímicos para a determinação da concentração de proteínas, análise do perfil proteico por SDS-PAGE unidimensional e concentração de clorofilas totais, visando averiguar o potencial uso dessa bactéria diazotrófica como inoculante para plantas em sistemas de suporte a vida bioregenerativos.

 

Palavras-chave: Astrobiologia, Medicago sativa L. Simbionte.

 

FAETEC

ETE REPÚBLICA

Jornal A Voz do República

 

 Ana Luiza Bernardo1, Leonardo Galvão de Oliveira1, Luiza Naara de Souza1, Katerinna Assis1 

1Escola Técnica Estadual  República – Faetec (Fundação de Apoio à escola Técnica)

 

É recorrente, nas aulas de Língua Portuguesa, observar que os alunos chegam ao Ensino Médio lendo pouco e escrevendo menos ainda. Frequentemente, essas atividades de leitura e escrita resumem-se à sala de aula e são vistas como entediantes, devido ao caráter de obrigatoriedade da tarefa escolar e artificialidade das situações comunicativas.

O presente projeto “Jornal A Voz do República” pretende fomentar o interesse pela leitura e escrita dos alunos da Escola Estadual República (ETER), da Rede FAETEC, propiciando situações comunicativas reais, em que os próprios alunos serão os agentes e/ou interlocutores de todo o processo.

Trata-se da produção de textos literários e não literários; de textos verbais e textos visuais e de uma diversidade de gêneros textuais para a elaboração do jornal da escola e, consequente, publicação nas versões digitais, considerando os novos meios midiáticos, e também na versão impressa. Para tal dinâmica, ocorrem os processos de revisão e reescrita, orientados pelo professor da área de Linguagens, e o desenvolvimento de um trabalho de design gráfico, realizado por alunos do curso de Informática. O “Voz da República” já conta, atualmente, com 12 edições impressas. Ademais, foram criadas páginas no Instagram (avoz_republica) e no Facebook (A voz do República), cujas postagens ocorrem semanalmente, com indicações de livros, séries e filmes. É importante destacar que o projeto surgiu do desejo dos alunos de nossa escola em transformá-la em um lugar de reconhecimento de sua competência escritora e também, um lugar de estímulo e orientação para a ampliação de seus repertórios linguístico e cultural.

Palavras-chave: leitura e interpretação de textos; produção textual; ensino

PROJETO ALUNOS MULTIPLICADORES

: Danilo Ferreira Gabry1, Clarissa Leite Sales da Costa1, Emmanuel Marcelino de Brito Júnior1, Stefany Catete Seabra1.

Orientadora: Prof.ª Odiléa Corrêa da Silva1.

1 Escola Técnica Estadual República - FAETEC (Fundação de Apoio à Escola Técnica).

 

 Escola Técnica Estadual República subordinada à Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC) implantou o Projeto Alunos Multiplicadores, por acreditarmos na sua plena eficácia, na sua capacidade de promover mudanças significativas no ambiente escolar e, acima de tudo, na formação de cidadãos conscientes de sua importância na sociedade onde estão inseridos. O Projeto Alunos Multiplicadores iniciou-se em 2019, a partir da iniciativa do inspetor Jesse Félix da Silva. O inspetor observou que se a escola começasse a incentivar os alunos que possuem um bom rendimento para que ajudassem os seus colegas em suas dificuldades nas disciplinas, esses alunos fariam a diferença e estariam contribuindo com a escola. Em 2019, o projeto se inscreveu para participar da 1ª Edição do Prêmio Paulo Freire promovido pela Alerj e premiado no dia 14 de novembro de 2019 na categoria "Experiência Pedagógica no Ensino Médio, Pós-Médio, Técnico e/ou Profissionalizante". A proposta da coordenação do projeto é que tenhamos reuniões semanais de acompanhamento do trabalho a ser desenvolvido. Nas reuniões de planejamento e avaliação participam os representantes da liderança do projeto formada pelos seguintes funcionários: os inspetores Jesse Félix da Silva, Leila Ramos Vasconcelos e David Conceição dos Santos, a supervisora educacional Micheli Silva Souza Bahia, a orientadora educacional Ana Lúcia Maravalhas e, a professora Odiléa Corrêa da Silva, orientadora do projeto. O objetivo principal das reuniões é atualizar o projeto de acordo com as mudanças e inovações no mercado de trabalho e dar andamento dinâmico à política de formar cidadãos multiplicadores de conhecimento. O aluno participante deverá ter o perfil de multiplicador, ou seja, ter conhecimento de uma ou mais disciplinas, além de transmitir para outros alunos que apresentem dificuldades; atuar como monitor, orientando e estabelecendo formas de conduzir os alunos com dificuldades no aprendizado a uma melhor performance, aplicando práticas necessárias a este fim; ajudar na conscientização dos colegas em relação aos direitos e deveres que norteiam o convívio escolar; ser agente na função de interação entre escola e sociedade; aplicar os conhecimentos adquiridos em visitas técnicas, estágios e afins, com o objetivo de enriquecer o currículo escolar; ajudar a escola na formação de pessoas com a consciência de cidadania e preservação de valores essenciais para a boa convivência.

 

Palavras-chave: Aprendizagem. Cidadania. Colaboração. Conhecimento. Ensino

 

 

ETE Ferreira Viana

 

LABORATÓRIO DE LEITURAS

 

Annye Louise Rodrigues de Assunção1, Gustavo dos Santos Dian1, Jennefer Dutra da C. de Oliveira1, Maria Eduarda Vale Freire1.

 

Professoras: Ana Ligia Matos1, Cláudia Fabiana Cardoso1, Patrícia Camargo1

 

1Escola Técnica Estadual Ferreira Viana- FAETEC

 

O núcleo mobilizador do esforço empreendido no projeto de pesquisa, ora proposto, buscará desenvolver uma metodologia de leitura voltada para os alunos da Educação Profissional da Escola Técnica Estadual Ferreira Viana. O caráter inovador do projeto “Laboratório de Leituras” reside na ampliação dos conceitos de leitura e escrita agregando as especificidades da Educação Profissional desses registros no desenvolvimento de uma metodologia centrada na relação dialógica entre diferentes produções textuais. O presente projeto tem como intento a busca por estabelecer um processo interativo em que professores e alunos ao logo do contato direto com leituras abrangentes e constantes produções textuais possam construir novas pontes de saberes, facilitando assim aos discentes o alcance mais extenso de conhecimentos ao logo do processo de ensino-aprendizagem que ganha um significado amplo e relevante.

Palavras-chave: Literatura, Leitura, Interdisciplinaridade

 

 

 

“CASA INTELIGENTE”

 

Vitória de Oliveira Pereira Viegas1

1Escola Técnica Estadual Ferreira Viana (ETEFV) – FAETEC

 

Domótica é uma área caracterizada pela integração de dispositivos conectados em espaços residenciais, melhorando a qualidade de vida pessoas, além de facilitar tarefas no quotidiano. A tecnologia utilizada nas assistentes virtuais estão cada vez mais presente nas residências, trazem conforto e qualidade de vida, automatizando rotinas e facilitando processos. Automação serve para todas as pessoas, de todas as idades e para quem deseja praticidade. Nesta pesquisa desenvolvemos uma casa inteligente integrando diversos sensores e controles para cortinas, portas, luzes, TV, etc.

 

Palavras-chave: ubiqüidade, Arduino, automação residencial, domótica.

 

 

“Braços robóticos automatizados”

 

Daniel Felipe Lemos Reyna1

1Escola Técnica Estadual Ferreira Viana (ETEFV) – FAETEC

 

Os braços robóticos (manipuladores) são máquinas articuladas utilizadas nos hospitais e em larga escala nas indústrias e em outras áreas. São máquinas utilizadas em processos de paletização de cargas ou em processos de soldagem, nas indústrias. Nos hospitais são utilizados em cirurgias robóticas de alta precisão. São máquinas flexíveis, funcionais e desenvolvidas para colaborar com a mão-de-obra humana, complementá-la e torná-la ainda mais especializada. Com as inovações tecnológicas os braços trazem vários benefícios para o nosso dia a dia e podem nos auxiliar em várias áreas. Especificamente na área de educação e ensino de robótica, como nesta pesquisa que estamos desenvolvendo braços robóticos com várias tecnologias representando as tarefas do dia a dia. Podemos controlar braços robóticos de várias maneiras e é possível adaptá-la aos objetivos finais de um projeto específico com facilidade. Seja por botões, celular, joysticks ou mesmo por códigos de programação.

 

Palavras-chave: manipuladores; braço robótico; Arduino

 

Organização e Catalogação do acervo documental escrito e iconográfico do Centro de Memória da ETEFV

 

Alunas: Gabriele Haddad de Lima1, Nicolle Pedrosa Molina1, Karine da Silva Pimenta Evangelista1,

Orientadoras: Karina da Motta Navarro Semeraro1, Mariana Melo1, Thaysa Segal Caseli1

 

Escola Técnica Estadual Ferreira Viana / FAETEC – Maracanã

 

O Centro de Memória da Escola Técnica Estadual Ferreira Viana (ETEFV) é um espaço de reflexão sobre a história e a memória da Unidade Escolar fundada há 131 anos. Tem como missão a preservação e catalogação de seu acervo documental. Propõe-se a estimular o trabalho de pesquisa e produção de conhecimento histórico por parte de docentes e discentes da instituição, estabelecendo assim a integração ensino-pesquisa. O trabalho desenvolvido pela equipe do Centro de Memória da ETEFV, com a participação de quatro alunos bolsistas da FAPERJ, na modalidade Jovens Talentos, consiste na identificação, classificação, organização, catalogação e digitalização do acervo permanente da Unidade de Ensino centenária. A partir da catalogação, trabalhamos na elaboração de bancos de dados - dos acervos bibliográfico, documental escrito, de periódicos e museológico – a fim de facilitar a consulta ao acervo por parte de pesquisadores e da comunidade escolar. Visando dar maior visibilidade ao trabalho do Centro de Memória junto à comunidade escolar e à sociedade em geral, intensificamos o uso das mídias sociais – site e página no Instagram- para a divulgação do projeto. Promovemos uma reorganização de nosso acervo museológico, ampliando uma exposição permanente no segundo andar da escola. Além disso, estamos desenvolvendo um projeto, em parceria com a equipe de robótica, para identificação e descrição dos objetos através de QR Code, de forma a tornar nossa exposição mais interativa e atrativa para os alunos. A equipe atua na divulgação da história desta instituição de ensino, através da organização de seminários, eventos e exposições, contribuindo para a educação de nossos alunos no sentido da valorização da preservação do patrimônio histórico, além de fortalecer e aprofundar a identificação da comunidade escolar – docentes, funcionários e discentes - com a escola. Neste ano criamos um circuito cultural do Centro de Memória, promovendo a  visitação mediada, sob  supervisão das professoras orientadoras, a diferentes  espaços ligados à memória da unidade escolar. As visitas mediadas têm como público alvo a própria comunidade escolar e visitantes externos, tendo este projeto participado da 20ª Semana Nacional dos Museus e da 16ª Primavera dos  Museus. 

Palavras-chave: Memória; História; Documento

 

ETE SANTA CRUZ

Análise sobre os animais em situação de abandono no campus da etesc

 

 Ana Beatriz Dos Santos Silva1, Dilson da Costa Vieira Junior1

1Escola técnica Estadual Santa Cruz -ETESC/FAETEC

 

 Este trabalho está alinhado ao 15o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável, que preconiza sobre a vida terrestre, conforme a ONU, 2015. Realizado no campus da Escola Técnica Estadual Santa Cruz ETESC a partir da observação e diálogo dos estudantes. Observa-se animais em situação de abandono no pátio da escola. Apesar alguns aparentarem estar saudáveis, outros torna-se perceptíveis as condições de maus tratos, com  saúde fragilizada, as quais em acordo com AVELAR 2019 podem ser zoonoses passíveis de transmissão humana. Cabe a escola enquanto local privilegiado trazer a tona a temática e pensar coletivamente soluções exercendo a humanização, realizando ações, onde estão inerente o respeito e compaixão para com o outro ser senciente. As discussões e abordagens das questões sociais, devem ir além dos conteúdos disciplinares, avalia-se que também seja possível trabalhar uma educação socioemocional, de modo que a escola chegue a uma prática que segundo ATAÍDE JUNIOR, 2018 não podemos mais esperar apenas que cada humano e que cada consciência faça o seu papel solitário no respeito á dignidade animal. Dessa forma o pensar coletivo e a metodologia em resolução de problemas, conduz aos alunos a uma atitude ativa e um esforço para buscar as respostas onde habilidades diversas foram empreendidas indo além dos professores orientadores e livros-textos.

 

Palavras-chave: Direito animal. Zoonoses. Ambiente escolar.

 

Impactos da pandemia na vida dos jovens: percepções de estudantes de uma escola pública.

Ester Nívia Luiz da Silva, Hanyellen Andrews Gomes da Silva, Ingrid Maria Honorato da Cunha, Lucas dos Santos Sabany.; Edna Ribeiro dos Santos; Luciane de Paiva Moura Coutinho

Escola Técnica Estadual Santa Cruz - ETESC/FAETEC

Largo do Bodegão, 46, bairro: Santa Cruz. Rio de Janeiro - RJ CEP 23550-050

ednalimentos90@gmail.com

A pandemia de COVID-19 atingiu diretamente o Brasil em março de 2020, ocasionando alterações severas no dia a dia da população. Por tratar-se de uma doença nunca relatada antes de dezembro de 2019 na China, os esforços iniciais para o controle de sua incidência na população foram baseados em medidas preventivas, destacando-se o distanciamento social para evitar a aglomeração de pessoas e a consequente disseminação do vírus. Uma destas alterações na vida dos jovens foi a interrupção de aulas presenciais, para a restrição ao convívio social. Este projeto objetiva identificar pontos da percepção dos jovens quanto aos impactos causados pela crise de saúde pública e econômica no cotidiano. Esta proposta justifica-se pela necessidade de se atentar para a opinião dos adolescentes, pois, mesmo em condições normais, trata-se de uma fase da vida que envolve muitas mudanças de comportamento e de amadurecimento pessoal. Foi elaborado um questionário, aplicado de forma online no final do primeiro semestre de 2022. Participaram 136 alunos de uma escola pública de ensino médio e técnico, na faixa etária predominante entre 14 e 17 anos. Os resultados demonstraram que 93,3% preferem as aulas presenciais; 71% citaram o desânimo como maior alteração psicológica em decorrência do isolamento social, enquanto 28,9% gostariam de uma assistência especializada nesse sentido; 50% pensaram em desistir dos estudos; 58,8% tiveram acesso a todas as refeições diárias e 57,5% ingeriram mais alimentos industrializados. Conclui-se a necessidade de se ouvir e refletir mais sobre as consequências da pandemia nesta faixa etária, buscando formas de minimizar tais impactos.

Palavras-chave: Pandemia. Jovens. Impactos

 

. Ambiente Seguro é Saúde Coletiva!

Iasmyn das Mercês Chaves1, Lúcia Helena Oliveira da Costa2, Marilza Pereira da Silva Rocco3, Renata Maia4

1Escola Técnica Santa Cruz/RJ, 2Profa.ETESC/UFRJ, 3Profa. ETESC/POE, 4Profa. ETESC/Artes

A promoção da saúde perpassa pelo desenvolvimento de ações que estimulem a manutenção de um ambiente seguro. Neste sentido as Tecnologias de Comunicação e Informação são ferramentas que podem ampliar a cadeia de multiplicação de orientações nesse sentido. Foi realizado um encontro com as seguintes temáticas: Segurança na administração de medicamentos em domicílio, ressaltando os riscos da polifarmácia por ingestão acidental e descarte inadequado de medicamentos; Comunicação virtual e preservação da imagem, destacando os dispositivos legais voltados ao mundo virtual; Os significados culturais da cor e seu conforto afetivo, relacionando a influência das cores para a qualidade de vida, bem como seus efeitos terapêuticos e encerrando as apresentações a Importância da participação dos discentes em projetos científico-escolares.  O sucesso das apresentações tem demandado várias ações que ocorrem na comunidade escolar com a participação de discentes e docentes de outros cursos, gerando propostas de subprojetos dentro do tema central, mobilizando a atenção do grupo para o entendimento de conceitos que possam ampliar a compreensão de sustentabilidade.

Palavras-chave: TICs; Saúde ambiental e Sustentabilidade

 

DISPOSITIVO DE SEGURANÇA PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: RESGATANDO O QUE A PANDEMIA RESSIGNIFICOU”

Ana Carolina Moreira da Costa, Ana Clara de Almeida Antunes, Anna Karla Varela da Rocha, Leandra Assis de Pinho Nascimento

Escola Técnica Estadual Santa Cruz

O presente dispositivo foi idealizado em 2015 por dois alunos do 3o ano de Eletromecânica da Escola Técnica Estadual Santa Cruz (ETESC). Naquele ano, após idealizar em nível teórico um artefato para pacientes que fazem uso de diferentes medicamentos em diversos horários a evitarem incidentes, ambos procuraram as professoras do Setor de Projetos da ETESC para transformar a ideia em projeto de pesquisa. O trabalho contaria também com um aluno de informática também da ETESC para desenvolver a linguagem de programação do dispositivo. Naquele ano, por intercorrências dentro e fora da unidade escolar, o projeto não foi desenvolvido. Em 2020, após conversas nos anos anteriores entre as professoras e os egressos, o projeto foi escrito como plano de pesquisa, bem como um protótipo para serem desenvolvidos por três alunos bolsistas do projeto Jovens Talentos FAPERJ do 2º ano do curso de Informática da ETESC. A ideia do projeto consiste em desenvolver um artefato para auxiliar pacientes que fazem uso de diferentes fármacos em diferentes horários, em especial idosos, com um dispositivo de segurança que emite sinais luminosos e/ou sonoros no momento da correta administração do medicamento. Um compartimento, então, disponibiliza o remédio correto e a quantidade prescrita, evitando a ingestão de medicamentos errados e/ou de quantidade diferentes da recomendada. Contudo, a pandemia do corona vírus fez com que o planejamento e o cronograma fossem repensados. Os encontros para orientação e desenvolvimento do projeto foram totalmente adaptados para um modelo exclusivamente online, o que inviabilizou a construção do protótipo e os alunos passaram então, a se empenhar na construção de um modelo teórico completo para que a partir daí, futuramente, fosse possível a construção do protótipo por alunos que tivessem condições de se encontrar presencialmente para a finalização da ideia. A equipe Jovens Talentos FAPERJ 2020/2021 desenhou o modelo em três dimensões, modelou a parte elétrica, desenvolveu a programação do dispositivo, elencou material adequado para montagem. Foi montada então, uma equipe de alunos bolsistas Jovens Talentos 2021/2022 para que de posse do material desenvolvido pela equipe anterior e com o retorno presencial às atividades, construísse um protótipo.

Palavras-chave: Medicamento, Dispositivo de Segurança, Saúde

 

ETE ADOLPHO BLOCH

REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA DO CINEMA NA CONSTRUÇÃO DO OLHAR EM UMA ESCOLA DO ENSINO MÉDIO

 

 

 

Claudia Pinto Duche, Mhyrna Boechat, Amanda Mendonça Antunes, Kilmer Correa Ribeiro, Maria Eduarda Queiroz, Winícuis Junior Pinheiro Ignácio.

 

1 Escola Técnica Adolpho Bloch – São Cristóvão

 

Muitos trabalhos têm demonstrado que o encontro entre a arte e a educação, especialmente através da poética do cinema, ampliam as possibilidades do papel da escola quando atravessados pela imagem e som. Assim, o núcleo Cineclube Olho na Cena, da Escola Técnica Estadual da Adolpho Bloch, propõe dois eixos de atuação: a promoção de atividades pedagógicas junto aos bolsistas, com a leitura de textos teóricos e análise fílmica, para a formação crítica a partir da narrativa proposta; a exibição semanal de curtas metragens, seguidos de debates com os demais alunos e organizados pelos bolsistas. O projeto aposta na percepção da imagem como gesto e ato de fala, no qual é possível despertar o trânsito entre passado e presente, história e memória, real e irreal. Através do duplo sentido, imagético e imaginário, apreende-se saberes, ou seja, entre a imagem vivenciada, presa à percepção e memória, e a imagem em contínua ação, proposta pelo discurso narrativo. Cabe ao leitor alargar seus sentidos para compreensão de elementos constituintes do plano, enquadramento e montagem, daquele que narra. Contudo, também cabe ao leitor, em situação de igualdade com a obra,ser capaz de fazer uma leitura ativa, reverberar sentidos em si a partir de seus saberes, para gerar novas múltiplas leituras. O resgate da memória é incorporado, ao mesmo tempo que o despertar atravessa o processo mnêmico. Neste encontro de saberes, a experiência fílmica é subjetiva e coletiva, afinal perpassa por contextos sociais e históricos. Então, o ponto de vista como gesto político rege a construção do olhar em suas dimensões éticas e estéticas, através da análise da relação tempo e espaço, bem como o questionamento do poder discursivo. Dessa forma, nosso projeto propõe a ruptura da cognição habitual para a formação do sujeito político através do instante inusitado do encontro com a arte.

 

Palavras-chave: Arte; Educação; cinema.

 

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ISERJ

 

“UM PANORAMA DO GÊNERO FEMININO NO CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA DO ISERJ”

 

 Maria Eduarda Alves Cruz1, Isabella Naomi Imamura1 e Patricia F.Amorim2

1 Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro – Praça da Bandeira

2 Professora orientadora - Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro – Praça da Bandeira

 

Há vinte anos, em 1998, era iniciado o Curso Técnico em Informática no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro, com duas turmas de primeira série, uma no turno da manhã e outra no turno da tarde, com o objetivo de habilitar profissionais de nível médio, com formação técnico-científica a conhecimentos teóricos e práticos na área. Ao se analisar o perfil de estudantes do Curso Técnico em Informática no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro percebeu-se que a presença feminina continua reduzida, o que é difícil de ser explicado, uma vez que a diferença entre os números de alunos do 9º ano dos anos finais do ensino fundamental da instituição não apresenta discrepância significativa.  Segundo um estudo inicial, realizado para o ano letivo 2016 pela equipe desse projeto, apenas 23% do total de 120 alunos ingressantes em 2016 foi do sexo feminino. Para o Curso Técnico em Administração, para o mesmo período, notou-se 58% do total de 141 alunos ingressantes do sexo feminino. E para o curso regular do Ensino Médio, 53% do total de 118 alunos ingressantes do sexo feminino.  É importante destacar que no período observado, a taxa de participação feminina para o Curso Técnico em Informática no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro foi menor do que a metade da taxa de participação feminina no

Curso Técnico em Administração e também no curso regular do Ensino Médio.  Pretende-se fazer uma análise inicial para o período de 2016 a 2020 e comparar com outras pesquisas na comunidade. Na academia, há várias pesquisas apresentando que a presença feminina na área de Informática continua reduzida. Pretende-se identificar quais seriam os possíveis fatores que dificultam o interesse do sexo feminino, na faixa etária da adolescência, por essa área.

 

Palavras-chave: gênero; mulheres; mulheres na informática

 

ETE HÉLBER VIGNOLI MUNIZ

“CONTRIBUIÇÕES DE UMA HORTA ESCOLAR PARA O SETOR DE ALIMENTOS E BEBIDAS EM UM CURSO TÉCNICO EM HOSPEDAGEM”

Isabela Schneider1, André Luiz Batouli Santos1 

1Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz

 

 ato da alimentação é mais do que uma necessidade biológica, representando uma prática social. Nos meios de hospedagem, as práticas sustentáveis estão sendo cada vez mais valorizadas, tanto pelas empresas do ramo de hotelaria, quanto pela sociedade, em função das questões ambientais em que todos estão envolvidos. O projeto tem como objetivo principal o desenvolvimento de uma horta escolar, para que seja utilizada pelo setor de alimentos e bebidas de um curso técnico em hotelaria, e também, como espaço para a educação ambiental e incentivo à sustentabilidade. Esperamos com isso formar profissionais atentos às práticas sustentáveis na hotelaria, e despertar na comunidade escolar novos olhares sobre a alimentação, a saúde e o meio ambiente.

Palavras-chave: Horta Escolar; Curso Técnico em Hospedagem; Sustentabilidade; Alimentação

 

 

O RIO QUE PASSA NA MINHA ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA PARA A VALORIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS”

 

Júlia Modesto Garcia1, André Luiz Batouli Santos1

1Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz

 

Na sociedade contemporânea, os recursos hídricos são vistos como mercadoria para o homem, mesmo com sua importância vital, intensificando assim a atual crise socioambiental. Com isto, se torna necessário ações de Educação Ambiental para resgatar a ideia da água como recurso essencial para a vida. O presente trabalho tem como objetivo promover ações de Educação Ambiental e conservação de recursos hídricos em espaços de ensino e aprendizagem, investigar a percepção dos alunos sobre o Rio da Areia, realizar trimestralmente oficinas de sensibilização e saídas de campo para contextualização da temática da água e recursos hídricos. Este trabalho terá como público alvo uma turma de terceiro ano do curso de Hospedagem da ETEHVM¹, aplicando um questionário semiestruturado para verificar as representações e conhecimentos sobre o Rio da Areia, realizando oficinas sobre a importância da água e apresentando o problema do Rio da Areia, caminhada no entorno da escola para registrar os problemas do rio, encaminhamento dos alunos para produzir um artefato sobre os problemas dos rios, plantio de mudas para compor a mata ciliar do Rio da Areia e por fim, aplicação do questionário final sobre o projeto de Educação Ambiental. Atualmente, a primeira oficina de sensibilização e a aplicação do questionário inicial para investigar as representações dos alunos sobre o Rio da Areia já foi realizada, se encontrando em fase de análise.

Palavras-chave: Educação Ambiental, recursos hídricos, escola, Rio da Areia

 

 

“ANALISE DA OFERTA DE OPÇOES VEGETARIANAS EM

RESTAURANTES E MEIOS DE HOSPEDAGEM DE SAQUAREMA/RJ”

 

Luna Felix Raga1, Waldete Gomes da Silva Alcântara1  

1Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz

 

A alimentação vai além da necessidade orgânica de nutrir o corpo,, mas também de proporcionar prazer, passando por aspectos sociais, culturais e econômicos. Portanto, a hospitalidade tão relacionada aos serviços turísticos, como meios de hospedagem e restaurantes, faz uso da alimentação como ferramenta indutora de bem-estar, acolhimento e integração entre as pessoas. Onde faz-se necessário atender à diversidade de necessidades e preferências do público, sendo os vegetarianos uma parcela específica da população que tem ganhado relevância, em virtude do crescimento dos adeptos desse tipo de alimentação, mas que ainda tem suas necessidades negligenciadas em muitos locais. Dito isso, esse projeto tem como objetivo analisar a oferta de opções vegetarianas nos principais restaurantes e meios de hospedagem dos bairros Vila e Itaúna, em Saquarema-RJ, e a partir disso, compreender as lacunas existentes, e assim poder auxiliar na melhoria dos serviços de estabelecimentos que tenham na alimentação uma forma de proporcionar a hospitalidade.

Palavras-chave: Vegetarianismo; Hospitalidade; Meios de Hospedagem; Restaurante 

 “AUTOMAÇÃO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO PARA UM VIVEIRO BOTÂNICO EDUCADOR COM UTILIZAÇÃO DA PLATAFORMA ARDUÍNO”

 

Paulo Victor Machado do Amaral1, André Luiz Batouli Santos1

1Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz

 

As práticas sustentáveis devem cada vez mais fazer parte do cotidiano das escolas, para que possam formar cidadãos e profissionais sensíveis à questão ambiental. Com a atual degradação ambiental, o uso racional dos recursos naturais, especialmente da água, é de suma importância para a manutenção desta e das gerações futuras. Um sistema de irrigação automatizado pode reduzir o consumo de água na produção vegetal. Neste projeto, temos o objetivo de implantar um sistema automatizado de irrigação em um viveiro botânico educador. Após a realização de oficinas dialógicas, o sistema de automatização será construído por professores e alunos. Com o projeto, esperamos não só capacitar profissionalmente futuros técnicos em eletromecânica, como também introduzir o conceito de sustentabilidade, para que possam estar alinhados com tal conceito, tanto na vida profissional quanto na vida em sociedade.

Palavras-chave: Eletromecânica; Arduíno; Sustentabilidade; Educação Ambiental

“AVALIAÇÃO DE EVENTOS DE ENCALHES DE TARTARUGASMARINHAS EM PRAIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO”

Beatriz Domingues da Silveira1 & Raquel de Azeredo Muniz1 1ETEHVM - Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz

No Brasil, ocorrem cinco espécies de tartarugas marinhas: Caretta caretta (tartarugacabeçuda), Chelonia mydas (tartaruga-verde), Eretmochelys imbricata (tartaruga-de-pente), Lepidochelys olivacea (tartaruga-oliva) e Dermochelys coriácea (tartaruga-de-couro), e todas frequentam o litoral do estado do Rio de Janeiro. As tartarugas-marinhas compõem a megafauna marinha, com cinco espécies registradas em águas brasileiras, todas estas em alguma categoria de ameaça de extinção. Estes animais apresentam grande importância ecológica, na manutenção da estrutura trófica dos ambientes marinhos, além de serem considerados importantes bioindicadores de qualidade ambiental. Sendo assim, o objetivo principal deste projeto é analisar os dados de encalhes de quelônios (tartarugas-marinhas) em algumas praias do Estado do Rio de Janeiro, em 2020, para avaliar potenciais variações espaço temporais destes eventos de mortalidade. Para atingir este objetivo, foram utilizados os dados de acesso público do Sistema de Informação de Monitoramento da Biota Aquática (SIMBA), referentes aos PMP-BS - Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de e do PMP-BC/ES - Projeto de Monitoramento de Praias das Bacias de Campos e Espírito Santo (PMP-BC/ES). Informações sobre a distribuição espacial e temporal do encalhe destes animais, foram compiladas e tratadas, para os municípios de Rio de Janeiro, Niterói, Maricá, Saquarema, Cabo Frio e Arraial do Cabo. Quanto às análises quantitativas, foi registrado que o maior número de encalhes foi relacionado à espécie C. mydas, em todos os locais de estudo, seguida da espécie C. caretta. Ressalta-se o fato de que a espécie E. imbricata foi observada somente em encalhes em Arraial do Cabo, o pode estar relacionada à redução das suas populações na costa do Estado do Rio de Janeiro, visto que esta espécie se encontra criticamente ameaçada de extinção. Os locais com os maiores números de encalhes destes animais, foram Cabo Frio e Maricá, e o com menor número de encalhes foi Saquarema. Não foi observado um padrão temporal de encalhes, nos municípios avaliados.

Palavras-chave: tartarugas-marinhas, conservação, encalhes, Estado do Rio de Janeiro.

“AVALIAÇÃO DE EVENTOS DE ENCALHES DE MAMÍFEROS MARINHOS EM PRAIAS DO ESTADO DO RJ.”

Gabriel Sousa Martins1 , Raquel de Azeredo Muniz1 1ETHVM – Escola Técnica Estadual Hélber Vignoli Muniz

Os mamíferos marinhos se originaram dos mamíferos terrestres, e pertentem à classe Mammalia, que incluem os cetáceos (baleias, botos e golfinhos), os pinípedes (leões-marinhos, focas e morsas) e os sirênios (manatís, peixes boi e vacas marinhas). Estes animais apresentam grande importância ecológica, principalmente em relação a manutenção da estrutura trófica dos ambientes marinhos, e são também considerados importantes bioindicadores de qualidade ambiental. Entretanto, são constantemente ameaçados pelos impactos provenientes de atividades antrópicas, já que grande parte destas está relacionada à concentração humana na zona costeira e ao desenvolvimento desordenado ou irregular de atividades urbanas, industriais, agrícolas e portuárias. Portanto, o conhecimento sobre a distribuição e abundância dos cetáceos é de extrema importância, para ações de preservação. O objetivo principal deste projeto é analisar os dados de encalhes de mamíferos marinhos em algumas praias do Estado do Rio de Janeiro, entre 2019 e 2021, para avaliar potenciais variações espaço temporais destes eventos de mortalidade. Para alcançar este objetivo, foi realizado o levantamento das informações de distribuição e abundância através da observação de encalhes com dados do Sistema de Informação de Monitoramento da Biota Aquática (SIMBA), da Petrobrás. No qual foram analisados: o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos e das Bacias de Campos e Espírito Santo. Sendo assim, foram analisadas as informações referentes aos encalhes nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Maricá, Saquarema, Cabo Frio e Arraial do Cabo. Como resultados, foram observadas 18 spp. de mamíferos marinhos encalhados nos locais estudados, ao longo destes três anos de estudo. De um modo geral, o número de encalhes foi relativamente baixo, sendo o município do Rio de Janeiro o local com o maior número de ocorrências (17), seguido de Cabo Frio (11), Maricá (6), Arraial do Cabo (4) e por último Saquarema, com apenas um encalhe. Não foram registrados encalhes destes animais em Niterói, ao longo deste período. Este resultado pode ter inúmeros motivos, como: a diminuição das atividades humanas sobre estes animais, durante o período de pandemia, e a falta de registro de mortes, em função do afundamento das carcaças em alto mar, visto que a maior parte das espécies de mamíferos marinhos é oceânica. Palavras-chave: mamíferos marinhos; encalhes; conservação; Estado do Rio de Janeiro.

 

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E DE SAÚDE DE ESTUDANTES COMO ETAPA PRELIMINAR PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ESCOLA

 

 Bernardo Ribeiro Drummond1, Crystiane Ribas Batista Ribeiro Garcia2

1Bolsista Projeto Jovens Talentos FAPERJ/FAETEC - Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz (ETEHVM)

2Professora Orientadora Projeto Jovens Talentos FAPERJ/FAETEC - Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz (ETEHVM)

 

Na adolescência, fase que circunscreve a faixa etária de 10 a 19 anos, a vulnerabilidade em saúde pode ser reduzida mediante o estímulo dos adolescentes ao exercício da cidadania, ao fortalecimento de seus vínculos familiares e comunitários e à realização de ações específicas de promoção da saúde (FERREIRA et al., 2016).  Uma ação importante de promoção da saúde do adolescente refere-se à autonomia e capacitação deste indivíduo como agente multiplicador de conhecimentos de qualidade em saúde entre seus pares. Desta forma, conhecer a realidade de vida dos adolescentes no que tange ao perfil sociodemográfico e de saúde pode ser fator relevante na formulação de estratégias que visem a promoção da saúde no ambiente escolar, possibilitando abordagens que possam ser eficazes na condução autônoma de saúde dos sujeitos. O trabalho tem como objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico e de saúde de adolescentes de uma comunidade escolar, tendo em vista a promoção da saúde na escola. O cenário será uma escola pública do Rio de Janeiro e participarão estudantes do ensino médio. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, transversal. A coleta ocorrerá por meio de um questionário para a caracterização sociodemográfica e de saúde. A análise por meio de estatística descritiva.

 

Palavras-chave: Promoção da saúde; Perfil de saúde; Adolescência; Serviços de saúde escolar.

 

PRÁTICAS INVESTIGATIVAS NA ECOLOGIA DOS ECOSSISTEMAS: atividades experimentais no Laboratório de Meio Ambiente”.

 

 

Sara da Silva Nascimento1,2, Sara Lima Maralia1,2, Krystina Célia da Silva Correia2

1FAETEC - Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz

2Laboratório de Meio Ambiente – ETE Helber Vignoli Muniz

 

A trajetória do ensino utilizando como ferramenta a investigação científica recebeu diversas influências em diversos períodos históricos. Desta forma, a educação científica surge no século XIX, com a influência das ideias do filósofo John Dewey. Esta pesquisa visa desenvolver diferentes abordagens de recursos metodológicos em ambientes naturais agregados ao espaço do Laboratório de Meio Ambiente da Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz, com o desenvolvimento de projetos de ensino e pesquisa. Ademais o Laboratório de Meio Ambiente possibilita a oferta de ferramentas pedagógicas interdisciplinares para os alunos do Curso Técnico em Meio Ambiente da Unidade Escolar. Para as práticas investigativas limnológicas, algumas variáveis são consideradas na coleta de material, dentre eles: temperatura; odor; pH; cor; turbidez; oxigênio dissolvido e salinidade. Esses parâmetros analisados avaliam os serviços ecossistêmicos e os eventuais impactos que as ações antrópicas poluidoras causam às lagoas costeiras, em especial  à Lagoa Pernambuca, Araruama – RJ.

 

Palavras-chave: práticas investigativas; laboratório de meio ambiente; serviços ecossistêmicos; lagoa Pernambuca.

 

“ECOLOGIA DO ECOSSISTEMA: um estudo de caso dos estromatólitos na Lagoa Vermelha - RJ”.

 

Vitor Olavo de Oliveira Castro Moreira 1,2, Sara Lima Maralia1,2, Krystina Célia da Silva Correia2

1FAETEC - Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz

2Laboratório de Meio Ambiente – ETE Helber Vignoli Muniz

 

Na Costa Brasileira ocorrem diversos tipos de habitats, formando uma enorme diversidade de ecossistemas. Esta pesquisa tem como área de estudo a lagoa Vermelha - RJ, uma lagoa costeira hipersalina onde ocorre estruturas biossedimentares formadas por atividades microbianas denominadas de estromatólitos. A respeito das origens da vida no planeta Terra, os estromatólitos apresentam-se como ferramenta científica a ser utilizada na busca por respostas satisfatórias às questões que dizem respeito ao surgimento e à evolução das formas de vida. São evidências deixadas pelas primeiras formas de vida a se estabelecerem no planeta Terra. O objetivo desta pesquisa é compreender a dinâmica da ecologia da lagoa Vermelha e as diversidades naturais ao longo da história do planeta. Para o desenvolvimento deste trabalho, consistiu nas análises de dados referentes ao levantamento bibliográfico sobre a lagoa Vermelha (RJ).  A abordagem é quali-quantitativa, com realizações de expedições para coleta de água em frascos plásticos descartáveis onde foram encaminhados para o Laboratório de Meio Ambiente da Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz/FAETEC visando análise dos parâmetros físico-químicos tais como amônia (Mg/L), densidade(Kg/m3), nitrato (Mg/L), nitrito (Mg/L), ortofosfato (Mg/L), oxigênio dissolvido (Mg/L), pH, salinidade (‰), temperatura (°C) e turbidez (NTU). As análises resultaram na compreensão da dinâmica do ecossistema e a relação da presença dos estromatólitos e as esteiras microbianas. Ademais a pesquisa motivou a valorização da Ciência com o estudo da ecologia do ecossistema e sobretudo à história da vida na Terra.

 

 

PALAVRAS-CHAVE: Ecologia do ecossistema; estromatólitos; esteiras microbianas; lagoa Vermelha.

 

“ENSINO POR INVESTIGAÇÃO: o caso do Rio da Areia”

 

Letícia Barbosa Mouzer1, André Luiz Batouli Santos1 

1Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz

 

O modelo tradicional de ensino há tempos vem sendo questionado sobre a sua capacidade de formar cidadãos capazes de reagir frente às mudanças socioambientais enfrentadas pelas sociedades modernas. Para além da aquisição dos conteúdos das disciplinas, calcada na reprodução de conceitos distantes da realidade do aluno, é preciso inserir a vida cotidiana e os problemas da sociedade no processo de ensino e aprendizagem. Em especial na disciplina de biologia, encarar os problemas socioambientais como fonte de aprendizado crítico pode ser uma importante estratégia pedagógica para a aquisição de conteúdos, mas acima de tudo para o desenvolvimento de competências e habilidades. Propomos neste projeto uma sequência de ensino investigativo utilizando como metodologia a Aprendizagem Baseada em Problemas, que é uma metodologia ativa que estimula a investigação e a pesquisa, na qual os estudantes de maneira colaborativa constroem conhecimentos. O projeto vem sendo realizado com alunos de um curso técnico em hospedagem. Foi aplicado um pré-teste para conhecermos os conhecimentos prévios dos estudantes acerca de alguns conceitos em ecologia, e sobre os principais impactos antrópicos rios. Foi realizada uma oficina para apresentação do problema enfrentado pelo Rio da Areia, localizado em Saquarema, e encaminhamento para a realização de um webquest. Foi realizada investigação de parâmetros físico-químicos do Rio da Areia, e os estudantes estão em fase de construção de resultados para a apresentação final do projeto, onde os grupos apresentarão o resultado de suas investigações e possíveis soluções para o problema investigado. Os resultados parciais obtidos demonstram que o ensino por investigação pode ser uma valiosa ferramenta para uma aprendizagem ativa e colaborativa, e para o desenvolvimento de competências e habilidades.

 

Palavras-chave: Aprendizagem Baseada em Problemas; Ensino Médio; Recursos hídricos

 

  COMO FACILITAR O APRENDIZADO DO INGLÊS PARA PESSOAS COM DISLEXIA

 

Maria Eduarda Ribeiro da Costa: Milania Dos Santos Gomez

Faetec Hélber Vignoli Muniz - ETE Bacaxá - Saquarema - RJ

 

A dislexia é um problema neurológico que interfere na capacidade de assimilação dos símbolos gráficos e dos fonemas, dificultando o aprendizado da leitura, escrita, e mudança dos signos escritos para os signos verbais, com comprovações de que não se trata de uma doença. De acordo com a Associação Internacional de Dislexia (IDA - sigla em inglês), a dislexia afeta 10% da população mundial. A associação calcula ainda que haja mais de 700 milhões de pessoas disléxicas no mundo, e estima-se que 4% da população brasileira tenha dislexia, o que representa mais de 8 milhões de pessoas. Presente na vida dos afetados pelo transtorno desde a infância, a dislexia traz consequências tanto cognitivas, quanto sociais, gerando timidez e sentimento de inferioridade, oriundos das relações com professores, pais, colegas de turma, dentre outros; corroborando, muitas vezes com o surgimento do bullying que, comumente é ignorado no contexto educacional, familiar e social. Em função das limitações, crianças com dislexia recebem adjetivos pejorativos como: burra, lerda, sem noção, e etc. A aprendizagem no geral nos ensina a conviver, e mesmo que possa parecer mais difícil para pessoas disléxicas, ela é tão importante quanto o aprendizado didático feito da forma correta, tendo em vista a necessidade de explorar todas as áreas (motora, didática e social). A situação fica muito mais complicada quando se trata do aprendizado de uma segunda língua, como o inglês, para uma pessoa com dislexia, pois a similaridade entre escrita e fala é de apenas 13%, dificultando assim, todo o processo de aprendizagem. A língua inglesa é atualmente o segundo idioma mais falado no mundo ocidental (com cerca de 1.2 bilhões de falantes), sendo a língua oficial de 53 países e a comunicação internacional mais utilizada. Se para a população brasileira apenas 5% se encontra sabendo falar inglês, a quantidade de disléxicos, sem dúvida é menor, embora não haja registro de dados específicos, pautamo-nos nas dificuldades enfrentadas por eles para tal afirmação. Haja vista que, para um aluno com esse transtorno, aprender uma língua estrangeira requer orientação especializada, que muitos brasileiros não têm acesso, pois estes institutos são privados, caros e o ensino público ainda não oferece um ensino voltado para esses alunos, ignorando, assim, a inserção destes no mercado de trabalho com melhor qualificação. Nesse sentido esse estudo levanta hipótese de que fracasso desses alunos possivelmente ocorre pela falta de qualificação especializada e consequentemente de entendimento do professor de que casa aluno tem o seu tempo e a sua forma de aprendizado assim como metodologias que atendem às necessidades desses aprendizes, com a compreensão de que, para a aquisição de uma segunda língua para essas pessoas, é preciso contornar a dificuldade que está relacionada a um ambiente não adaptado para pessoas disléxicas.

Palavras-chave: Dislexia; inglês; aprendizado.

“CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA PARA A IRRIGAÇÃO DE UM VIVEIRO BOTÂNICO EDUCADOR”

 

Lucas Teixeira Macedo1, André Luiz Batouli Santos1 

1Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz

 

O conceito de sustentabilidade deve ser cada vez mais difundido e praticado em nossa sociedade. Inserir a escola nesta temática, e desenvolver práticas educativas alinhadas à necessidade de formação de um indivíduo consciente sobre as questões ambientais da atualidade, se torna de fundamental importância, não só para a formação profissional, como também para a aquisição de condutas sustentáveis em sua vida pessoal e em sociedade. Sendo assim, propomos a construção de um sistema de captação da água da chuva para a irrigação de um viveiro botânico educador, como forma de mobilizar a comunidade escolar em práticas sustentáveis. A partir da sensibilização inicial sobre a importância da conservação dos recursos hídricos e de oficinas dialógicas sobre a temática, pretendemos não só o desenvolvimento do sistema de irrigação, mas também sensibilizar a comunidade escolar sobre as questões ambientais e formar técnicos em edificações com a preocupação da sustentabilidade ambiental em seus projetos profissionais.

Palavras-chave: Construções sustentáveis; Educação Ambiental; Recursos hídricos

 

OFICINAS DE MODELAGEM DIDÁTICA SUSTENTÁVEL DO

SISTEMA REPRODUTOR HUMANO

A ESCOLA COMO AMBIENTE PROMOTOR DA SAÚDE

 

 Giovanna Cardoso Carneiro1, Crystiane Ribas Batista Ribeiro Garcia2

1Bolsista Projeto Jovens Talentos FAPERJ/FAETEC - Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz (ETEHVM)

2Professora Orientadora Projeto Jovens Talentos FAPERJ/FAETEC - Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz (ETEHVM)

 

O ambiente escolar é um espaço potencial para criar ações que favoreçam a formação de adolescentes com metas para alcançarem competências necessárias à promoção da saúde. O conhecimento da anatomofisiologia reprodutiva pode capacitar o adolescente, portanto, a tomar decisões importantes no que se refere à sua saúde reprodutiva. Um recurso alternativo eficaz para o processo de ensino-aprendizagem apontado por diversos autores é a confecção de modelos didáticos, possibilitando ao estudante participar de forma ativa da construção do seu próprio conhecimento, interagindo com colegas de classe e expressando sua opinião. A utilização de materiais recicláveis para sua confecção poderá ser uma ferramenta eficaz no sentido de promover a articulação entre saúde e ambiente de forma sustentável e interdisciplinar.  Desta forma, o trabalho tem como objetivos: Desenvolver oficinas para a construção de modelos didáticos sustentáveis do sistema reprodutor humano com estudantes do ensino médio, tendo em vista a promoção da saúde na escola; Identificar o conhecimento prévio dos estudantes acerca do sistema reprodutor humano; Discutir com estudantes do ensino médio temas articulados com a reprodução humana, como IST, métodos contraceptivos, projeto de vida; Discutir com estudantes do ensino médio o reaproveitamento de materiais para fins educativos. Participarão do estudo estudantes do ensino médio de uma escola pública, utilizando-se oficinas e questionário para coleta de dados. Será feita a análise estatística descritiva e comparativa entre o conhecimento prévio dos estudantes e o adquirido após a produção da modelagem nas oficinas. Espera-se fornecer subsídio teórico-prático aos estudantes que consolide o conhecimento acerca do sistema reprodutor humano, tornando-os autônomos no processo de condução da saúde destes, estendendo-se à promoção da saúde da comunidade escolar, de seus familiares e da comunidade em geral.

 

Palavras-chave: Promoção da Saúde; Adolescência; Ensino Fundamental e Médio; Saúde Reprodutiva; Modelagem Didática.

 

CEMEF

A FUNABEM NOS JORNAIS DO RIO DE JANEIRO NA DÉCADA DE 1960

Karine Martins da Silva e Rayssa Vieira Santos Macedo 1 Luiz Carlos R. de Sant’ana

1 Escola Técnica Estadual República (ETER – FAETEC) e são bolsistas do Centro de Memória da FAETEC (CEMEF)

O Centro de Memória da FAETEC (CEMEF/FAETEC) coordena os Centros de Memória das Escolas da Rede FAETEC promovendo, incentivando e desenvolvendo projetos específicos, relacionados à memória e história de suas unidades componentes. O CEMEF vem realizando pesquisas sobre as instituições que precederam a Escola Técnica Estadual República, no Campus de Quintino, sede da Rede. Desde a transposição da Escola XV, em 1907, de São Cristóvão para a área da antiga Fazenda da Bica, diversas estruturas de gestão foram se alternando no controle de unidades educacionais e corretivas que foram sendo instaladas no entorno. Referimo-nos ao Instituto 7 de setembro (1932), ao Serviço de Assistência ao Menor (SAM, de 1941), à Fundação Nacional do Bem-estar do Menor (FUNABEM, 1964), à Fundação Centro Brasileiro da Infância e da Adolescência (1990), ao Centro de Ensino Integrado (CEI, de 1995), à Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC, 1997). Parte da documentação do período FUNABEM, inclusive, encontra-se sob nossa guarda. São alguns milhares de prontuários, registros fotográficos, documentos administrativos etc. Pois bem, o trabalho desenvolvido com esta turma de Jovens Talentos (2021-22), retoma um levantamento que estamos realizando sobre o período da FUNABEM. Inicialmente, levantamos todas as ocorrências sob o descritor “Escola XV”, existentes na hemeroteca da Biblioteca Nacional, relativos à década de 1960. Desta feita, estamos mapeando todas as referências ao descritor “FUNABEM”, no mesmo período. Trata-se de 180 ocorrências, distribuídas em nove jornais. Nessas matérias, artigos, cartas de leitores, podemos constatar uma série de notícias, incidentes, práticas, atividades pedagógicas e administrativas. Também é possível rastrear expectativas e juízos que esses periódicos tinham (ou deixavam entrever) sobre a Escola XV-FUNABEM e suas congêneres, no Rio de Janeiro de então, marcado pelos anos iniciais da Ditadura civil-militar, estabelecida a partir de abril de 1964.

Palavras-chave: FUNABEM; Escola XV; Educação Técnica e profissionalizante.

 

INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT

 

“PODCAST VISÃO DE CEGO: Utilização de Recursos Digitais Acessíveis no Âmbito da Deficiência Visual”

 

Fillip Márthin de Sousa Paulino1, Rafael Nunes Santana Barbosa1, Verônica Eliris da Silva1, Maria Luciene de Oliveira Lucas2, Vitor Padilha Gonçalves2

 

1 Instituto Benjamin Constant / IBC). End. Av. Pasteur, 368 - Urca, Rio de Janeiro - RJ, 22290-255386.

2 Professor(a) de Informática do Departamento de Educação / IBC.

 

O surgimento da Internet tem um papel muito importante no sistema educacional e profissional, pois possibilita o acesso a conteúdos multimídia, sem barreiras de tempo, nem de espaço. Tornando grande parte dos ambientes acessíveis as Pessoas com Deficiência Visual. A utilização das mídias digitais acessíveis faz com que as informações cheguem com mais facilidade e praticidade a qualquer pessoa. Pensando neste contexto, trouxemos a problemática de como as mídias sociais e digitais podem contribuir para a formação dos futuros técnicos, de todas as modalidades e cursos, do Instituto Benjamin Constant. Sendo assim, o objetivo Geral é promover a utilização dos recursos digitais acessíveis, Podcast e Youtube, para as Pessoas com deficiência visual no mercado de trabalho. Buscando atingir o máximo de jovens com deficiência visual para utilizar estas ferramentas em seus empreendimentos e negócios futuros, assim como levar a inclusão digital destes alunos no mercado de trabalho e na sociedade.

 

Palavras-chave: Inclusão; Tecnologia Acessível; Informática

 

ATIVIDADES PEDAGÓGICAS ACESSÍVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO COMPUTACIONAL DESPLUGADO COM FOCO NO ENSINO PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL.

Joyce Miranda dos Santos1, Geovane de Souza Bezerra1, Juliana Aparecida Ferreira Gonzaga1, Marcos Vinícius Amaral Coelho1

1Instituto Benjamin Constant - IBC

O domínio sobre habilidades digitais tem se tornado uma exigência para a inserção exitosa de profissionais no mercado de trabalho. A vulnerabilidade da infraestrutura de instituições de ensino é um dos motivos que limitam o uso de ferramentas tecnológicas em planos pedagógicos. O desenvolvimento do pensamento computacional, por meio da computação desplugada, é uma alternativa para esse problema, uma vez que não exige o uso de computadores ou tecnologias específicas. Atualmente, existem ambientes na Internet que propõem atividades para o desenvolvimento do pensamento computacional desplugado. Entretanto, muitas dessas atividades sugerem a utilização de recursos puramente visuais, baseados em desenhos e elementos gráficos, tornando-os inacessíveis para alunos com deficiência visual. Nesse contexto, este projeto tem como objetivo desenvolver, com o auxílio dos alunos com deficiência visual, uma pesquisa focada na adequação de recursos acessíveis para assegurar que as atividades desplugadas sejam inclusivas. Até o momento, os alunos do projeto foram capacitados, a fim de garantir o entendimento deles sobre os pilares do pensamento computacional. Além disso, foi feito o levantamento de dez sites voltados para o pensamento computacional desplugado, mas cujos materiais não se encontram acessíveis para a pessoa com deficiência visual. No momento, está sendo feito um estudo sobre como esses materiais podem ser adaptados e como recursos de apoio podem ser desenvolvidos para atingir o objetivo proposto. Como trabalho futuro, espera-se disponibilizar essas propostas de forma online para que professores possam utilizá-las em sala de aula.

Palavras-chave: pensamento computacional desplugado; deficiência visual; inclusão.

 

IFF CAMPUS MARICÁ

Visibilizando saberes indígenas através da pesquisa em uma escola pública.

, Alicia Ribeiro1 , Julia Quintanilha2 ; Aline da Silva Azevedo de Carvalho3

1;2 Estudantes do curso de meio ambiente do IFF Campus Avançado Marica.

3 Professora orientadora do IFF Campus Avançado Marica;

O tratamento obrigatório da questão indígena no ambiente escolar, previsto pela lei 11645/08, em muitos contextos escolares tem se limitado às celebrações do dia "do índio". Nosso projeto, intitulado Compartilhando saberes indígenas (COSAI) foi pensado a fim de intervir nesse processo de silenciamento e exclusão dos saberes indígenas na escola. De modo geral temos com objetivo mapear, divulgar e incentivar a leitura de autoras/es indígenas. Nessa comunicação pretendemos compartilhar as ações em curso na visibilização desses saberes.

 

CRISTÃOS NA RUA, JUDEUS EM CASA: OS CRISTÃOS-NOVOS NA FORMAÇÃO DO BRASIL

 Daphiny Brangel Freitas, Marcelo José Almeida Guimarães, Fernando Gil Portela Vieira

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense - Campus Avançado Maricá

Muitos aspectos da sociedade colonial portuguesa no atual território brasileiro são bem conhecidos: as escravizações ameríndia e africana, o tráfico atlântico de escravizados e a exclusividade do comércio colonial com a metrópole. Todavia, uma dimensão menos divulgada dessa realidade é a institucionalização da “limpeza de sangue”. Esse mecanismo legal impedia os descendentes dos judeus batizados à força em Portugal no final do século XV de acessarem cargos eclesiásticos, militares, administrativos e até mesmo de ingressarem nas instituições oficiais de ensino. Esses indivíduos, chamados de “cristãos-novos”, além da discriminação institucionalizada, sofriam a suspeita de, em segredo, praticar a religião judaica de seus antepassados, tornando-os - aos olhos da sociedade “cristã-velha” - alvos preferenciais do Tribunal da Inquisição. Essa instituição, criada pela Coroa portuguesa sob autorização do papado na primeira metade do século XVI, era responsável por zelar pela ortodoxia católica e combater as heresias (afirmações contrárias aos dogmas do catolicismo). Dada a má fama dos cristãos-novos, esse grupo foi a principal vítima do mecanismo da “limpeza de sangue” e da ação inquisitorial na metrópole e em suas colônias, inclusive as capitanias do Brasil. Embora a América Portuguesa nunca tenha abrigado uma das sedes do Tribunal da Inquisição - os suspeitos de heresia residentes no Brasil eram processados em Lisboa -, o medo das delações e o clima de suspeição que se abatia sobre os “conversos” deixou marcas na colonização do Brasi. O projeto de pesquisa deseja contribuir para divulgar a história da presença dos cristãos-novos na América Portuguesa e como suas vivências participaram na construção da sociedade colonial em terras brasílicas.

Palavras-chave: cristãos-novos; limpeza de sangue; América Portuguesa; Tribunal da Inquisição.

Aprendizagem Baseada em Projeto e História em Quadrinhos: uma combinação para melhorar o ensino de Física

 

Francismar Rimoli Berquó1, Beatriz Silva da Cunha2, João Gabriel Feitosa Nieva3

1,2,3Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense - Campus Avançado Maricá.

 

Ao estudar a ementa da disciplina Física, o professor começa a pensar na melhor forma de trabalhar estes conteúdos para melhorar o ensino e aprendizagem de Física. Em pleno século XXI, existem metodologias que estão sendo trabalhadas em sala de aula para motivar o aluno na aprendizagem de Física, por exemplo, a aprendizagem baseada em projeto (ABP). Esta metodologia irá desenvolver no aluno habilidades e conhecimentos para buscar respostas para um determinado projeto, onde o trabalho coletivo será importante para o desenvolvimento deste projeto estimulando todos envolvidos através das funções que deverão ser executadas. Também, não podemos ignorar o cotidiano, porque ele nos informa alguns caminhos que podem ser trilhados, principalmente, com a tecnologia que está sendo disponibilizada. Ao olhar alguns meios de comunicação como revistas, livros, jornais, sites etc. as histórias em quadrinhos (HQs), muitas das vezes, estão presentes nas vidas dos jovens e trazem informações associando textos e imagens. Com isso, os objetivos deste projeto de pesquisa visam mesclar ABP e as HQs, onde a experiência criada com os desafios/contribuições encontrados(as) no desenvolvimento do projeto sendo relatados(as) em quadrinhos que podem ser produzidos em sites específicos para esta finalidade. Isto poderá trazer uma motivação para os alunos em aprender Física. Além de mostrar ao professor de Física que não precisa ter uma afinidade com desenhos, porque alguns sites podem colaborar com as produções das HQs. Por fim, pretende-se divulgar o trabalho desenvolvido no projeto de pesquisa em eventos oficiais e, se for o caso, produzir uma escrita para enviar para alguma revista da área.

 

Palavras-Chaves: Ensino de Física; História em quadrinhos; Aprendizagem Baseada em Projetos.

 

As histórias em quadrinhos como recurso didático

para melhorar o ensino de Física

 

Francismar Rimoli Berquó1, Bianca Fernandes Fonseca Paltriniere2

1,2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense - Campus Avançado Maricá.

 

Este trabalho tem por finalidade associar o ensino de física, as histórias em quadrinhos (HQs) e a prática experimental para melhorar o ensino e aprendizagem de física. A prática experimental, muitas vezes, é trabalhada com um roteiro que envolve texto e fórmulas para chegar num objetivo. Nem sempre o aluno consegue entender as informações disponíveis, ficando um pouco confuso em compreender a atividade, o que está medindo e o que vai calcular no final. Para melhorar esse cenário, o uso das HQs, muito lida entre os jovens, possui um potencial em associar texto e imagens com uma narrativa divertida, acompanhando a realidade do aluno e, ao mesmo tempo, incentivando o interesse pelos conteúdos de física. Com o avanço da tecnologia, as dificuldades apresentadas na criação das HQs não são mais desafios, porque existem plataformas que podem ajudar a produzir as HQs para atender o planejamento e por as ideias dos professores de física em prática. Um exemplo desse avanço tecnológico que pode colaborar na criação das HQs é o storyboardthat que foi usada neste trabalho. Por fim, esse trabalho disponibilizará duas HQs voltadas para o ensino de física usando a prática experimental, onde os conteúdos sobre a Lei de Hooke e densidade, onde a pesquisa estar focada na descoberta do material que um objeto foi feito. Logo, um cilindro de metal maciço será disponível como exemplo para desenvolver essas duas experiências. Este material didático ficará disponível para os professores de física usarem nas suas aulas complementando o seu planejamento.

 

Palavras-chave: Ensino de Física; Histórias em quadrinhos; Prática Experimental.

 

TEATRO JORNAL ON LINE JANELAS ESTÉTICAS EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL

Manuela Batista Nogueira 1 , Daniel Pádua 2 , Valentina Lopes 3 , Emanuele de Castro 4 , Karen Nunes 5 1 Professora EBTT Artes - Instituto Federal Fluminense-campus Maricá 2 Aluno do Curso de Edificações - Instituto Federal Fluminense-Campus Maricá 3 Aluna do Curso de Meio Ambiente - Instituto Federal Fluminense-Campus Maricá 4 Aluna do Curso de Edificações - Instituto Federal Fluminense-Campus Maricá 5 Aluna do Curso de Edificações - Instituto Federal Fluminense-Campus Maricá

O “Teatro Jornal na Educação on line: janelas estéticas em tempos de isolamento social” se apresenta como um projeto de pesquisa capaz de colaborar com o desenvolvimento pedagógico, sensível e educacional na atualidade pandêmica, pois estimula a potencialidade criativa por meio da prática lúdica do teatro e proporciona a experiência da troca, da coletividade, da escuta e da solidariedade. A metodologia do Teatro Jornal envolve um processo muito instigante que estimula a leitura, o trabalho em grupo, a pesquisa e o caráter transdisciplinar a partir da escolha de temáticas diversas que ampliam o escopo acadêmico dos educandos. O caráter lúdico da prática teatral possibilita ainda, uma abertura de horizontes e expressividade diante das telas digitais que limitam o uso da corporalidade no processo educacional. A educação em tempos pandêmicos vem apresentando desafios inusitados no processo de ensino e aprendizagem de alunos e alunos em todo mundo. O ensino remoto, que a princípio visava ser empregado em caráter emergencial, está ganhando espaço e certamente fará parte do cotidiano de milhares de educandos. O Instituto Federal Fluminense vem construindo um modelo de ensino remoto que valoriza tanto as habilidades cognitivas, quanto o desenvolvimento humano de nossos alunos e alunas. Nesse sentido, a instituição vem destacando a importância do trabalho síncrono, do atendimento personalizado, diagnosticando as necessidades de cada educando durante este processo tão delicado e complexo. Ações pedagógicas que colaboram com a prática do cuidado emocional ganham destaque e se colocam como de suma importância em conjunto com o aprendizado de conteúdos. Dessa forma o “Teatro Jornal na Educação: janelas estéticas em tempos de isolamento social” se apresenta como um projeto de pesquisa capaz de colaborar com o desenvolvimento pedagógico e sensível no processo educacional, pois estimula a potencialidade criativa por meio da prática lúdica do teatro e proporciona a experiência da troca, da coletividade, da escuta e da solidariedade. O Teatro Jornal se configura como uma técnica do Teatro do Oprimido que objetiva despertar o pensamento crítico, a capacidade estética e a criatividade por meio do teatro político de Augusto Boal, onde a encenação de notícias por meio do uso da colagem artística, desvenda a realidade, mostra ao público algo que ele ainda não enxergou, e faz a “crítica da camuflagem e da falsificação da realidade (RANCIÈRE, 2012)” pelos meios de comunicação de massa. A metodologia do Teatro Jornal envolve um processo muito instigante que estimula a leitura, o trabalho em grupo, a pesquisa, o movimento expressivo e o caráter transdisciplinar a partir da escolha de temáticas diversas que ampliam o escopo acadêmico dos educandos

 Palavras-chave: Teatro-Educação, Teatro Jornal, Educação On Line, Teato do Oprimido, Pandemia

IFF-MOVIMENTA CORPO-ESCOLA EM AÇÃO

 Manuela Batista Nogueira 1 , Renato Assumpção 2 , Dandara Azevedo 3 , Maria Eduarda Chatack 4 1 Professora EBTT Artes - Instituto Federal Fluminense-campus Maricá 2 Aluno do Curso de Edificações - Instituto Federal Fluminense-Campus Maricá 3 Aluna do Curso de Meio Ambiente - Instituto Federal Fluminense-Campus Maricá 4 Aluna do Curso de Edificações - Instituto Federal Fluminense-Campus Maricá

IFF-MOVIMENTA: corpo-escola em ação é um projeto de pesquisa-ação que propõe problematizar, refletir e desenvolver as relações entre corpo, movimento e escola, dentro de uma perspectiva do campo da Diversidade e da Diferença. Como processo de ação-intervenção busca construir com a comunidade espaços para a promoção de práticas corporais, esportes e danças que valorizem a multiplicidade de saberes, fazeres e culturas. Enquanto pesquisa, quer investigar as impressões, aprendizados e possíveis transformações do corpo escolar ao longo do processo e quem sabe, estabelecer novas ações-intervenções nos espaços-tempo do IFF Maricá. E nesse sentido, teremos algumas perguntas que irão seguir nossos movimentos ao longo da pesquisa: O que sabemos do nosso corpo e o que podemos fazer, praticar e experimentar no retorno à vida escolar? Essas práticas podem construir novas relações com o espaço-tempo do IFF Maricá? O que é possível aprender e como esta experiência é incorporada ao processo de aprendizagem? O projeto se insere na proposta metodológica da pesquisa-ação, que propõe levantar, estudar e apresentar atividades físicas, danças e esportes, e qualquer prática ou atividade física que pense e atue dentro da perspectiva da diversidade de gênero e sexualidade, promovendo o acesso e a inclusão. Nesse sentido, o projeto pretende trazer para a escola, por meio da prática e da pesquisa de campo, o debate acerca das potencialidades no processo de valorização das diversidades em modalidades e atividades físicas variadas. Como resultado, pretende-se promover a inserção dos alunos na prática de atividades e modalidades, promovendo o bem-estar e a democratização do acesso. Ainda, avaliar os impactos dessas intervenções no processo de aprendizagem dentro do ambiente escolar, bem como, na relação com a comunidade.

 Palavras-chave: Corpo na Pesquisa Educacional, Cultura Corporal, Práticas Corporais, Movimento, Corpo-escola.

IFFaz: uma análise sobre o movimento formador dos egressos do IFF Maricá como contributo ao Plano de Permanência e Êxito do atual corpo discente deste campus.

 

Raquel Freitas de Lima1, Miguel Pereira da Silva2

IFF- Instituto Federal Fluminense – Campus Avançado Maricá3

 

Este projeto insere-se no campo da linguagem e tem por objetivo geral mapear o movimento formador dos egressos do IFF Campus Maricá desde sua fundação no ano de 2015.  A finalidade é, por meio desse mapeamento, coleta de informações dos egressos e respectiva análise investigativa, estimular o corpo discente atual. Além disso, esta pesquisa visa contribuir para a promoção de ações que se verifiquem necessárias em prol da Permanência e do Êxito de nossos alunos e alunas atuais até a conclusão do ensino técnico integrado ao Ensino Médio. Dessa forma, este projeto dialoga com as preocupações da Pró-reitoria de Ensino (PROEN) principalmente no que tange à sua quarta dimensão orientadora: o vínculo entre o IFF e a comunidade.

Palavras-chave: egressos; mapeamento, permanência e êxito.

 

O JOVEM E O LIVRO

 

Camila Santos Soares Silva, Júlia Rolim de Oliveira Costa, Maria Eduarda Pita dos Santos, Regiane de Souza Costa – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, Campus Avançado Maricá.

 

A partir das noções circuladas e referências cotidianas de que o jovem lê cada vez menos e se engaja cada vez mais em jogos eletrônicos e redes sociais, esta pesquisa problematiza a relação juvenil com a leitura de livros no contexto contemporâneo, partindo da pergunta  central "qual o papel dos livros na vida do estudante do Ensino Médio?". Objetivamos compreender o lugar ocupado pelos livros na vida dos estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia  Fluminense, Campus Avançado Maricá (IFF-Maricá), desdobrando as traduções sobre os tipos de livros mais lidos, a quantidade de livros lidos, as razões pelas quais não se lê, os espaços-tempos da leitura e voltados para a leitura, os meios de leitura (impresso, digital), as motivações (acadêmicas, lazer, cultura, trabalho) para a leitura e os fatores sociais, econômicos, culturais e escolares que perpassam a construção do hábito de ler. Dialogando com referências da Pesquisa em Educação e Pesquisa Social realizamos estudos e discussões sobre a leitura em tempos atuais e seus desdobramentos no movimento geracional e social e criamos um instrumento metodológico - questionário/formulário -, através do Google Forms, voltado para os estudantes dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio do IFF-Maricá. Salientamos a necessidade de conhecer e acompanhar as impressões juvenis sobre a leitura, bem como dialogar com os anseios e traduções dos participantes, visando sensibilizá-los para a importância de ler enquanto processo formativo para além dos objetivos escolares. Em tempos de subtração de espaços de leitura, diversificação das fontes informativas, ascensão e velocidade de propagação de informações em redes sociais e tendência à expressão de opiniões e percepções pessoais em espaços digitais, coletivos e em rede, recuperar a leitura enquanto instrumento de aprofundamento de conceitos e levantamento de interpretações e sua veracidade são requisitos necessários para a formação humana no diálogo com as novas configurações voltadas para  compreensão da realidade.

 

Palavras-chave: livro; leitura; jovens.

 

MÉMORIAS DE UMA PANDEMIA: A ESCOLA DO SENTIR FRENTE AOS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

 

 Cintia do Couto Nunes, Julia Perrota de Lima Branco, Regiane de Souza Costa – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, Campus Avançado Maricá.

 

Considerando a retomada presencial das atividades que constituem o contexto humano, em função dos desdobramentos da pandemia da COVID-19, esta pesquisa objetiva conhecer as experiências juvenis construídas durante o período de isolamento social, suas memórias e seus significados. Reafirmando a defesa pela vida, tão fortemente manifestada diante dos impactos da pandemia, apontamos que a nossa existência, a escola e o nosso lugar público não se negociam. Nesse movimento, apresentamos três referências para diálogo e estudo: a Educação como interesse e entusiasmo pelo/a outro/a, logo, interesse pelo mundo; a Escola como afeto, como espaço-tempo de permanência e de ser o que se é ou se quer ser; e a Experiência humana construtora do tempo, destacando os processos formativos num espaço-tempo escolar que precisou ser reinventado. Conversando sobre a necessidade de firmarmos os princípios da escola na contemporaneidade destacamos a necessidade de considerarmos a escola como a 'escola do sentir'. Contando com a metodologia de Pesquisa em Educação, realizamos, num primeiro momento, leituras e conversas sobre textos acadêmicos e análise de narrativas produzidas por estudantes durante a pandemia e construiremos instrumentos de coleta de dados e diálogo com os participantes, através de questionários/formulários e entrevistas, ambos voltados para os/as estudantes dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio, do IFFLUMINENSE, Campus Avançado Maricá. A ideia central é que essa pesquisa seja realizada com, pelo/a e para o/a outro/a, acolhendo, afetando-se e construindo ações que culminem numa produção coletiva sobre as memórias da pandemia, na perspectiva da escrita como Ensaio. Rememorando alguns propósitos da Pedagogia Crítica é tempo da escola conjugar os verbos reafirmar, resistir e enfrentar, a partir das fragilidades expostas e dos desafios postos pelos impactos da pandemia, que traduzem seus ecos que seguem e seguirão por algum tempo nos arranjos educacionais.

 

Palavras-chave: escola; experiência; pandemia.

 

MEU CORPO NA PANDEMIA: EXPERIÊNCIAS COM AS REDES SOCIAIS

 

Maria Eduarda de Mesquita Menezes Cunha, Talles Lannes Guastavino, Yulle Farias e Souza, Regiane de Souza Costa – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, Campus Avançado Maricá.

 

Provocada pelas possibilidades de reinvenção da vida, do corpo, do trabalho, da escola, das relações sociais e das ações conjugadas no período da pandemia da COVID-19, esta pesquisa problematiza a relação entre corpo, redes sociais e pandemia, considerando o período mais duro do contexto pandêmico destacando o isolamento social, o ensino e o trabalho remotos e os novos arranjos das relações familiares, domésticas e socioculturais, bem como os impactos gerais (coletivos e individuais) na luta, resistência e direito à vida; e o contexto de retorno presencial, circulado como "novo normal". Objetivamos compreender como tem sido construídas as experiências corporais e seu diálogo com as redes sociais, conhecendo as impressões de mundo/vida/experiência/corpo dos estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia  Fluminense, Campus Avançado Maricá (IFF-Maricá). Contando com referências da Pesquisa em Educação, Pesquisa nos/dos/com os Cotidianos e Pesquisa Social realizamos leituras e discussões, aprofundando o eixo temático corpo, corporeidade e educação midiática. Com escuta e olhar atentos, acolhemos as manifestações do que se sente/vive durante o isolamento social, propondo uma oficina na Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura, remotamente em 2021, intitulada “Quando voltarmos à escola…", produzindo e publicando uma carta coletiva sobre quereres, emoções e sentimentos, rememorando e desejando a escola presencial. Como instrumento de mediação e inserindo-se no movimento de diálogo e reflexão com as redes sociais, criamos um perfil no Instagram (@corporalmente_iff) para registros e conteúdos imagéticos e conversações, convidando a pensar-sentir-agir sobre o que estudamos, compartilhando saberes-fazeres entre ensino e pesquisa e ampliando a reflexão sobre corpo: em sua integralidade, multiplicidade formativa e relação com o contexto. Considerando as questões cotidianas observadas/sentidas, a partir da relação corpo-escola e corpo-redes sociais, circulamos um questionário, através do Google Forms, voltado para os estudantes dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio do IFF-Maricá. Fortalecemos a defesa pelo corpo multifacetado, através da Corporeidade, subvertendo a ideia que o reduz às demandas biológicas, religando saberes entre corpo-mente, razão-emoção, pensar-agir, sentir-fazer e ter-ser um corpo. Pensamos corpo-corporeidade para o autoconhecimento, autoaceitação, diversidade e singularidade. Compartilhamos a perspectiva de corpo livre: potente para ser o que se é, problematizar as padronizações e normatizações da existência, se reinventar diante dos desafios e compreender as manifestações da vida junto às redes sociais.

 

Palavras-chave: corporeidade; pandemia; redes sociais.

 

me formei. e agora?

 

Clara Soares Peixoto1, Yasmin Dias Neonilo da Silva1, Samuel Ribeiro de Almeida1

1Instituto Federal Fluminense – Campus Avançado Maricá

 

Ao adentrar no Ensino Médio, muitas vezes não temos a menor ideia do que fazer depois que nos formarmos. “Quais caminhos podemos seguir? Faculdade, trabalho, os dois? O que faço com o curso técnico? E se eu quiser trabalhar? Qual o melhor caminho: uma empresa privada? Um concurso? Empreender? Como administrar melhor o dinheiro que receberei no meu futuro trabalho? Será que dá para investir?” Pensando nessas questões, esse Projeto de Pesquisa se propõe a auxiliar os alunos a pensar e vislumbrar alguns dos possíveis caminhos que podem ser seguidos após a conclusão do Ensino Médio Técnico Integrado, bem como os limites legais da profissão. Além disso, o projeto também busca interagir com profissionais que queiram compartilhar suas experiências, além de apontar algumas das possibilidades já seguidas em suas trajetórias. 

 

Palavras-chave: Educação, Cursos técnicos, Carreira Profissional.

 

coletivo de estudos e pesquisa em geografia

 

Gabriella Lourenço Soares; Lívia Ferreira Pinho de Almeida; Tássia Gabriele Balbi de Figueiredo e Cordeiro

Instituto Federal Fluminense/Campus Avançado Maricá

 

A presente pesquisa está em sua fase inicial e tem por objetivo contribuir com a articulação entre os eixos de ensino, pesquisa e extensão no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense/Campus Avançado Maricá, no âmbito do componente curricular de geografia. Nesse sentido, a proposta consiste na criação de um Coletivo de Estudos e Pesquisa em Geografia, como um espaço de prática e difusão do conhecimento científico, bem como instrumento para a aplicação de estratégias de ensino, tendo como fundamento metodológico a pesquisa-ação. A abordagem do estudo tem natureza qualitativa, considerando a revisão de literatura sobre a temática e a análise documental, mas incorpora dados quantitativos, a serem obtidos a partir da coleta de informações sobre o rendimento escolar, as dificuldades e demandas dos e das estudantes do campus, levantados por meio de questionários e dados institucionais. Teoricamente, temos por base uma orientação pautada pela práxis, na perspectiva da educação popular e do ensino integrado. Ancorados nos resultados colhidos, partiremos para a etapa de análise, organização e oferta de atividades de intervenção, tais como grupos de estudos, monitorias, oficinas, minicursos etc. Em síntese, através da investigação do processo de ensino-aprendizagem de geografia, o projeto visa propor estratégias e ferramentas que possam auxiliar não apenas o rendimento escolar, como também estimular a pesquisa científica e contribuir na apreensão e aplicação dos conhecimentos geográficos.

Palavras-chave: ensino de geografia; pesquisa-ação; educação popular; ensino integrado.

Um olhar retrospectivo sobre o ensino remoto emergencial durante a pandemia de COVID 19

Camile Vitória de Souza Rocha, Rodrigo Araújo Baldessarini; Thamiris Oliveira de Araujo

 

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Fluminense

 

A pandemia causada pela COVID-19 obrigou que diversas instituições de ensino ao redor do mundo fechassem suas portas e buscassem soluções para manter seus discentes estudando em suas casas. Diante dessa urgência, as tecnologias digitais passaram a figurar como recurso pedagógico protagonista para as escolas particulares e públicas brasileiras. O ensino online trouxe à baila a discussão teórica entre os conceitos de Educação a Distância (EaD) e de Ensino Remoto Emergencial. Apesar de muitas vezes serem empregados como sinônimos, essas duas modalidades se distinguem, uma vez que a EaD consiste em um ensino planejado e estruturado, enquanto o ensino remoto emergencial é adotado como uma solução rápida em tempos de crise para que a educação não paralise totalmente. Neste estudo, lançaremos um olhar retrospectivo para entender como foi implementado e desenvolvido o ensino remeto emergencial no IFF, campus Avançado Maricá. O cerne dessa pesquisa será investigar a imbricada teia que envolve quatro temas principais: (i) as práticas institucionais, (ii) as metodologias de ensino dos docentes, (iii) as estratégias de aprendizagem dos discentes, e (iv) as questões emocionais envolvidas. Para alcançar esse objetivo, aplicaremos questionários e conduziremos entrevistas com professores, alunos e gestores a fim de levantar dados quantitativos e qualitativos que nos auxiliem a tecer um panorama sobre esse momento emblemático em nossas vidas.

 

PALAVRAS-CHAVE: ensino remoto emergencial; tecnologias digitais na educação básica; campus Avançado Maricá.

 

 

MATE_MÁGICA_MENTE: Digital

 

 Rafaella de Medeiros e Silva 1, Gabriel Santos Santiago Patrocinio1, Viviane G. Lagdem Tatagiba1.

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense  - Campus Avançado Maricá

 

Mate_mágica_mente: Digital é um resgate de um projeto homônimo anterior, com uma roupagem virtual.  Os jogos são instrumentos que facilitam o processo ensino-aprendizagem de forma significativa, seja qual for a disciplina e já se entende seu uso como facilitador e motivador do processo educacional. Considerando a geração atual de alunos, que já traz consigo a habilidade e facilidade do manuseio das tecnologias, esse projeto pretende viabilizar o uso do lúdico e da informática para aprendizagem de matemática, propondo o desenvolvimento de jogos e oficinas de atividades que possam ser oferecidas de forma virtual. Em busca de uma aprendizagem efetiva e atraente procuramos através desta proposta desenvolver jogos simples, em plataformas acessíveis para aplicar com alunos da rede pública de ensino e, posteriormente, analisar criticamente os resultados obtidos.  No ensino de matemática podemos combinar as tecnologias digitais com a dinâmica dos jogos para motivar os alunos e engajá-los no processo de ensino-aprendizagem. Ressaltando que o jogo não é simplesmente a diversão do aluno, mas sim uma atividade planejada e desenvolvida pelo professor com objetivos didáticos específicos para que o aluno aprenda ativamente. Os alunos perceberão que é possível aprender Matemática de forma lúdica, recreativa e divertida, tendo maior aprendizagem em relação aos conteúdos estudados, bem como contribuindo para o aumento da criatividade, criticidade e inventividade no ensino da Matemática. Através do jogo, temos a possibilidade de abrir espaço para a presença do lúdico na escola, não só como sinônimo de recreação e entretenimento, mas também ajudando a desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas.

 

Palavras-chave: Gameficação; Atividades Lúdicas; Matemática Recreativa.

Matematicaativa:

Laboratório de Ensino de Matemática

 

 Eduardo Francisco Silveira Passos1, Nathalia Santos Grijo 1, Viviane Gomes Lagdem Tatagiba1.

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense  - Campus Avançado Maricá

 

O projeto propõe desenvolvimento e aplicação de objetos de ensino úteis a um laboratório de matemática através da pesquisa, desenvolvimento e confecção de jogos, objetos didáticos e modelos pedagógicos que possibilitem uma forma alternativa de trabalhar conhecimentos matemáticos através do lúdico. Pretende-se pesquisar e desenvolver possíveis formas de fabricar objetos didático-pedagógicos, criar protótipos e, e em seguida, oferecer oficinas que avaliem os resultados pedagógicos do(s) objeto(s) desenvolvido(s) estabelecendo assim uma integração entre ensino, pesquisa e extensão. Entre as atividades pretendidas estão: pesquisa e desenvolvimento de material, exposições interativas dos produtos desenvolvidos, estudo de pesquisa no processo de ensino aprendizagem de matemática, desenvolvimento de jogos, criação de grupos de estudos, entre outras possibilidades que poderão surgir ao longo do processo de pesquisa. O ensino apoiado no Laboratório de ensino de matemática (LEM) favorece a atividade mental porque provoca, entre outras coisas, observação, experimentação, reflexão, análise, motivação e, consequentemente, aprendizagem. Construir e utilizar jogos e materiais didáticos, envolvendo os alunos no processo, é um poderoso recurso para a construção do conhecimento matemático. Ao jogar e participar do processo de construção de itens de um laboratório LEM os alunos aprendem a compreender os fatores que envolvem o tema e podem apresentar de forma prática suas dificuldades.

 

Palavras-chave: Laboratório de Ensino de Matemática (LEM); Metodologia Ativa; Matemática Recreativa.

 

IFRJ CAMPUS NILÓPOLIS

 

AS OCORRÊNCIAS DOS CONFLITOS AMBIENTAIS NO TERRITÓRIO DA BAIXADA FLUMINENSE/RJ

 

Lívia Braga Vianna Moreira Rodrigues 1, Camilla Ferreira Lobino2,

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ/Nilópolis)

2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ/Nilópolis)

O trabalho tem como objetivo a construção e atualização de um banco de dados permanente a respeito dos conflitos ambientais ocorridos no território da Baixada Fluminense/RJ. Por conflito ambiental entende-se algum tipo de controvérsia a respeito dos usos do meio ambiente e da distribuição dos recursos naturais por diferentes grupos sociais. Para fins do levantamento, registro e mapeamento dos casos de conflito ambiental tomamos em conta denúncias encaminhadas aos poderes públicos que expressam conflitos ambientais ocorridos em um ou mais dos 13 municípios que oficialmente compõem a região, a datar de 1999, período em que o último município foi emancipado (Mesquita). A partir de dados fornecidos por órgãos ambientais, pelos meios de comunicação e em ações no sistema de justiça movidas pelo Ministério Público Estadual/RJ, a pesquisa registrou até aqui 532 casos de conflitos ambientais na Baixada Fluminense. Os dados a respeito desses casos foram tabulados conforme a tipologia do conflito, o município e bairro, o ano da denúncia e a parte reclamante. Definimos 28 tipologias de conflitos ambientais cujos casos foram agrupados: acesso à água; corpos hídricos; coleta e tratamento de resíduos; desmatamento; emissão de efluentes; infraestrutura; qualidade do ar e outros casos variados. Os dados foram integrados em ambientes de Sistema de Informações Geográficas (SIG) a partir de sua distribuição espacial. Do total dos casos, 25,6% dizem respeito à emissão de efluentes – denúncias ligadas à coleta de esgoto, acesso à saneamento básico, lançamento de efluentes industriais sem o devido tratamento, por exemplo. A segunda maior incidência das denúncias públicas representa o conjunto das reclamações ligadas à coleta e tratamento de lixo, com 24 % do total dos registros. Em seguida, 14% das queixas estão associadas à infraestrutura, evidenciando problemas como bueiros entupidos e alagamentos e, por fim, problemas envolvendo o acesso à água potável, que representam 12% das reclamações do cômputo geral dos dados. O trabalho é parte de um esforço de pesquisa e análise maior, o Observatório Socioambiental da Baixada Fluminense/ RJ, que se encontra em seu segundo ano de atividade.

 

Palavras-chave: conflitos ambientais; Baixada Fluminense/RJ; denuncia pública; recursos ambientais.

 

IFRJ CAMPUS NITERÓI

 

Economia solidária em Niterói – pesquisando práticas  coletivas de trabalho

Diogo Brandão, Caroline da Silva Dias, Lígia Scarpa Bensadon

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro

Em um mundo capitalista, dominado pela desigualdade e pela injustiça, a Economia Solidária (Ecosol) surge como uma nova prática social, ambiental e econômica sustentável e transformadora. Esta economia tem como seus princípios a igualdade, a autogestão, o comércio justo, a sustentabilidade e a solidariedade, que juntos compõem uma proposta de sociedade. Tendo conhecimento disto, os estudos e práticas nesta esfera são de suma importância, de modo que ao compreender as possibilidades da Ecosol podemos alcançar resultados extraordinários, tais como revitalizar e redesenhar o cenário social e comercial. Partindo de tais premissas, surge a justificativa do projeto "Economia solidária em Niterói – pesquisando práticas coletivas de trabalho", apoiado pelo Programa Jovens Talentos da FAPERJ. O projeto estuda as expressões da Ecosol no município de Niterói, no qual existe uma política pública municipal aprovada em lei, um fórum municipal atuante e uma Secretaria de Assistência Social e Economia Solidária que vem investindo na implantação da moeda social Araribóia. A presente pesquisa é coordenada pela professora Lígia Scarpa Bensadon, com os bolsistas Diogo Brandão de Paula e Caroline da Silva Dias, do 5° e 6° período, respectivamente, do curso técnico integrado em administração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) campus Niterói, os quais desenvolvem suas atividades junto da Incubadora Tecnológica de Economia Solidária (ITES). Por meio do projeto os bolsistas foram inseridos na ITES e passaram a integrá-la. Na pandemia as reuniões foram remotas e realizadas semanalmente para se discutir, planejar e avaliar as atividades e projetos da ITES. Através do programa Jovens Talentos tem-se o contato com a Ecosol e a participação de forma ativa na mesma, por exemplo, propondo temas e discussões, realização de resumos e sistematizações, participação em reuniões e oficinas internas e externas, postagens no Instagram da ITES, análises de documentos, rodas de conversas, participação em eventos e produção de materiais. Conclui-se que os resultados alcançados são o aprofundamento, a vivência e as experiências com o tema da Economia Solidária, com a aplicação na nossa atualidade, somando, nas atividade da ITES e obtendo aprendizados profissionais para além da sala de aula.

Palavras-chave: Economia Solidária; Incubadora; Jovens Talentos.

 

POR UM ENSINO CRÍTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA: REPENSANDO A SALA DE AULA

Emanuelle Auxiliadora da Rocha Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro campus Niterói

Vivemos uma realidade multifacetada na qual temos acesso a diversas informações que são difundidas simultaneamente por meio de textos de natureza variada, exigindo de nós habilidades específicas, sem as quais a inserção social e a participação ativa no mundo não são possíveis. Segundo Brydon (2009 apud MATTOS, 2012), cidadania significa “ser capaz de participar” e apenas saber ler e escrever, no sentido restrito desses termos, não faz de nós cidadãos verdadeiramente ativos. É necessário o desenvolvimento de habilidades de letramento crítico (TILIO, 2017), a fim de que tenhamos uma compreensão apurada da realidade, levando em consideração as relações de poder que estruturam as práticas sociais (NETO, 2020). Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivo apresentar alguns resultados obtidos por meio da aplicação de atividades com viés crítico em duas turmas de 1º ano do Ensino Médio Integrado na disciplina de Língua Portuguesa em um campus do Instituto Federal do Rio de Janeiro. Tais atividades foram elaboradas pela aluna-bolsista em conjunto com a orientadora e visavam colaborar para o desenvolvimento de habilidades de letramento crítico dos alunos envolvidos, a fim de promover uma formação verdadeiramente integral e emancipadora (cf. GADOTTI, 2012). As ações realizadas em sala de aula não se restringiram à apresentação e análise do código linguístico, mas propiciaram o debate e a reflexão acerca do racismo na sociedade, tema que permeia a vivência dos estudantes e é de extrema relevância para a compreensão e transformação da realidade vigente. Após a realização das atividades, também foi aplicado um questionário anônimo com perguntas que abordavam especialmente as impressões dos alunos acerca da importância de se ter atividades de Língua Portuguesa com um viés crítico. Os resultados obtidos apontaram, de maneira geral, que a maioria dos alunos tem interesse e se engaja em atividades que vão além da análise de conteúdos teóricos, auxiliando, também, em sua formação como cidadãos; porém, esses estudantes não tiveram ou não têm acesso a ações dessa natureza nas disciplinas ofertadas em seu curso, especialmente naquelas mais voltadas para as ciências exatas. No que tange à temática do racismo, esses mesmos alunos mostraram possuir pouco conhecimento acerca de questões relacionadas à história e à cultura afrobrasileira, o que evidencia uma grave consequência do racismo estrutural em sua formação cidadã, reforçando a necessidade de se promoverem mais ações como a proposta nesta pesquisa.

Palavras-chave: letramento crítico; formação integral; educação emacipadora.

 

Educação ambiental engajada: mapeando iniciativas de alfabetização científica para superar o ceticismo climático e as Fake News

Rafael Sávio Nascimento Reis de Jesus 1 , Mariana Spacek Alvim 2

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ) / Campus Niterói

2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ) / Campus Niterói

Os fenômenos da pós-verdade e das Fake News têm impactado bastante as vidas dos indivíduos nas sociedades contemporâneas. A maioria da população já consumiu ou, até mesmo, compartilhou um conteúdo duvidoso. Em linhas gerais, é possível dizer que a pós-verdade é um terreno fértil no qual crescem, sem controle, as Fake News. No contexto pós-verdadeiro, os fatos objetivos têm menos poder de influência na formação da opinião pública do que os apelos às emoções ou a crenças pessoais. Em outras palavras, numa circunstância de pós-verdade, as pessoas estão mais preocupadas em provar seus pontos de vista previamente construídos, e já muito arraigados, do que em se informar, desafiar-se ou muda  crenças que podem, eventualmente, estar fundadas em bases pouco seguras e confiáveis. Dessa maneira, então, acaba sendo esperado e comum o uso de vários meios para atingir tal finalidade, inclusive a produção, o consumo e o compartilhamento de Fake News, boatos e/ou notícias imprecisas, distorcidas, exageradas, contraditórias, insustentáveis ou falsas com a intenção clara de enganar o interlocutor, manipular seu comportamento e/ou adquirir vantagens. Tal problema atinge várias áreas: ciência (incluindo saúde), cultura, tecnologia, política, economia etc. Exemplo atual são as constantes vandalizações dos verbetes “aquecimento global” e “climate change” na Wikipédia por céticos do clima. Para que tais verbetes mantenham-se dentre os mais completos e confiáveis do mundo, um verdadeiro confronto é travado. Grupos de cientistas comprometidos com a disponibilização pública do melhor conhecimento disponível na área fazem edições quase diárias para corrigir as Fake News disseminadas nesses espaços. Diante disso, entende-se que, para lidar com o obscurantismo, que tem feito tão mal às pessoas, às comunidades e à vida pública, de modo geral, é crucial a implementação de vários processos de alfabetização científica. Parte-se do pressuposto de que é benéfico aumentarmos a circulação adequada de conhecimentos baseados em evidência, especialmente no caso das questões ambientais. Dessa maneira, a pesquisa buscou investigar, conhecer e divulgar diferentes iniciativas, nacionais e internacionais, de professores(as), de cientistas e de divulgadores(as) científicos(as), voltadas a democratizar conhecimentos ambientais construídos a partir dos princípios da ciência.

Palavras-chave: letramento científico; educação ambiental; educação climática

CONFECÇÃO INICIAL DO JOGO NITRAD

Carlos Alberto Faria Salgado Junior1 , Thiago Corrêa Lacerda2 , Rafael Luiz da Silva Menezes3

1 Instituto Federal do Rio de Janeiro – Niterói (escola do aluno) 2 Instituto Federal do Rio de Janeiro – Niterói.(Instituição do orientador) 3 Instituto Federal do Rio de Janeiro – Duque de Caxias.(Instituição do aluno de graduação voluntário)

O processo para a criação do "NITRAD Game", se deu início devido a necessidade de metodologias ativas para o conteúdo de Física das Radiações com contextualização histórica para turmas do 4º período do Ensino Médio Técnico do Instituto Federal do Rio de Janeiro-Campus Niterói (IFRJ-CNIT), que são conhecimentos muito importante para o entendimento da atualidade com radiação natural descoberta, usinas nucleares, exames de imagem e acidentes radiológico. Logo de início o jogo apresentou algumas complicações: A refatoração de código, a compreensão dos scripts e algumas implicações referentes à questão gráfica, tendo em vista que não há na equipe um designer para prototipar os sprites. Porém, essas dificuldades foram perpassadas ao decorrer do desenvolvimento do jogo e deram origem a algumas fases já concluídas, essas que já foram aplicadas em algumas turmas do IFRJ-CNIT e obteve um feedback positivo dos alunos. No que tange a parte técnica do jogo, ele foi desenvolvido no Godot Game Engine e na linguagem da própria engine, o GD Script. Esta linguagem é mais próxima ao entendimento humano (Alto Nível), o que possibilitou maior tranquilidade nas novas implementações. Além disso, o Godot dispõe de um excelente suporte aos desenvolvedores, provendo total documentação das funções, métodos e frameworks incorporados na linguagem. Este trabalho tem como objetivo, relatar a confecção das fases concluídas do jogo, tais como os problemas enfrentados, as soluções encontradas e os resultados da sua aplicação até o presente momento. Além de trazer as propostas para a finalização do game educativo, conhecido como gamificação.

Palavras-chave: GODOT; Ensino de Radiação Nuclear; Física

 

JARDIM BOTÂNICO DO RJ

 

“A Missão Biológica Belga ao Brasil (1922-23). O Jardim botânico do Rio de janeiro e a proteção de florestas”

Ester de Bustamante Sá lima Santos1; Alda Lúcia Heizer2

1 CIEP 303 Ayrton Senna  Auto Estrada Eng. Fernando Mac Dowell, 15 - São Conrado, Rio de Janeiro - RJ, 22610-170

2 Centro de Responsabilidade Socioambiental Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de janeiro

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro tem como uma de suas funções desenvolver trabalhos de campo e manter intercâmbio com instituições brasileiras e estrangeiras. Durante as primeiras décadas do século XX, sob a direção do cientista Pacheco Leão, a instituição recebeu a Missão Biológica Belga ao Brasil, em 1922, considerada pelos pesquisadores que analisaram seus resultados, como uma contribuição ao estudo da Biogeografia. Os resultados científicos da viagem ao Brasil estão publicados em dois volumes pela Universidade de Bruxelas, e depositados na Biblioteca do JBRJ, na seção de obras raras. Os objetivos da pesquisa são identificar as fotografias que estão no acervo fotográfico (JBRJ) referentes à viagem da “missão” biológica e construir um roteiro visual (um mapa) comparativo entre as localidades por onde os belgas passaram durante 1922-23. Foram analisados livros sobre a história institucional, bem como artigos sobre a expedição belga que estão na biblioteca do JBRJ , no formato online ; elaborados fichamentos e roteiro com fotos de 1922 e algumas atuais, privilegiando os locais que hoje estão ameaçados de desmatamento. Sendo assim, concluímos que as expedições científicas têm sido estudadas por pesquisadores de diferentes áreas e seus resultados contribuem para os estudos da biodiversidade do Brasil. É possível afirmar que um dos maiores desafios da pesquisa, até o momento, foi compreender que essas expedições devem ser estudadas em seus contextos históricos. Além disso, o JBRJ, para além de ser uma instituição de pesquisa em botânica, tem acervos formados por fotografias e não só por coleções de plantas. Os registros são importantes porque trazem informações do início do século XX e que, junto com os relatórios da viagem e as fotografias, constituem um patrimônio científico institucional e nacional de grande relevância para a ciência brasileira.

Palavras-Chaves: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, acervo fotográfico , expedições científicas; desmatamento

Referências Bibliográficos

ALENCAR,Emanuel. Baia de Guanabara: Descaso e Resistência. Rio de Janeiro:Mórula Editorial,2021

Atlas Geográfico: https://atlasescolar.ibge.gov.br/

BEDIAGA, Begonha; GUEDES-BRUNI, R. R. . Jardim Botânico do Rio de Janeiro: doisséculos de história. In: Malena Barretto; Paulo Ormindo. (Org.). Árvores Notáveis: 200 anos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 1ªed.Rio de Janeiro: Andrea Jacobsson, 2008, v. , p. 11-17.

HEIZER, Alda. Notícias sobre uma expedição: Jean Massart e a missão biológica belga ao Brasil, 1922-1923. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.15, n.3, p.849-864, jul.-set. 2008.

 

NA TRILHA DA SUSTENTABILIDADE: ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR A PEGADA DE CARBONO NO CENTRO DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO

 

Gabriel Alexandre da Silva1,2, Mary Elane da Silva Galvão Machado2, João Carlos Silva2, Anna Carina Antunes e Defaveri2

1Colégio Estadual André Maurois – Gávea, Rio de Janeiro

2Centro de Responsabilidade Socioambiental, Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

 

O carbono é um elemento químico que mesmo sem perceber está presente no nosso dia a dia, através da alimentação, da respiração, atividades industriais, transportes e etc. Sendo assim, muitas vezes o ser humano não percebe o quanto esse elemento químico pode ser tão prejudicial ou benéfico à vida humana. Com o aumento da atividade industrial, vem crescendo também as emissões de carbono para a atmosfera. A pegada do carbono é o volume total de gases do efeito estufa emitidos através de atividades cotidianas. É importante conhecer essa informação, que é expressa em toneladas de CO2 emitidas. A pegada de carbono veio como uma maneira de conscientizar a população acerca desse problema. Esta pesquisa trabalhou o conceito de pegada de carbono com os educandos do CRS como ferramenta para sensibilizá-los acerca do impacto (positivo ou negativo) que podem causar. Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa é desenvolver estratégias para reduzir a pegada de carbono dos educandos do CRS do JBRJ. O levantamento bibliográfico foi feito em sites científicos confiáveis, como o Google Acadêmico, o SciElo e o Portal Capes. Com isso, o fichamento foi concluído com o auxílio do programa Excel para Windows. Além de fichamentos, através de vivências desenvolvidas no Jardim Sensorial do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JS-JBRJ) desde fevereiro de 2022, foi aprofundado o conhecimento sobre o manejo e o cultivo de plantas. Foram desenvolvidas cartilhas digitais didáticas utilizando o Canva e o Power Point (Windows) para conscientizar educandos do Centro de Responsabilidade Socioambiental do JBRJ sobre o impacto do carbono que eles emitem nas atividades da rotina diária e oferecer estratégias e alternativas para reduzir a sua pegada de carbono. As cartilhas foram desenvolvidas para conscientizar, sensibilizar e oferecer alternativas acessíveis considerando a rotina. A seguir, serão apresentados três exemplos de impactos ambientais causados por crianças, jovens e adultos, aumentando a sua emissão de carbono. As crianças às vezes acabam ingerindo salgadinhos produzidos em indústrias. Para a produção desses salgadinhos é necessário desmatar lugares em que havia florestas, cultivar espécies exóticas em grande escala, veículos para transportar a produção até a indústria, embalagens para armazenar a produção, que será mais uma vez transportada até o mercado. Já os adolescentes acabam sendo mais consumistas pelas inovações, mesmo se os itens que possuem ainda estiverem em perfeitas condições. Muitos adultos não percebem o quanto as sacolas plásticas fazem mal para o meio ambiente e aumentam a sua pegada de carbono. As cartilhas desenvolvidas, por meio das atividades propostas, ofereceram alternativas sustentáveis para estimular a diminuição da pegada de carbono. Uma dessas alternativas foi estimular a prática de cultivar vegetais em suas residências através da distribuição de um kit contendo substrato, sementes e cartilha informativa, para com isso, compensar parte das emissões de carbono. As propostas foram bem recebidas pelos jovens, os quais se mostraram sensibilizados sobre o seu impacto no planeta.

 

Palavras-chave: ciclo do carbono; sequestro de carbono; jardinagem.

 

“atualização da coleção de madeiras: curadoria, resgate de informações, obtenção de imagens e atualização da base de dados da xiloteca do jbrj”

ria Eduarda Chaves;  Claudia Franca Barros

CE Andre Maurois  Av. Visc. de Albuquerque, 1325 - Leblon, Rio de Janeiro - RJ, 22450-001

Centro de Responsabilidade Socioambiental Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Coleções de madeiras identificadas botanicamente com dados de coleta disponíveis são de grande importância. Atualmente, a demanda por madeira para pesquisas botânicas e tecnológicas é crescente. O número de áreas interessadas em utilizar a madeira em seus estudos está aumentando e espera-se que continue crescendo no futuro. A xiloteca do Jardim Botânico é uma das maiores do Brasil, com um acervo de 10.764 amostras de madeira e 40.000 lâminas histológicas. Atualmente, a demanda por madeira para pesquisas botânicas e tecnológicas é crescente. A coleção é referência para os biomas Mata Atlântica e Amazônia. Os estudos de anatomia da madeira fornecem uma base para a compreensão e resolução de problemas em áreas como taxonomia, arqueologia, antropologia, legislação, controle e fiscalização do comércio de madeira, tecnologia da madeira e dendrocronologia. Este trabalho tem como objetivo realizar atividades de curadoria, organizar as amostras de madeira e todas as informações que estão no banco de dados da Xiloteca do JABOT. Também fará a captura de imagens microscópicas no Laboratório de Botânica Estrutural do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Todo o material utilizado neste trabalho está depositado na Xiloteca do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Como a coleção possui um número elevado de amostras, inicialmente serão priorizadas amostras de espécies ameaçadas. Após a verificação, as lâminas das amostras serão selecionadas para a produção das imagens microscópicas. As amostras de madeira serão amolecidas e seccionadas em micrótomo de lâmina Spencer 860 com espessura entre 16 e 30 μm (Muñiz & Coradin, 1992). A madeira será então cortada em pedaços. As peças serão colocadas em um pedaço de papel e colocadas umas sobre as outras. O bolsista poderá realizar trabalhos de curadoria em coleções biológicas, bem como atividades laboratoriais relacionadas à anatomia da madeira. Espera-se que ao final do período da bolsa, o bolsista possa realizar trabalhos de curadoria em coleções biológicas.

Palavras-chave: curadoria de coleções; xiloteca; anatomia da madeira; madeiras.

Barros, C. F.; Coradin, V. T. R. . Xilotecas brasileiras: panorama atual e perspectivas futuras. Unisanta Bioscience, v. 4, p. 29-40, 2015.

 

ESTUDO DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE PIPER MOLLICOMUM KUNTH (PIPERACEAE)

 

 Caio Santos de Oliveira Ripardo1, Jéssica Sales Felisberto2, Davyson de Lima Moreira3

1Colégio Estadual Pedro Álvares Cabral/ Iniciação Científica Jardim Botânico do Rio de Janeiro

2Centro de Responsabilidade Socioambiental, Jardim Botânico do Rio de Janeiro

3Diretoria de Pesquisa Científica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

A Organização Mundial de Saúde anunciou que é importante a condução de pesquisas científicas direcionadas às plantas com propriedades medicinais e seus princípios ativos para elucidar seus efeitos, com finalidade de afirmar a eficácia e segurança de seu uso popular. Piper mollicomum Kunth é uma espécie pertencente à família Piperaceae, de uso medicinal popular, de porte arbustivo e nativo da mata Atlântica. Estudos recentes apontam que P. mollicomum possui indicações como fungicida, para o tratamento de doenças hepáticas, diminuição do fluxo menstrual severo, tratamento de transtorno gastrointestinal e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis. O objetivo deste trabalho foi extrair e identificar os constituintes do óleo essencial (OE) de P. mollicomum. Folhas foram coletadas no jardim Botânico do Rio de Janeiro e cominuídas manualmente com o auxílio de uma tesoura. Em seguida foiram transferidas para um balão, juntamente com água destilada. O balão foi submetido ao processo de hidrodestilação em aparato de Clevenger modificado por 2 h. O OE obtido foi submetido a análise por Cromatografia em fase Gasosa (CG) aclopada à Espectometria de Massas (EM). Foi possível identificar 40 substâncias diferentes. Os constituintes majoritários foram monoterpenos e sesquiterpenos, incluindo, 1,8-cineol (22,32 %),  germacreno D (8,62 %), α-pineno (8,12 %) e β–pineno (5,75 %). Monoterpenos são comuns em espécies do gênero Piper L. Dados disponíveis na literatura descrevem que o 1,8-cineol possui atividade antimicrobiana e auxilia no processo de polinização, atraindo abelhas (BORG-KARLSON et. al. , 2003). Com os resultados obtidos nesta análise pode-se concluir que P. mollicomum possui grande quimiodiversidade de voláteis e que seus constituintes majoritários tem um potencial bioativo.

 

Palavras-chave: quimiodiversidade; hidrodestilação; 1,8-cineol; germacreno D; Mata Atlântica.

 

LEVANTAMENTO DA BIODIVERSIDADE DE MACROALGAS DOS COSTÕES ROCHOSOS INSULARES DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO

Joia Coll Souza1,2,3, Clarice Martins Ribeiro3, Fernando Coreixas de Moraes3

1.Colégio Estadual André Maurois e C.E. Ignácio de Azevedo Amaral; 2Centro de Responsabilidade Socioambiental, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro; 3Diretoria de Pesquisa, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

As macroalgas marinhas são vegetais pluricelulares importantes na estruturação de diversos ecossistemas costeiros e oceânicos, servindo de alimento e abrigo para a fauna, incluindo invertebrados, peixes e tartarugas. Com sua ampla diversidade, são classificadas basicamente em três Filos (Divisões): vermelhas (Rhodophyta), pardas (Ochrophyta) e verdes (Chlorophyta). Diferentes técnicas de produção, processamento e análise de dados primários na área de botânica marinha foram apresentadas, direta e indiretamente, à estudante. Coleta e triagem de material biológico, fotografia científica, herborização de macroalgas, tombamento e incorporação de amostras em Banco de Dados, catalogação e tratamento de imagens além de ilustração botânica foram executadas. Nove espécies de macroalgas estão sendo caracterizadas, incluindo a produção de pinturas com aquarela e textos inclusivos para áudio-descrição. Complementarmente, três destas espécies, coletadas na Ilha Maricá (Maricá-RJ) e na Ilha Rasa (Rio de Janeiro-RJ), foram herborizadas e tombadas no Herbário RB do IPJBRJ: Codium intertextum (RB 836844), Plocamium brasiliense (RB 836841) e Dictyota sp. (RB 836843). Com isso, avançou-se na capacitação de “Jovens Talentos” e na geração de informações científicas relevantes, especialmente considerando-se o início da Década das Ciências Oceânicas para o Desenvolvimento Sustentável (ONU, 2021-2030). Neste contexto, inserem-se o desenvolvimento de autonomia e de senso de profissionalismo da estudante e a incorporação no Herbário RB de novos registros de macroalgas marinhas para a região metropolitana do Rio de Janeiro, contribuindo para o preenchimento de uma lacuna de mais de 30 anos para o município de Maricá, por exemplo.

Palavras-chave: Acessibilidade, Taxonomia, Botânica Marinha, Ilhas, Herbário RB.

 

Plantas insetívoras: elaboração de uma revista

educativa infantojuvenil

Vitória Regina de Sousa Gomes1, George Azevedo de Queiroz2

1Colégio Estadual Andre Maurois

2Intituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro / Centro de Responsabilidade Socioambiental

 

As plantas insetívoras obtêm mais de 700 espécies que são distribuídas em 10 famílias e 18 gêneros com ocorrência em regiões tropicais e subtropicais. Dentre as mais conhecidas estão a Dionaea que apresenta a coloração vermelha e secreta néctar para que possa atrair os insetos. Para que sua armadilha seja ativada, o inseto precisa encostar em pelo menos dois pelos sensoriais e quanto mais ele se move, mais ela fecha a armadilha. Já a Nepenthes consegue armazenar até cinco litros de líquido digestivo e atrai suas presas com a cor e sua beleza. Historicamente, principalmente em desenhos animados e filmes essas espécies vêm sendo retratadas como plantas perigosas ao homem, acarretando o distanciamento de parte da população. O objetivo deste estudo foi elaborar uma revista educativa infanto-juvenil buscando aproximar este público com as plantas insetívoras. As informações presentes na revista estão sendo levantadas a partir de referência bibliográfica especializada e o arquivo elaborado na plataforma Canva. Até o momento já foram confeccionadas as ilustrações que irão compor a revista bem como o texto informativo sobre as espécies.

Palavras-chave: Botânica; Carnívoras; Educação Ambiental.

PIPERACEAE DO JARDIM BOTÂNICO DO

RIO DE JANEIRO

Yasmin Oliveira Gomes1, George Azevedo de Queiroz2

1CIEP 303 Ayrton Senna da Silva

2Intituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro / Centro de Responsabilidade Socioambiental

A família Piperaceae possui distribuição pantropical com grande diversidade na América do Sul. A família possui cerca de 4300 espécies no mundo, que são divididas em cinco gêneros: Manekia Trel., Peperomia Ruiz & Pav., Piper L., Verhuellia Miq. e Zippelia Blume. No Brasil estão registradas 468 táxons sendo encontrados principalmente na Amazônia e Mata Atlântica, sendo distribuídas nos gêneros Piper L., Peperomia Ruiz & Pav. e Manekia Trel. Piperaceae são ervas eretas, epífitas, terrestres, rupícolas, subarbustos, arbustos, arvoretas ou trepadeira, geralmente aromáticas e dotadas de glândulas translúcidas, elas possuem folhas alternas, opostas ou verticiladas, contendo flores aclamídeas, andróginas e unissexsuadas. O objetivo do estudo é realizar levantamento das espécies da família presente no Arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Para atingir os objetivos foi realizado levantamento bibliográfico, analise dos materiais do herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e tratamento taxonômico das espécies. Além disso, foram realizadas coletas de indivíduos férteis, separados e desidratados em estufa e depositados no herbário RB. Até o momento foram encontradas cinco espécies da família: Peperomia obtusifolia (L.) A. Dietr.; Peperomia pellucida (L.) Kunth; Piper arboreum Aubl. var. arboreum; Piper mollicomum Kunth e Piper tuberculatum Jacq.

Palavras-chave: Botânica; Diversidade; Taxonomia.

 

 

A IMPORTÂNCIA E INFLUÊNCIA POSITIVA DAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESENVOLVIDAS NO SEA/JBRJ PARA O PÚBLICO

Nicole Sant’ Anna 1, Isis Tatiana B. J. Braga2,

 1Colégio Pedro II – Campus Centro

 2Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico  do Rio de Janeiro / Centro de Responsabilidade Socioambiental

 A equipe do SEA ( Serviço de Educação Ambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro) promove oportunidades de visita ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro aos professores de ensino de redes públicas e privadas, seguindo as principais orientações e práticas de educação ambiental em jardins botânicos. Grande maioria dessas atividades são direcionadas ao grupo infantil, sendo de suma importância o aprendizado de educação ambiental durante os anos iniciais escolares. Neste setor há projetos de disseminação do conhecimento científico através de atividades imersivas, tais como: Roteiro Básico e o laboratório didático.  Utilizando um método chamado ‘Preceitos teóricos da psicogenética de Piaget (DOLLE,1975)’ , foi possível chegar à conclusão de que atividades imersivas, tendem a atrair mais a atenção das pessoas que estão aprendendo sobre determinado assunto. Portanto, se tem como objetivo o desenvolvimento de atividades pedagógicas que possam trazer conhecimento através de ações lúdicas, ambientação do laboratório didático acerca do tema trabalho e também a produção de conteúdos audiovisuais para alcançar um público maior.   Através de um questionário elaborado com o intuito de receber o feedback do público sobre os projetos, foi possível observar o quão importante são essas atividades para o conhecimento científico, e o quanto influencia positivamente no desenvolvimento do pensamento crítico. Tendo como comparação outro trabalho desenvolvido pela revista científica eletrônica de ciências sociais aplicadas da eduvale, vemos o quão importante é esse aprendizado desde os anos iniciais, pois desde cedo se passa a ter a consciência de preservação do meio ambiente, pois o futuro depende diretamente da relação do homem e natureza.

Palavras-Chave: Educação ambiental;  Meio ambiente.

A IMPORTÂNCIA E INFLUÊNCIA POSITIVAS DAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESENVOLVIDAS NO SEA/JB PARA O PÚBLICO

Rayssa Farias Souto1, Isis Tatiana Borges Jordã2

1 Colégio Ciep Ayrton Senna Da Silva 303/Iniciação Científica Jardim Botânico do Rio De Janeiro

2 Centro de Responsabilidade Socioambiental, Jardim Botânico do Rio de janeiro

Diretoria de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

O roteiro básico oferecido aos professores da rede de ensino público e privado; pela equipe do Serviço de Educação Ambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, destina-se orientar os mesmos com atividades multidisciplinares de Educação Ambiental, para que possam desenvolverem ricos conteúdos em suas práticas educativas. O SEA possui o espaço do laboratório didático que é ambientado de forma lúdica e com conteúdos referentes a questões ambientais como: conservação, biodiversidade e divulgação científica sendo assim preparado para receber o público geral. O objetivo é oferecer o recurso do aprendizado por projetos; dando à oportunidade aos professores no sentido não somente de facilitar aquisição de conhecimento ao aluno, mas incentivar o desenvolvimento de habilidades e valores que os orientarão e motivarão para estilos de vida sustentáveis, indo de encontro também, a execução da proposta dos Objetivos de Desenvolvimentos Sustentáveis promovidos pela ONU. A Educação básica deve incluir o ensino de valores, para a promoção do cuidado com o planeta, com as pessoas e a partilha justa de recursos. O método consiste na realização de atividades ambientais, pedagógicas e dinâmicas, com o objetivo de construir a curiosidade e o entusiasmo dos alunos, com isso o aluno pode ter um conhecimento mais profundo e abrangente, como por exemplo, sobre os biomas, serviços ecossistêmicos, como o das abelhas nativas. Para isso seguimos desenvolvendo habilidades e competências elaborando atividades lúdicas e audiovisuais, buscando alcançar cada vez mais o interesse e pertencimento por parte do público.

Palavras chaves: Educação ambiental, Divulgação Científica

 

 

“Avaliação dos impactos psicopedagógicos dos educandos do curso de jardinagem do Jardim Botânico do Rio de Janeiro”

 

 

Caio da Costa Gomes, Esp.Verônica Monte, MsC. João Carlos Silva – CEAM André Maurois – Leblon

 

Centro de Responsabilidade Socioambiental Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

 

O meio ambiente envolve-se nas mudanças comportamentais dos seres humanos através de interações entre si. Assim, a aprendizagem se relaciona com as alterações por meio do convívio com a natureza, ocasionando na fisiologia humana, alterações comportamentais.¹ No presente trabalho observou-se o desenvolvimento da aprendizagem e alterações emocionais nos educandos do curso de jardinagem no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Para isso utilizamos os seguintes métodos: Estudo etnográfico, uma convivência prática para sentir e observar as características do determinado grupo estudado; questionário manual contendo 10 questões relacionadas à experiência dentro do curso de Jardinagem, Percepção Ambiental; e Roda de conversa para contextualizar a jornada do educando como métodos de avaliação. Observou-se que cerca de 90% dos educandos de Jardinagem obtiveram paz e tranquilidade, com o contato da natureza em seu cotidiano. Com esses resultados observamos que o contato com a natureza na vida do adolescente desenvolve aspectos emocionais e intelectuais. Assim, podemos concluir que os mesmos resultados da (DE ANDRADE, 2010) diz, as alterações dos aspectos emocionais e da fisiologia humana, é um reflexo da interação entre a natureza e humanidade, pois os mesmo desde suas raízes estão conectados.

 

 

 

Palavras-chave: Educação Ambiental, Contato com a Natureza Referências

¹DE ANDRADE, L.B. Psicopedagogia e distúrbios de aprendizagem: uma visão diagnóstica

Luciana Bozzi de Andrade. Encontro: Revista de Psicologia, v. 13, n. 19, p. 115-143, 2010.

 

USO DA ANATOMIA FOLIAR NO CONTROLE DE QUALIDADE DO CHÁ DE CAPIM-LIMÃO (CYMBOPOGON CITRATUS (DC.) STAPF, POACEAE)

Maria Clara Mesquita Silva¹, João Paulo Basso-Alves²

¹Colégio Pedro II – Campus Humaitá II

²Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro/ Centro de Responsabilidade Socioambiental

Cymbopogon citratus (DC.) Stapf, mais conhecido como capim-limão, é uma planta cujas folhas pode-se fazer um chá que traz diversos benefícios como alívio de cólicas intestinais e uterinas, calmante para ansiedade leve e insônia. As plantas medicinais consumidas pela população brasileira são frequentemente comercializadas como chás vendidos em sachês de forma rasurada. No entanto, pode haver produtos fraudados, que acabam negando sua eficácia e trazendo riscos à saúde já que suas modificações, como substituição ou contaminação por matéria vegetal, são de difícil percepção por serem vendidas em pequenos fragmentos. Então, uma forma de saber se esse material é autêntico ou não é através da análise microscópica a partir de marcadores anatômicos característicos da planta. Logo, o estudo busca avaliar a autenticidade de diferentes marcas de chá capim-limão, utilizando a anatomia foliar da planta para verificar se as amostras vegetais correspondem aos dados anatômicos na literatura. Foram utilizadas folhas de espécimes cultivados no JBRJ e amostras secas obtidas em comércios, e foi feita a análise e comparação das amostras do material coletado. Essa etapa consiste em cortes à mão livre das amostras com navalha de aço descartável. Os melhores cortes obtidos foram selecionados e montados entre lâmina de vidro e lâmina, em meio aquoso. Tais lâminas foram observadas em microscópio de luz e a captação de imagens feita com câmera digital acoplada ao microscópio. Até o momento, analisando os cortes, conseguimos identificar algumas estruturas características na epiderme como células especializadas como estômatos do tipo graminóide com células subsidiárias tetracíticas, e células buliformes, podendo comprovar a autenticidade da amostra.

A IMPORTÂNCIA DAS ALGAS CALCÁRIAS NA FORMAÇÃO DAS PRAIAS DA COSTA DO ESPÍRITO SANTO

 Thalena da Silva Martins do Nascimento1, Rodrigo Tomazetto de Carvalho2

1CE Herbert de Souza – Rio Comprido

2Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

As algas calcárias são algas vermelhas (Filo Rhodophyta) que tem como principal característica seus talos duros (calcificados) pela impregnação de carbonato de cálcio, podendo ocorrer de forma crostosa ou segmentadas. Devido ao seu talo duro de CaCO3, as algas são importantes para a formação dos recifes coralíneos, refúgio para os peixes e importante no ciclo do carbono. Quando mortas também contribuem para a formação do sedimento costeiro na formação de praias e dunas. Os objetivos do projeto são dimensionar a importância dos grânulos carbonáticos de algas coralináceas na formação do sedimento tipo areia na região supra litoral da região costeira central do Espírito Santo e compreender se a dinâmica de exposição a ondas interfere na contribuição de grânulos carbonáticos nas diferentes regiões. Nessa pesquisa, a metodologia utilizada foi a coletada de sedimentos de 2019 e 2021 em oito pontos da região costeira do sul do estado do Espírito Santo. Os sedimentos foram observados por microscopia estereoscópica. As imagens foram analisadas utilizando os softwares AnalySIS getIT e Image J e as estatísticas realizadas no software Origin 8.5. A contribuição média de grânulos de algas calcárias no sedimento costeiro das regiões analisadas foi de 15,87 ± 7,5% (Em média, a cada 6 grãos, 1 é de alga calcária). A maior contribuição média nos dois anos analisados foi registrada no ponto mais ao Sul com 25,83% e a maior variação foi temporal (entre 2019 e 2021) foi registrada no segundo ponto mais ao Sul, com 7,5%. As análises estatísticas obtidas demonstram que existem diferenças entre a contribuição de algas coralináceas para os diferentes locais amostrados, porém não há diferença significativa da contribuição de algas coralináceas ao longo do tempo. Além disso, a comparação entre pontos abrigados e não abrigados evidenciou que não há diferenças na contribuição desses grânulos bioclastos. Os resultados obtidos mostram a importância dos grânulos de algas calcárias nas formações arenosas costeiras e que sua contribuição é diferente entre os locais, mas permanece constante ao longo do tempo.  

Palavras-chave: formações costeiras; algas calcárias; microscopia estereoscópica

Monitoramento de cultivos in vitro de Algas Coralináceas no Laboratório de Algas do IPJBRJ

Gabriel Fernandes da Silva1, Rodrigo Tomazetto de Carvalho2

1CE Paulo de Frontin – Rio Comprido

2Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

As algas coralináceas incrustantes (ACI) (Corallinales, Hapalidiales e Sporolithales, Rhodophyta) se destacam como um dos organismos bentônicos mais abundantes da zona fótica, ocorrendo na maioria dos habitats marinhos, desde os trópicos aos pólos, desde a zona entremarés até profundidades próximas a 300 m. As ACIs são importantes produtoras de sedimento carbonático e estão entre os principais bioconstrutores de recifes coralíneos. Além da agregação do substrato, as algas calcárias exibem outro papel chave na estruturação das comunidades bentônicas. Um dos grandes desafios para o estudo dessas algas é a dificuldade de amostragem, já que crescem aderidas ao substrato, por tanto são difíceis de serem retiradas e também porque ocorrem em profundidades em que só é possível o acesso através de mergulhadores profissionais. Nesse contexto, o cultivo dessas algas se torna essencial para experimentos in vitro focados em fisiologia, ecologia, biologia celular, bioquímica e diversos outros campos de conhecimento. O objetivo do presente projeto é estabelecer o cultivo in vitro de algas coralináceas no Laboratório de Algas do IPJBRJ e indicar os parâmetros físico-químicos ótimos para o desenvolvimento de algas coralináceas in vitro. Algas coralináceas foram coletadas na Praia da Itaipu (RJ) e cultivadas em um aquário de 100 L com os parâmetros salinidade, temperatura, pH, alcalinidade, [Ca] e [Mg] monitorados semanalmente por 8 meses. Durante o período de cultivo, os parâmetros analisados foram mantidos de acordo com a literatura e observou-se que as algas coralináceas mantiveram sua cor rosa/vinácea além de apresentarem suas margens de crescimento ativas, o que indica um processo de crescimento das mesmas. Foram observadas novas crostas de algas coralináceas crescendo sobre as rochas e sobre outras crostas mais antigas, indicando que o cultivo está saudável e em desenvolvimento. Os resultados obtidos nesse projeto são de suma importância para o desenvolvimento de um protocolo de cultivo desse grupo essencial de algas.

Palavras-chave: Algas coralináceas; Cultivo in vitro; Monitoramen

 

 

CATÁLOGO DE PLANTAS DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: LISTAS PRELIMINARES DOS PARQUES ESTADUAIS DA SERRA DA CONCÓRDIA E DA PEDRA SELADA

 

Hemily Oliveira Marques1,2, Fernanda Saleme2, Isabela Maciel Waga2, Marcela Barbosa2, Renon Santos Andrade2, Thaís Andrade Ferreira Dória2, Marcio Verdi2

1Centro de Responsabilidade Socioambiental do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (CRS/JBRJ)

2Centro Nacional de Conservação da Flora do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (CNCFlora/JBRJ)

hemilymarques123@gmail.com

marcioverdi@jbrj.gov.br

Estratégias de conservação dependem do conhecimento sobre as espécies e iniciativas para reunir e disponibilizar tais dados são imprescindíveis. Nesse sentido, o Catálogo de Plantas das Unidades de Conservação do Brasil consolida, em uma única base, os dados da flora protegida por Unidades de Conservação (UCs) do país. Considerando as áreas protegidas do estado do Rio de Janeiro, o Parque Estadual da Serra da Concórdia (PESC) e o Parque Estadual da Pedra Selada (PEPS) ainda não foram incluídos neste catálogo. Este estudo tem como objetivo atualizar as Listas de Espécies da Flora do PESC e do PEPS e disponibilizá-las no Catálogo. Aqui são apresentados os resultados preliminares apenas da lista do PESC, uma vez que a elaboração da lista do PEPS está em andamento. Para gerar a lista, utilizou-se as localidades situadas dentro do PESC como palavras-chave para realizar buscas sistemáticas por registros de espécies nas principais bases de dados virtuais de coleções botânicas (Jabot e SpeciesLink). Após gerar a base de dados brutos, iniciou-se o processo de limpeza de registros incompletos e duplicados, além da atualização dos nomes científicos segundo a Flora e Funga do Brasil. Foram catalogadas 151 espécies de plantas distribuídas em 61 famílias botânicas, sendo Fabaceae (27 espécies), Rubiaceae (10 espécies) e Melastomataceae (8 espécies) as mais representativas (29,8% do total das espécies). As espécies estão distribuídas em 117 gêneros, sendo Miconia e Pteris (ambos 5 espécies) os mais representativos. Ao todo, foram encontradas cinco espécies ameaçadas de extinção, sendo três delas classificadas como “Vulnerável” (VU) e duas como “Em perigo” (EN). Cabe ressaltar que ainda é uma lista preliminar da flora do PESC e novas espécies podem ser incluídas.

Palavras-chave: lista de flora, unidade de conservação, catálogo de plantas, biodiversidade, conservação.

 

 

 

 

 

MUSEU NACIONAL

Clube Literário encontros: Literatura em diálogo com a Ciência

Felipe Bandoli Vargas da Costa

Colégio Pedro II - Campus Humaitá II
Museu Nacional/UFRJ - Seção de Assistência ao Ensino

Através desta pesquisa, busca-se explorar o potencial da literatura em seu papel de desenvolvimento do caráter crítico e científico do indivíduo. Trata-se de uma pesquisa que analisa a literatura como método de divulgação científica, assim como investiga as relações entre ciência e ficção. Por meio de encontros que acontecem de maneira virtual via Google Meet, realizados por educadores da Seção de Assistência ao Ensino (setor educativo do Museu Nacional) e pela Biblioteca Central do Museu, o Clube discute temáticas científicas a partir do que é pesquisado e produzido na instituição. Parte-se da hipótese de que um clube de leitura aproxima as pessoas do conhecimento e do fazer científico, através da literatura, ao presumir que tanto a literatura quanto a ciência buscam compreender e decifrar o mundo; tais estratégias impulsionam o desejo do saber humano. A pesquisa tem como base os estudos dos teóricos Antonio Candido, Tzvetan Todorov, Jacques Rancière e Paulo Freire. Há também os recortes dos encontros virtuais, em registros de imagens (Captura de Tela), além de falas reproduzidas nas redes sociais do projeto (Telegram e Instagram) e formulários avaliativos a respeito do Clube, contendo informações dos hábitos de leitura e de como os participantes percebem a ciência. Desse modo, a pesquisa investe na produção do conhecimento baseado nos desdobramentos e aproximações do texto literário e da ciência como instâncias de entendimento do mundo.

Palavras-chaves: Literatura; Ciência; Divulgação científica; Clube de leitura

PLANETÁRIO DO RIO DE JANEIRO

 

A Nova exposição dos Meteoritos “Do Gênese ao Apocalipse

 

 

Ana Lívia Gomes da Costa1, Arthur Guilherme Cardoso Schueler2, Guilherme Haun3, Mariana Berni Gonçalves4, Samara Trindade Monteiro Barbosa5

1CAP-UFRJ, 2CAP-UFRJ, 3Fundação Planetário, 4CAP-UFRJ, 5CEFET-Maracanã 

 

A Fundação Planetário do Rio inaugurou no dia 3 julho de 2021, a exposição “Da Gênese ao Apocalipse”. Nela são apresentados 38 meteoritos que integram a área do segundo piso do Museu do Universo, no Planetário. Esse conjunto de meteoritos faz parte da coleção do Museu Nacional/UFRJ, que resistiram ao grande incêndio de 2018. Entre eles está o meteorito Santa Luzia, o segundo maior objeto espacial já encontrado no país, identificado em 1922 no município de Santa Luzia de Goiás, atual Luziânia (GO). O evento marcou também o reinício das atividades do Planetário e do Museu do Universo durante a semana, após o período da pandemia, que passou a abrir de terça a domingo para visitas e sessões de cúpula, com a novidade da gratuidade para o público em geral todas as terças-feiras. A exposição foi aberta com um evento especial, onde foi realizada a primeira edição do “Papo com o Extraterrestre”, ciclo de encontros mensais sobre astronomia e meteorítica. O evento conta com as “Meteoríticas”, equipe de mulheres cientistas que desenvolve pesquisas e realiza atividades de campo, viajando pelo país caçando esses objetos extraterrestres. Maria Elizabeth Zucolotto, curadora do Museu Nacional e maior autoridade em meteoritos no Brasil, é a líder da equipe, que ainda conta com a química Amanda Tosi e a astrônoma Diana Andrade. A parte do título da exposição “Genese” se refere ao fato dos meteoritos carregarem informações importantes sobre a formação do sistema solar e a parte “Apocalipse” explica as grandes extinções, como a  dos dinossauros.

 

Palavras-chaves: meteoritos; planetário; extraterrestres

 

A Retomada das Atividade da Fundação Planetário

 

aria Eduarda Monteiro Sodo Rita1, Maria Clara de Souza Torres2, Gabriel Pacheco Krawczuk3, Pedro Henrique Portela Bittencourt4, Wailã de Souza Cruz5

1C.E. Andre Maurois, 2C.E. Andre Maurois, 3CAP-UFRJ, 4CAP-UFRJ, 5Fundação Planetário

 

Após um longo período fechado, devido à pandemia de Covid, a Fundação Planetário pode finalmente reabrir suas portas no dia 12 de setembro 2020. Mas ainda estávamos vivendo um período com muitas preocupações em relação à transmissão do vírus. Para receber o público de volta com o máximo de segurança possível, o Planetário seguiu todas as Regras de Ouro determinadas pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, assim como os protocolos do Conselho Internacional de Museus (ICOM). O número de pessoas que poderiam nos visitar foi reduzido a menos da metade da nossa capacidade, os ingressos só podiam ser comprados pela internet, restrito a 5 familiares por sessão, o uso de máscara era obrigatório, a temperatura era medida com o termômetro digital, havia totens com álcool gel para a limpeza das mãos, alguns experimentos não foram liberados para o uso e havia limpeza constante dos locais liberados. Com a chegada das vacinas, e a diminuição de contágio na cidade, o Planetário pode aos poucos aumentar o número de visitantes e das atividades oferecidas. No primeiro semestre de 2022 nós pudemos voltar a receber escolas e realizar as observações do céu com os telescópios e, com isso, observamos o crescimento do nosso público que visita nossa instituição em busca do conhecimento em astronomia.

 

Palavras-chaves: Planetário; retomada; astronomia; pandemia

           

 

PROJETO CAMINHOS DE DARWIN CABO FRIO

 

“Charles Darwin e a escravidão: os reflexos no entorno da Fazenda Campos Novos”

 

 Jamily Lino Cordeiro, Kaike Menegardo Nunes, Marcus André Iludi Rodrigues Teixeira Dos Santos, Mirelly Ribeiro Alves; Marcus Felipe Emerick Soares Cambra

1Escola Agrícola Municipal Nilo Batista

2Instituto de Geociências/Departamento de Geologia/UFRJ

O presente trabalho visa entender como a escravidão no Brasil reflete ainda nos dias de hoje nas comunidades quilombolas do entorno da Fazenda Campos Novos, localizada no 2º distrito de Cabo Frio/RJ. Durante a viagem de Charles Robert Darwin (1809-1882) ao redor do mundo a bordo do navio H.M.S. Beagle, partindo da Inglaterra em 27 de dezembro de 1831, esteve no Brasil em 1832 chegando no Rio de Janeiro no dia 04 de abril, permanecendo no interior do Estado do Rio de Janeiro entre os dias 8 e 24 de abril. O que mais chocou o naturalista inglês nessa passagem pelo Brasil foi a escravidão. Dessa forma, essa pesquisa é baseada no contexto histórico da passagem de Charles Darwin pela Fazenda Campos Novos e tem como pilar utilizar a investigação científica dentro de um episódio histórico visando despertar o talento dos estudantes do segundo ano do ensino médio mediante sua participação nesse projeto de pesquisa. A área de estudo é o entorno da Escola Agrícola Municipal Nilo Batista que está localizada nas terras da Fazenda Campos Novos, área de remanescentes de quilombos. Essa pesquisa se atém a divulgar conhecimentos científicos a partir da história vivida por Charles Darwin e entender como os anos de escravidão ainda estão presentes atualmente na vida das pessoas, servindo também de motivação para a preservação das tradições culturais e históricas dos remanescentes quilombolas e matrizes africanas.

Palavras-chave: Escravidão; Quilombos; Charles Darwin

 

“AS ESCRITURAS DE CHARLES DARWIN”

 Luis Gabriel Pereira da Costa1; Fernanda Carvalho dos Santos Rodrigues

1 Escola Agrícola Municipal Nilo Batista

As cartas, em geral, são utilizadas como forma direta de comunicação, tendo assim dois sujeitos: o emissor e o receptor. Há registro da prática epistolar desde a antiguidade, mas foi no século XVII que este hábito se tornou costumeiro, sendo, porém, ainda uma prática aristocrática. No Brasil, tal prática intensificou-se no século XIX, ocasionado pelo crescimento de imigrantes no território nacional, assim, a troca de cartas tornou-se necessária, como única forma de comunicação com os seus, que permaneciam nos países de origem. Já o processo de utilização das cartas como fontes de informação ocorre em meados do século XIX, por meio de profissionais como historiadores, sociólogos e antropólogos, que tratam a correspondência como documento, fonte de informação repleta de informações culturais, políticas e sociais. Sendo assim, ao analisar as correspondências entre Charles Darwin (1809-1882) e Francisco de Arruda Furtado (1854-1887), constata-se que este gênero textual dá pistas sobre o trabalho científico de Darwin, servindo de divulgação de suas descobertas. Academicamente essas cartas fornecem um recorte sobre o ofício do naturalista no século XIX, além de expor a importância das ilhas oceânicas, neste caso os Açores, como laboratórios e estações de trabalho e sobre a vasta rede de contatos postal pela qual os naturalistas se comunicavam. Para além disso, as cartas mostram uma relação inspiradora entre os correspondentes. Desta forma, é de suma importância analisar a troca de correspondências entre Darwin e Furtado, uma vez que serve como fonte de pesquisa para os experimentos de ambos e divulgação das ciências naturais, sendo consideradas como fontes documentais.

Palavras-chave: Charles Darwin. Correspondência. Escrita. Ciência

Caminhos de Darwin: as plantas medicinais e o espaço sensorial no resgate da cultura popular dos remanescentes quilombolas, Cabo Frio – RJ”.

Sophia Emília Pereira Teixeira Dutra1, Kauã Alves da Silva1, Krystina Célia da Silva Correia1

1Escola Agrícola Municipal Nilo Batista – Campos Novos, Cabo Frio-RJ

 

Este estudo visa o desenvolvimento de uma pesquisa no âmbito dos remanescentes quilombolas e está associado à valorização da cultura popular. Está fundamentado no contexto histórico da passagem do naturalista Charles Robert Darwin (1809-1882) pela Fazenda Campos Novos, Cabo Frio-RJ e tem como objetivo utilizar a investigação científica dentro de um episódio histórico, promovendo o Ensino de Ciências e a popularização da ciência servindo também de motivação para a preservação das tradições culturais e históricas do local.  Desta forma esta pesquisa visa resgatar a tradição e cultura popular, com o espaço quilombola no âmbito das plantas medicinais utilizadas pelos remanescentes quilombolas e com a implantação de um jardim sensorial utilizando como área de estudo a Escola Agrícola Municipal Nilo Batista, Cabo Frio-RJ.  Em termos metodológicos, a pesquisa é exploratória com uma abordagem qualitativa, onde os alunos-sujeitos atuam naturalmente no contexto, numa perspectiva de entendimento da ciência na investigação científica dentro de um episódio histórico. Ademais as investigações despertam a motivação necessária para a pesquisa e a valorização da cultura popular com a promoção do resgate da tradição dos remanescentes quilombolas.

 

Palavras-chave: Charles Darwin; remanescentes quilombolas; plantas medicinais.

 

 

“OS CAMINHOS DE DARWIN: um estudo sobre a evolução das Meliponas.”

Julia Lino Cordeiro1 ,Krystina Célia da Silva Correia1 – 1Escola Agrícola Municipal Nilo Batista – Campos Novos, Cabo Frio-RJ

 A criação racional de abelhas constitui-se de uma atividade em que se consegue obter bons resultados econômicos, ecológicos e sociais. A meliponicultura, por sua vez, é a criação das abelhas sem-ferrão. A Atividade recebeu esse nome porque essas abelhas pertencem à tribo Meliponini e, por isso, são chamadas de “meliponíneos” ou “abelhas-indígenas” por se tratarem de abelhas nativas, isto é, que ocorrem naturalmente e não foram introduzidas ao homem. A evolução dos Meliponíneos é estudada sob o ponto de vista da biologia e genética das Meliponas, estabelecendo-se o tipo de meliponíneo primitivo. Desta forma, entende-se que a complexidade genética está por trás da estrutura social das abelhas. Neste contexto, ressalta-se a importância da meliponicultura e da genômica de abelhas e de outros insetos sociais no Brasil, com uma das maiores biodiversidades nesse grupo de insetos tão importantes para a estabilidade dos ecossistemas e a agricultura. Esta pesquisa é voltada para uma aluna de ensino médio, discente da Escola Agrícola Municipal Nilo Batista- Cabo Frio/RJ, do Curso Técnico em Agropecuária onde visa valorizar o pensamento científico tanto do naturalista Charles Darwin como os gerados a partir de sua teoria da evolução pela seleção natural. A área de estudo é a unidade escolar da aluna sujeito com a implantação da meliponicultura didática e aquisição de uma caixa racional com uma colmeia de abelha nativa para observação. Neste contexto, a pesquisa tem como objetivo geral pesquisar sobre a contribuição de Charles Darwin para o estudo da evolução das melíponas. Esta pesquisa é caracterizada por um estudo quali-quantitativo, com revisão bibliográfica e levantamento de dados. Este trabalho despertou para a aluna sujeito, a motivação necessária para a pesquisa e valorização da História da Ciência e em especial, promoveu o interesse pelas melíponas, a teoria da evolução e a sua relação com a evolução das melíponas.

Palavras-chave: evolução; Charles Darwin; melíponas; meliponicultura

 

“Caminhos de Darwin na Fazenda Campos Novos: sistema de irrigação de baixo custo para os agricultores do trecho final do Rio Una”

 

 Kaylane Rosa da Silva;  Marcus Felipe Emerick Soares Cambra

 

1Escola Agrícola Municipal Nilo Batista

2Instituto de Geociências/Departamento de Geologia/UFRJ

O presente trabalho visa propor um sistema de irrigação de baixo custo para os agricultores do trecho final do Rio Una, localizado no entorno da Fazenda Campos Novos, no 2º distrito de Cabo Frio/RJ. Local onde Charles Robert Darwin (1809-1882) pernoitou durante sua viagem ao redor do mundo a bordo do navio H.M.S. Beagle, partindo da Inglaterra em 27 de dezembro de 1831, esteve no Brasil em 1832 chegando no Rio de Janeiro no dia 04 de abril, permanecendo no interior do Estado do Rio de Janeiro entre os dias 8 e 24 de abril. Além de buscar o entendimento sobre a passagem do naturalista inglês pela Região dos Lagos a pesquisa buscou fazer uma análise socioeconômica-ambiental da área e incentivar o conhecimento sobre a economia e sustentabilidade que a irrigação promove. Para tanto, foram realizadas pesquisas bibliográficas, análise das condições da água, visitas técnicas e entrevista com agricultores locais.

Palavras-chave: Sistema de Irrigação de Baixo Custo; Pequenos Agricultores; Charles Darwin

 

“CABO FRIO NO SÉCULO XIX: A CONSTRUÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO”

 

Maria Laura Rodrigues de Freitas1, Mariana Fleury Hudson Oliveira1, Luiz Guilherme Scaldaferri Moreira2

1 Colégio Municipal Rui Barbosa

2 Secretaria Municipal de Educação de Cabo Frio/RJ

 

  A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Básico e Médio foi homologada pelo MEC em 20/12/2017 e 14/12/2018, respectivamente. Normatiza o ensino básico, propondo tornar a educação um direito e, entre outras coisas, valorizar “os princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”. Para os currículos de ensino determina a divisão em duas partes. A “Base Comum” (60%), compartilhada nacionalmente; e a “Parte Diversificada” (40%), definida pelas próprias unidades escolares. Esta última é fundamental pois vivemos em um país com uma imensa diversidade cultural e contextos. Igualmente, se reconhece no documento que é vital levar em consideração aspectos locais que garantam que o discente se interesse pela educação e permaneça na escola. O que contribuirá para respeitar e atender as suas singularidades. Para além disso, o currículo municipal nos diversos níveis de ensino também orienta para que os discentes trabalhem a história de Cabo Frio. Nesse sentido, visando fazer com que os discentes envolvidos no projeto conheçam não apenas a história de Cabo Frio, mas sejam apresentados a metodologia científica, a curiosidade, a coleta, análise e interpretação de dados científicos, a pesquisa tem por objetivo aproveitar a passagem do naturalista inglês Charles Darwin pela fazenda de Campos Novos em 1832 para a produção de um jogo didático que será distribuído a todas as unidades escolares que compõem a rede de ensino municipal (cerca de 90 unidades). O jogo tem como objetivo mostrar aos alunos como era a cidade na 1ª metade do século XIX. Seu tabuleiro constará de um mapa de 1857 que mostra o então centro da cidade. Ao longo do jogo o aluno terá contato com características históricas, geográficas, biológicas, naturais, cultura popular – “causos” e folclore – da cidade. As informações serão retiradas de documentos coevos, livros publicados pelo professor orientador entre outros autores, depoimentos de viajantes/naturalistas que visitaram e descreveram a cidade - Maximiliano von Wied-Neuwied (1815-17), Auguste de Saint-Hilaire (1816-22) e Charles Darwin (1832).

 

Palavras-chave: História de Cabo Frio; Caminhos de Darwin; História

 

“A Geodiversidade na Interpretação Ambiental

 

 Maria Eduarda Neves Teixeira1, Letícia da Conceição da Silva1, Marcus Felipe Emerick Soares Cambra2

1Escola Municipal Agrícola Nilo Batista.

2Faculdade de Geologia da UERJ.

 

  Ao caminhar ou pedalar pelas trilhas ou simplesmente “fazer trilhas”, a percepção sobre a diversidade do ambiente se dá pelo próprio movimento do trilheiro. Ao longo das trilhas se observa e contempla os elementos bióticos (biodiversidade) e abióticos (geodiversidade) da natureza que compõem as paisagens mais preservadas das Unidades de Conservação, bem como as transformações antrópicas promovidas direta ou indiretamente na sua área ou no seu entorno. A fragmentação do bioma Mata Atlântica é resultante do processo histórico de ocupação do litoral brasileiro, que durante a fase colonial teve o protagonismo das trilhas indígenas. Muitas destas se tornaram estradas para os fluxos de pessoas, mercadorias, bens minerais (sal, ouro, diamantes) e agrários (cana-de-açúcar e café). O bioma Mata Atlântica tem uma expressiva geodiversidade, que além de apresentar um relevante valor estético, também permite ressaltar outros valores e usos, tais como: geocientífico, geoturístico e geoeducativo. A geoeducação se constitui um tipo de uso que pode ser realizado por professores ligados às Geociências, apresentando aos alunos questões referentes às pesquisas científicas realizadas sobre a geodiversidade local. O presente trabalho propõe um estudo sobre os aspectos da geodiversidade em trechos da trilha de longo curso TransCaboFrio, que faz parte do Corredor Litorâneo da Rede Trilhas do Brasil. A trilha TransCaboFrio percorre em sua grande parte as praias do município de Cabo Frio com áreas preservadas de restinga, dunas, lagoas e costão rochoso, além de passar por importantes monumentos culturais tombados pelo IPHAN como o Forte São Matheus (estilizado na pegada da logomarca) e a Fazenda Campos Novos. A trilha é planejada para ser desenvolvida em 7 (sete) trechos, tendo o seu trecho 6 (seis) de 20 km denominado de Fazenda Campos Novos. A partir do estudo os alunos devem elaborar uma proposta de roteiro de pontos de interesse da geodiversidade para o trecho escolhido dos 20 km da Fazenda Campos Novos, de modo que contribua para o desenvolvimento das atividades de geoeducação na região. Este estudo também vem contribuir para o desenvolvimento de atividades de ensino no município de Cabo Frio. Como também se insere nas atividades do projeto de extensão da Faculdade de Geologia da UERJ: “Projeto Caminhos Geológicos - divulgação e preservação do patrimônio geológico do Estado do Rio de Janeiro – a participação da UERJ”.

 

Palavras-chave: Trilhas, Geodiversidade, Interpretação Ambiental, Geoeducação.

 

 

 

 

Roteiros de Trabalho de Campo Escolar em

Cabo Frio: propostas de Educação no Geoparque Costões e Lagunas.”

 

 Gilson Daniel Scanzi Oroski1, Pedro Henrique de Souza1, Marcus Felipe Emerick Soares Cambra2

1Escola Municipal Agrícola Nilo Batista, Cabo Frio (RJ).

2Faculdade de Geologia da UERJ.

 

  O presente projeto de pesquisa busca conhecer, divulgar, valorizar e conservar alguns sítios de geodiversidade que se expressam nas belezas naturais do município de Cabo Frio, onde o aluno-sujeito reside e vive. Ao entender que a geodiversidade é o equivalente abiótico da biodiversidade nas paisagens naturais, os elementos sem vida que dão a base para a diversidade de vida na superfície terrestre. De modo que o aluno através da compreensão geocientífica dos sítios possa elaborar propostas de divulgação através de atividades educacionais no município, tais como os roteiros de trabalho de campo escolar. Cabo Frio, juntamente com outros 15 municípios litorâneos, integra a proposta de implementação do Geoparque Costões e Lagunas no estado do RJ, desde Maricá até São Francisco de Itabapoana no norte fluminense. Município da Escola Agrícola Nilo Batista que possui uma riqueza de áreas de interesse científico, didático-pedagógico, turístico, histórico, pré-histórico e ecológico, onde o famoso cientista Charles Darwin registrou sua passagem em 1832 e estão presentes os remanescentes quilombolas com suas tradições culturais e históricas. Neste sentido busca-se elaborar roteiros de trabalho de campo escolar compostos pelos principais sítios de geodiversidade, que possuem, especialmente, um elevado valor didático-pedagógico para o aprendizado dos conteúdos programáticos das disciplinas que contemplam os conhecimentos geocientíficos, tais como: Geografia, Biologia, História, Ciências e outras afins. O presente trabalho visa desenvolver o conhecimento do aluno-sujeito sobre estas áreas especiais da geodiversidade de Cabo Frio e a importância da sua divulgação e conservação através da geoeducação, visando contribuir para a proposta do desenvolvimento de atividades educativas no Projeto Geoparque Costões e Lagunas. Como também se insere nas atividades do projeto de extensão da Faculdade de Geologia da UERJ: “Projeto Caminhos Geológicos - divulgação e preservação do patrimônio geológico do Estado do Rio de Janeiro – a participação da UERJ”.

Palavras-chave: Sítios de Geodiversidade, Geoeducação, Geoparque.

 

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS

“a importância da mediação em conflitos escolares”

 

 Esther de Mello Carvalho1; Klever Paulo Leal Filpo2

1CIEP 472 Candido Portinari

2Universidade Católica de Petrópolis

 

No Brasil vemos um histórico de casos de violência escolar ocorrendo em todos os estados do país. Várias hipóteses vêm sendo construídas na tentativa de entender esse fenômeno. Uma delas aponta no sentido de que a desigualdade social proporciona aos menos favorecidos um acesso maior a violência desde a primeira infância. Em alguns casos, crianças têm contato direto com o tráfico de drogas e outras práticas ilícitas, presenciando agressões como forma de punição. Ademais, dentro dos próprios lares estas crianças podem conviver com a violência doméstica, e isso pode ocorrer em qualquer lugar, independente de serem famílias ricas ou pobres. Estes, dentre outros fatores, contribuem diretamente para a formação de jovens que não conseguem lidar tão bem com os conflitos, o que pode gerar situações de violência. Por menor que seja a provocação, respondem com um nível de fúria intensa, partindo para agressões verbais e até físicas. Isso às vezes faz com que esses conflitos ingressem no sistema de justiça que inclui a Delegacia, o Poder Judiciário, o Conselho Tutelar, e outros. É um problema sério que desperta a atenção de vários profissionais da educação, da psicologia, do direito, dentre outras áreas. Com estas conclusões, se dá a importância da mediação de conflitos escolares, trazendo aos estudantes (crianças ou jovens) um novo modo de resolver suas diferenças. Na mediação a comunicação entre as partes, com a ajuda de um mediador capacitado, pode levar a soluções criativas e amigáveis para um conflito. A partir dessa análise, foi criado em Petrópolis o Programa Petrópolis da Paz, que utiliza a mediação para resolver conflitos e para educar os jovens estudantes de escolas municipais da cidade para lidarem melhor com as diferenças. É o funcionamento desse Programa que tem nos interessados na pesquisa atualmente. Essa pesquisa vem sendo feita no “Grupo Interdisciplinar de Pesquisa Empírica sobre Administração de Conflitos” (GIPAC) que está vinculado institucionalmente ao Programa de Mestrado em Direito da Universidade Católica de Petrópolis, sendo desenvolvida por mim e meus colegas que fomos contemplados com bolsas de Jovens Talentos da FAPERJ.  Esse grupo, de forma geral, quer investigar as diferentes formas como os conflitos de interesse são administrados. Não apenas a jurisdição do Estado (Poder Judiciário), mas também os mecanismos extrajudiciais acionados para esse fim, especialmente a mediação. O grupo está particularmente interessado em observar e descrever as práticas judiciárias e dos órgãos correlatos com o objetivo de explicitar as dificuldades encontradas pelos cidadãos na realização de seus direitos.

 

Palavras-chave: conflitos escolares; mediação

 

UFRJ

“A Influência das relações étnico-raciais: percepções de estudantes pretas do CEFET Maria da Graça”

 

Mariana Silva de Souza 1; Ana Lucia Nunes de Souza

 

1Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

2Instituto Nutes de Educacao em Ciências e Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro

 

 

A Lei nº10.639/03 torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio do país. Percebemos como a temática racial pode influenciar na vida da comunidade escolar e na estrutura das escolas. Sendo assim, há a necessidade de refletir sobre a aplicação desta Lei e analisar de que maneira ela influencia na vida dos/das estudantes; se esta Lei está sendo cumprida corretamente e qual o seu efeito dentro dos ambientes escolares. Também se faz necessário abordar a baixa representatividade e proporcionalidade de professores/as negros/as dentro das instituições de ensino, pois imaginamos que isso afeta a vida dos alunos em geral, em especial de estudantes negros/as. Para analisar todas estas questões, entrevistamos estudantes negras do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ) - campus Maria da Graça. Foram escolhidas cinco (5) estudantes que se autodeclaram pretas, por conveniência, todas participantes do Projeto de Extensão "Mulheres negras fazendo ciência". Assim, neste trabalho, analisamos as percepções de estudantes sobre a forma como as relações étnico-raciais na educação interferem na experiência acadêmica e pessoal, enquanto pessoa preta; e, também, como a educação/o saber de sua história serve como um meio de construção de autoestima e de resistência e (re)existência. Além disso, abordamos o papel do educador dentro das instituições, uma vez que ensinar não se resume apenas à transferência de

conhecimento, mas ao incentivo, criando possibilidades para sua construção e produção (FREIRE, 2003). Neste contexto, necessita-se resistir ao modelo social imposto pela classe dominante para que assim se alcance uma educação emancipatória e que haja perspectiva de (re)existir.

 

  Palavras-chave: Lei 10.639/03; percepções; (re)existência

UFRRJ NOVA IGUAÇU

 

O PROGRAMA JOVENS TALENTOS E O PARADIGMA DA APRENDIZAGEM NA BAIXADA FLUMINENSE:

 REFLEXÕES, ANÁLISES E PRODUTOS EDUCATIVOS ACERCA DAS ESPECIFICIDADES DOS FONOESTILO DISCURSO POLÍTICO, SERMÃO RELIGIOSO, NOTÍCIA JORNALÍSTICA E ENTREVISTA

 

 

Myllena Pereira de Oliveira; Laisa Marcelly da Silva; Maristela da Silva Pinto

 

Os gêneros orais exercem um papel importantíssimo nas práticas sociais e de persuasão, conforme nos aponta Dolz et al (2004). Para a autora, além de se considerar os elementos linguísticos proferidos no discurso do interlocutor, não se pode deixar de atentar-se para os meios para-linguísticos, os meios cinésicos, a posição dos locutores, os aspectos exteriores e a disposição dos lugares, visto que a intencionalidade do discurso se encontra não só no verbal, mas também nos aspectos não-linguísticos, como olhar, riso, expressão corporal, tom de voz...  Para se reconhecer as reais intenções e manobras discursivas do enunciador, devemos analisar todos esses aspectos.  A fim de analisar quatro gêneros orais específicos – discurso político, sermão religioso, notícia jornalística e entrevista -, lançamos mão (i) da autonomia das bolsistas, pois cada aprendiz buscava e selecionava o texto a ser analisado, (ii) da construção de “roteiros subjetivos” (Pacheco, 2019), pois cada qual indicava o que já sabia sobre o assunto, o gostaria de aprender, o que aprendeu, onde buscou maiores informações  e como poderia compartilhar, (iii) da verificação de cada especificidade dos gêneros analisados, as quais eram “transcritas” em mapas mentais, (iv) da construção de um dispositivo de prática midiático para partilhar o conhecimento construído.  Desse modo, esperamos estar despertando em nossos jovens aprendizes o ímpeto investigativo, tomando por base o paradigma da aprendizagem (Pacheco, 2019).  Ao longo do projeto “Os gêneros orais e sua intencionalidade discursiva: a implantação do paradigma da aprendizagem junto a estudantes de Espanhol como LE na Baixada Fluminense”, sob a orientação da professora de Língua Espanhola do Departamento de Letras/IM/UFRRJ, Maristela Pinto, nos debruçamos na análise desses quatro fonoestilos – discurso político, sermão religioso, notícia jornalística e entrevista –, a fim de que nossos aprendizes sejam capazes, em sua vida cotidiana, de discernir “quem diz, porque diz, para que diz, como diz, por meio de qual veículo diz, com que intenção o faz e em que contexto realiza seu discurso”, para que se tornem cidadãos conscientes e menos facilmente ludibriados pelas manobras discursivas. Neste trabalho apresentaremos (i) resultados preliminares referentes ao nosso processo de construção do conhecimento dentro do paradigma da aprendizagem, (ii) uma tabela resumitiva comparando as especificidades de cada um dos fonoestilos analisados e, por fim, (iii) produtos midiáticos construídos pelas aprendizes evidenciando essas especificidades. Como exemplos desses produtos, selecionamos: (a) um podcast, sobre os gêneros orais (Marcuschi, 2008; De Andrade, 2010); (b) uma animação, na qual se define cada fonoestilo, a partir dos elementos linguísticos, das atitudes corporais, das roupas, da respiração, dos risos, das pausas silenciosas, das pausas preenchidas, da velocidade de fala, da qualidade e do tom de voz e do foco; (c) um vídeo no estilo “tik tok”, no qual estarão imitando um político, um religioso, um jornalista e um entrevistado, evidenciando as especificidades de cada fonoestilo.  Como conclusão do trabalho realizado ao longo do projeto, destacamos a eficácia do paradigma da aprendizagem junto a aprendizes da Educação Básica, uma vez que se mostraram autônomas na construção de seu conhecimento, souberam manusear as práticas investigativas e partilhar coletivamente o conhecimento construído, a partir de produtos educacionais atuais e midiáticos, com um nível de excelência admirável e desejável. No que concerne aos fonoestilos analisados, as aprendizes identificaram grande disparidade entre eles, como se pode ver nos resultados apontados. No que se refere (i) às atitudes corporais, o fonoestilo notícia jornalista apresenta menos movimentos que os demais, além de uma velocidade de fala mais rápida, (ii) já os risos e roupas se mostraram mais frequentes e informais nas entrevistas, (iii) as pausas silenciadas ou preenchidas foram mais frequentes no discurso político e o tom de voz o mais alto nesse fonoestilo também, (iv) já no que se refere à velocidade de fala, se mostrou mais lenta e envolvente nos sermões religiosos, além desse fonoestilo também apresentar elementos linguísticos muito característicos, tais como fé, pecado, perdão..., fosse o tipo de religião que fosse. Esperamos que, ao fim deste projeto, as aprendizes usem esse conhecimento de forma prudente e responsável (Educação Humanista, Aloni, 2011; Alves, 2011; Pacheco, 2008), tanto quando receptor quando emissor de um discurso, e que como aprendizes,  usem e partilhem o tão eficaz e promissor paradigma da aprendizagem em suas salas de aula ou qualquer outro espaço de aprendizagem.

 

 

Propaganda de loteamentos em um jornal da Periferia

 

João Victor Dias da Silva1, Kaio Freitas de Azevedo2, Lucia Helena Pereira da Silva3

1Colegio Estadual Arruda Negreiros

2 Colégio Estadual Maria Justiniano Fernandes

3 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, campus Nova Iguaçu

 

Através do semanário Correio da Lavoura, jornal de Nova Iguaçu fundado em 1917, está sendo levantado os anúncios de compra e venda dos lotes, isto é, a propaganda e os tramites legais adjacentes, tais como os editais imobiliários dos cartórios da primeira e segunda circunscrição do município. São anunciados no periódico lotes e loteamentos nos distritos de Queimados e Belford Roxo principalmente. Foram por meio destes anúncios que chegaram milhares de pessoas ao grande município, dando forma a “febre dos loteamentos” que transformou uma região rural em urbana periférica. A pesquisa está privilegiando as décadas de 1960 e 1970, momento em que Nova Iguaçu viveu o auge dos loteamentos. Os desmembramentos e fracionamentos da terra em lotes garantiram a consolidação do município como cidade dormitório, cujas caraterísticas podem ser vistas ainda hoje na ausência de saneamento, rede de água, outros equipamentos e serviços urbanos. Acompanhar as edições dos jornais permitem entender o processo de venda dos lotes através dos anúncios, das desistências por meio dos editais e da recuperação dos lotes por parte dos loteadores. Os terrenos podem ser vistos como parte de um grande negócio, mas também como sustentáculos de um modo de vida, que seria constituído pela população que os adquiria. Assim emergiu a Baixada Fluminense enquanto periferia. Grande parte da pesquisa foi realizada de forma remota em função da pandemia de COVID 19

 

Palavras-chave: Baixada Fluminense; Loteamentos; Imprensa; Periferia

 

O TEXTO LITERÁRIO HISPÂNICO E O PARADIGMA DA APRENDIZAGEM: REFLEXÕES, AÇÕES E FORMAÇÃO HUMANA

 

Ana Carolina da Silva Ferreira;  Mellany da Silva Moraes Nunes; Debora Ribeiro Lopes Zoletti

[1] Colégio Estadual Dom Adriano Hipólito – Nova Iguaçu

[1] Colégio Estadual Califórnia – Nova Iguaçu

[1] Departamento de Letras/IM/UFRRJ – Campus Nova Iguaçu

 

Todo texto literário, devido a seu caráter plurissignificativo, traz consigo aquilo que Antonio Cândido (1995) definiu como sua principal potencialidade: a “função humanizadora”, isto é, considerar a literatura como uma fonte motivadora para nossa formação, já que ele reverbera histórias e sensações que levam seus leitores a associá-las com a sua vida social. Assim, o jovem estudante, ao se debruçar em sua análise, partindo de uma metodologia científica conduzida pela criação de “roteiros subjetivos” (Pacheco, 2019), além de potencializar sua formação humana, efetiva ainda sua prática de investigação científica dialogando, portanto, com o “paradigma da aprendizagem” (Pacheco, 2019). Este paradigma educacional, em oposição ao tradicional e ineficaz paradigma da instrução, preconiza que todo conhecimento construído deve partir de levantamento de questões subjetivas, passando pelo caminho da investigação/pesquisa, até chegar à etapa de partilha e de divulgação daquilo que foi aprendido, isto é, os resultados de seu trabalho investigativo. Ao longo do projeto “Implementando o paradigma da aprendizagem na Baixada Fluminense: reflexões, ações e formação humana a partir de obras literárias hispânicas”, sob a orientação da professora de Cultura e Literaturas Hispânicas do Departamento de Letras/IM/UFRRJ Debora Zoletti, nos debruçamos na análise de quatro gêneros literários do universo hispânico: poema, conto, fábula, micro-relato a fim de descobrirmos, através da prática de elaboração de roteiros subjetivos, seus plurissignificados e, posteriormente, diante do conhecimento construído, pensar e agir com prudência e responsabilidade em nosso entorno social, compartilhando nossas descobertas através da criação de diferentes produtos, tais como mapas mentais, tabelas-resumo, podcasts e animações. Neste trabalho apresentaremos resultados preliminares referente ao nosso processo de construção do conhecimento dentro do paradigma da aprendizagem partindo de dois dentre os quatro gêneros analisados: o poema “El viento en la isla” (de Pablo Neruda, Chile, 1904) e o micro-relato “Palabras Parcas” (de Luiza Valenzuela, Buenos Aires, 1938). Como resultados preliminares do trabalho de investigação diante desses gêneros, indicamos que, apesar de ambos se classificarem como textos literários e, portanto, mediados pelos recursos da linguagem literária, cada qual conta com determinadas características formais e estilísticas próprias. Enquanto o poema está escrito em versos e estrofes o micro-relato possui uma escrita em prosa e mais direta, porém, ambos detêm um rigor e uma intensidade narrativa compatíveis com a necessidade que alguns textos têm de comunicar dentro de um espaço narrativo curto. Além disso, descobriram também que, apesar de seu caráter de brevidade, ambos textos se utilizaram de seus recursos estilísticos para comunicar importantes reflexões que reverberam a todo momento em nossa sociedade moderna: i) sobre a intensidade do elemento vento que, como símbolo de mudança de rumo, não foi capaz de minimizar a força de um amor e ii) sobre o quão pode ser trágico confiar ingenuamente nas pessoas.      

Como conclusão do trabalho realizado ao longo do projeto, destacamos a qualidade de nosso aprendizado e a nossa satisfação quando nos vimos, naturalmente, inseridas e envolvidas no paradigma da aprendizagem. Aprendemos a desenvolver nossa autonomia diante do trabalho de pesquisa e tomamos consciência da importância de se partilhar aquilo que descobrimos. Além disso, conseguimos ampliar o conhecimento teórico e prático acerca do universo literário hispânico ao entendê-lo como fonte potencializadora da formação humana e propulsora de reflexões e ações geridas por uma atuação prudente, responsável e ética na sociedade na qual vivemos.

 

 

UFF INEAC

 

Crescendo e Aparecendo: programa de comunicação e divulgação das atividades do Laboratório Escolar de Pesquisa e Iniciação Científica

 

Cassiano Freitas¹, Giovana Knoller¹, Karen Camargo¹, Manuela Verissimo¹, Marcos Verissimo².

1Colégio Estadual Walter Orlandini

2Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC); SEEDUC-RJ.

 

O presente projeto,  ainda em execução, objetiva a produção e gestão sistemática de canais de expressão e divulgação dos resultados de pesquisas escolares protagonizadas por pesquisadores iniciantes matriculados na Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro já iniciados na prática de pesquisa por meio do Laboratório Escolar de Pesquisa e Iniciação Científica (LEPIC). O LEPIC integra estudantes de várias escolas no estado do Rio de Janeiro. Desde 2019 integra o Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, tem caráter multidisciplinar, e se vincula ao Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC), da Universidade Federal Fluminense (UFF), coordenado pelo antropólogo Roberto Kant de Lima. A ideia do presente trabalho é, portanto, focar em ações e estratégias de letramento midiático e divulgação dos resultados dos trabalhos dos pesquisadores iniciantes, tanto no âmbito acadêmico quanto nas chamadas redes sociais. Os quatro pesquisadores iniciantes vinculados a este projeto possuem experiência em realização de episódios em podcast, e para isso receberam preparo qualificado, participando de oficinas promovidas por estudantes e professores do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF. Ao longo de 2021 e 2022 promoveram lives no Instagram para comunicar os resultados de suas pesquisas e contribuir para a difusão do conhecimento produzido em centros de pesquisa.

 

Palavras-chave: Divulgação científica; Socialização Universitária; Letramento midiático; Protagonismo juvenil.

 

 

 

 

Aprendendo com os conflitos escolares e sua administração: um estudo sobre os significados da noção de Segurança Pública na Região Metropolitana do Rio de Janeiro

 

Alana Kamily Souza Soares¹, Raissa Antonio da Silva¹, Victoria Pestana¹, Vitória Fantini Medeiros da Silva, Frederico Policarpo².

1Colégio Estadual Walter Orlandini

2Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC); Departamento de Segurança Pública (UFF).

 

Esta é a proposta de um estudo sobre os sentidos e significados da noção de Segurança Pública em uma escola da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro. O projeto foi elaborado por pesquisadores do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC) em articulação com o Laboratório Escolar de Pesquisa e Iniciação Científica (LEPIC), sediado no Colégio Estadual Walter Orlandini, na cidade de São Gonçalo. A perspectiva é a das ciências sociais, notadamente a antropologia. Este projeto visou ampliar o alcance do trabalho já realizado no LEPIC, por meio de reuniões de pesquisa, palestras, seminários, oficinas e grupos focais, que subsidiarão a produção de uma cartilha virtual com características informativas e preventivas sobre a questão do acesso à Segurança Pública, tida aí como um direito social e civico. Na qualidade de bolsistas vinculados a este projeto, as pesquisadoras iniciantes contribuiram para a organização de atividades acadêmicas e nas redes sociais onde se buscará tematizar a noção de Segurança Pública junto à comunidade escolar (entendendo-se aí esta comunidade como sendo composta de estudantes, todos os profissionais da educação ali empregados, e as famílias dos estudantes).

 

Palavras-chave: Pesquisa Escolar, Escola Pública, Conflito, Segurança Pública

 

 

DESENVOLVIMENTOS DE CÓDIGOS-FONTE PARA CRIPTOGRAFIA BASEADA EM REVISÃO SISTEMÁTICA NO VIÉS DO ENSINO BÁSICO

 

Rubem Ignacio Corrêa Neto (Aluno)

Anderson Alves de Albuquerque (Orientador)

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – Campus Arraial do Cabo

 

A criptografia tem como papel principal garantir a confidencialidade de uma mensagem enviada ao destinatário. Na história, o uso da codificação de mensagens tem um de seus marcos históricos em 50 a.C., quando o imperador Júlio César desenvolveu um método de comunicação, o qual utilizava de substituições de letras. Essa técnica para proteger a informação também estava presente na Segunda Guerra Mundial, onde os alemães utilizaram a máquina eletromecânica “ENIGMA” que permitia a encriptação de mensagens com milhões de substituições, impossibilitando que as mensagens fossem captadas na guerra pelos aliados. Contudo, o avanço das técnicas de criptografia não se estagnou, continuou evoluindo conforme as novas ferramentas tecnológicas vinham sendo criadas. Este projeto envolve o assunto da criptografia, que além da sua importância histórica é fascinante para muitas pessoas acadêmicas ou não. O objetivo do presente trabalho é facilitar a relação de ensino-aprendizado da criptografia por meio do desenvolvimento de programas, que em alguns casos envolvem diversas criptografias históricas. O projeto permitirá atender diversas visões nessa relação de ensino, como, por exemplo: o aluno poderá ver o funcionamento dos algoritmos criptográficos com os programas criados nesse projeto e analisar os códigos-fonte da programação para implementação dos algoritmos criptográficos. Assim, será possível analisar a lógica por trás da geração das mensagens cifradas com as diversas linguagens de programação utilizadas. Por fim, será possível acessar o projeto em um site com categorizações, tais como: cifras de substituição, cifras de transposição, criptografia simétrica, criptografia assimétrica e hash. Diante disso, outros conhecimentos podem ser visitados, dentre eles: programação, lógica, noções da matemática elementar (funções, matrizes e a teoria dos números). Portanto, este projeto não fica restrito apenas à segurança computacional ou à criptografia. Ademais, os programas obtidos no projeto servem também para auxiliar os professores nas aulas, pois servem como ferramentas para criar aulas práticas e demonstrações em suas apresentações.

 

Palavras-chave: segurança; criptografia; aprendizagem