PROGRAMA JOVENS TALENTOS PARA A CIÊNCIA
JORNADA CIENTÍFICA JOVENS TALENTOS ETAPA 4
REGIÕES: METROPOLITANA – LAGOS E SERRANA
07/12/2022 PLANETÁRIO DA GÁVEA
PARTICIPANTES :
RESUMOS
CEFET
“UM RIO DE ESPORTES:
CIDADE, HISTÓRIA E MEMÓRIA”
Luiza Castro Barroso1 e André Alexandre
Guimarães Couto (Professor Orientador)2
1Cefet/RJ Campus Maracanã (escola do aluno)
2 Cefet/RJ Campus Maracanã (Instituição de
estágio)
A proposta do projeto foi pesquisar alguns dos
principais espaços esportivos na cidade do Rio de Janeiro e que desapareceram
ao longo do século XX. Desta forma, a pesquisa transitou pelos conceitos e
discussões sobre memória e de reorganização urbana. A cidade do Rio de Janeiro
passou por uma série de mudanças geográficas e urbanas ao longo dos séculos XIX
e XX. Várias partes do município sofreram transformações por conta de uma
diversidade de fatores e causas como, por exemplo, o aumento da população, o
avanço de áreas industriais sobre as rurais, a re(significação) de determinados
espaços populares e de lazer, as decisões políticas e econômicas em torno da
funcionalidade da cidade, dentre outras possibilidades. Portanto, muitos
espaços esportivos e de lazer da cidade desapareceram em face da re(orientação)
de instâncias políticas, econômicas e sociais no Rio de Janeiro. Desta forma, o
presente projeto visa pesquisar alguns destes principais espaços esportivos e
arenas espalhados por todos os cantos da cidade carioca, desde a Zona Oeste,
passando pela Zona Norte, o Centro e a Zona Sul. Na primeira etapa do projeto
realizou-se uma pesquisa sobre estes locais, suas relações com a comunidade
local e municipal ao longo da História e as principais causas de seus
respectivos desaparecimentos. Para tanto, foram selecionados espaços
representativos de quase todas as regiões da cidade do Rio de Janeiro, a saber:
1) o Hipódromo de Santa Cruz; 2) Estádio Wolney Braune (também conhecido
popularmente como Estádio do Andaraí); 3) Pavilhão de Regatas (da Enseada de
Botafogo); 4) Arena dos Touros (Laranjeiras); 5) Sede do Clube de Natação e
Regatas da Praia da Lapa e 6) Derby Club (Maracanã) e 7) Jockey Clube da
Abolição. Com isso, tratamos de várias modalidades esportivas e de lazer como o
hipismo, futebol, remo, natação e tourada.
Posteriormente, em um segundo momento, utilizamos
recursos tecnológicos para recriar em programas AUTOCAD as maquetes digitais em
3D destas estruturas esportivas com o objetivo de recuperar a memória em torno
destes espaços e, por consequência, da própria cidade.
Palavras-chave: Arenas Esportivas; História do
Esporte e do Lazer; Maquetes Digitais.
“ESTUDO ETNOBOTÂNICO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
DE NOVA IGUAÇU – CONHECENDO O USO DE PLANTAS E SUAS ASSOCIAÇÕES COM O CUIDADO”
Larissa da Silva Fagundes1, Esther
Ribeiro de Santana Silva1, Cristiane Rosa Magalhães1,
Fernanda Zerbinato Bispo Velasco1, Júlio Cesar Santos da Silva1
1Centro Federal de Educação
Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – Nova Iguaçu
Durante o processo de industrialização
as pesquisas no ramo da farmacologia, foram responsáveis por isolar várias
substâncias químicas empregadas como princípio ativo de medicamentos, ocupando
o lugar do uso das ervas como opção terapêutica. O uso dos fármacos gerava mais
lucro às empresas, além disso, se apresentavam como mais práticos para os
profissionais e a população, servindo bem ao modo de vida urbano. Desta forma
os saberes sobre a utilização das plantas medicinais foi gradativamente se
perdendo. Com o avanço da industrialização e da urbanização, o hábito de
cultivo de alimentos também foi enfraquecido. Mesmo com isso, algumas pessoas
seguiram com o costume de utilizar plantas medicinais para tratamento de
diversos males, por conta de não possuírem acesso aos hospitais, profissionais
de saúde e sobretudo de produtos farmacêuticos. Assim, a fitoterapia se faz
presente, buscando estudar sobre o uso terapêutico destes vegetais no organismo
humano. A partir disso, este projeto foi feito para recolher o conhecimento
popular da unidade básica de saúde (UBS), e então orientá-las com base na fitoterapia
sobre o uso saudável e adequado das plantas. A proposta principal seria fazer um
questionário para apurar melhor como as pessoas pensam em relação às plantas
medicinais e o seu no uso do dia a dia. Para isso, tomamos a ação inicial de fazer
visitas à UBS, como uma atividade de reconhecimento do território para assim
entendermos melhor nosso público-alvo e direcionar melhor as perguntas. Em
interação com o grupo de outro projeto, percebemos que as gestantes faziam o
uso do capim limão para aliviar alguns sintomas da gravidez, e com isso
iniciamos uma pesquisa sobre os efeitos deste chá. Além disso, fizemos uma
varredura para identificação de espécies medicinais presentes no CEFET, e
planejamos canteiros para o manejo destas. Como atividade complementar, fomos a
um evento de troca de mudas. Como resultado
das atividades foi obtido: no capim limão- uma contraindicação devido a um
possível malefício causado pela ingestão deste chá, por conta do mirceno que
pode causar o relaxamento do útero; levantamento- 6 espécies medicinais
encontradas; no evento que fomos- conhecimento sobre novas plantas e suas
propriedades medicinais, e como as pessoas usam no dia a dia com base no
conhecimento popular. Conclui-se que, com o
evento de troca de mudas e com as visitas, o uso das plantas realmente ainda
está presente na vida das pessoas, principalmente da população mais idosa.
Palavras-chave: fitoterapia; plantas medicinais;
pesquisa.
VAMOS FALAR DE
CIÊNCIA?”: DESENVOLVIMENTO DE PLATAFORMA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA FEITA POR E
PARA ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Alana Souza Andrade de Lima1,
Guilherme Inocêncio Matos1
1Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow
da Fonseca (CEFET/RJ)
A Divulgação
Científica vem apresentando crescente importância no cenário mundial, com
grande repercussão nacional e internacional. Primariamente exercida por museus
de ciência, novas e variadas iniciativas vêm surgindo, principalmente baseadas
em redes sociais e no trabalho realizado diretamente na Escola. Neste contexto
que se situa o projeto “Ciência, sua Danada!” (CSD), que ocorre desde 2017 no
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ) e que
procura estimular que os estudantes coloquem em prática os aprendizados obtidos
dentro do estudo das Ciências, assim como, desenvolvam novas habilidades e
percepções no campo da educação científica. Inserido nesse projeto, o trabalho
da bolsista apresentou o foco principal na produção de conteúdo de divulgação
científica em redes sociais com vistas a atingir principalmente o público ainda
pertencente a educação básica. Além de tais produções, também serão aqui
apresentados, resultados que discutem a divulgação cientifica e sua relação com
a mídia social, mais especificamente a respeito do engajamento de seguidores na
rede social “Instagram” do perfil “Ciência, Sua Danada!”, assim como a forma
com que os conteúdos científicos veiculados por meio dessa página virtual
poderiam ter um maior alcance para democratizar a informação. Para tal
finalidade foram empregadas ferramentas de coleta de
dados relativos às publicações entre os anos 2020 e 2022, principalmente em
relação ao número de seguidores do perfil do CSD para elaboração de gráficos, que
permitiram a avaliação da evolução do engajamento no perfil. Desta forma, com
uma abordagem de pesquisa quantitativa e descritiva, foi possível observar que
as características relativas ao público de um canal de mídia social afetam
diretamente o alcance das publicações, associado a uma diversidade de mídias
veiculadas. Assim, para que a abrangência da informação chegue a mais pessoas é
de suma importância conhecer o seu público e ter uma pluralidade de conteúdos
audiovisuais.
Palavras-chave: Divulgação Científica; Saúde e Meio
Ambiente; Protagonismo Estudantil
“EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM HORTAS
ESCOLARES: REVISÃO DA LITERATURA”
Giovanna do Espírito Santo Pereira1, Juliana de
Oliveira Ramadas Rodrigues (Orientadora)1
1 Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da
Fonseca - CEFET/RJ campus Maria da Graça.
As hortas escolares são ambientes capazes de estimular os
estudantes a criar hábitos alimentares a partir da experiência de plantio,
cuidado e colheita. Essas ações possibilitam a educação alimentar e nutricional
e promovem não só o ensino de ciências, mas também o ensino de outras
disciplinas, tornando-se um trabalho interdisciplinar. O objetivo deste estudo
foi analisar a produção sobre educação alimentar e nutricional em hortas
escolares no Brasil, nos últimos cinco anos, por meio de revisão de literatura.
Foram realizadas buscas
em março de 2021, em dois portais de pesquisas: Scielo e CAPES, os
artigos selecionados deveriam conter as combinações
das palavras-chave (“horta escolar” AND “educação alimentar”) ou (“horta
escolar” AND “educação alimentar e nutricional”). As buscas retornaram 8
artigos completos. Após a leitura de cada artigo, realizamos um resumo
com as principais características de cada estudo e a análise de conteúdo dos
artigos. Definimos as categorias que apareceram em cada texto e que foram
usadas para analisá-los, são elas: produção de
cuidado; contato com a natureza; relação diferente pelo plantar e práticas
sustentáveis de caráter interdisciplinar. O trabalho demonstra que ainda
existem poucos estudos sobre hortas escolares e educação alimentar e
nutricional, mas os resultados encontrados apresentam que as práticas
educativas com hortas são importantes ferramentas para o campo da educação
alimentar e nutricional em escolas.
Palavras-chave: educação alimentar e nutricional, hortas
escolares, educação alimentar.
“A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE JOGOS
DIDÁTICOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS: UM OLHAR PARA OS PERIÓDICOS DA ÁREA”
Julia Maria Mota Lins Torres1
e Marta Maximo-Pereira1
1CEFET/RJ – campus Nova Iguaçu
O uso dos jogos didáticos como ferramenta para o ensino de
Ciências vem crescendo de forma notável dentro de contextos de sala de aula e
em outros espaços. No entanto, é necessário conhecer como momentos mais lúdicos
podem colaborar para a aprendizagem de Ciências dos estudantes. Assim, o
objetivo desta pesquisa de Jovens Talentos é investigar que conhecimentos estão
sendo produzidos pelas pesquisas em Ensino de Ciências no que se refere à
elaboração e à aplicação de jogos didáticos. Foram usados como corpus de
análise os artigos sobre jogos presentes nas revistas brasileiras dos Qualis A1
e A2 da área de Ensino de Ciências. O trabalho consistiu em uma pesquisa
documental, de caráter qualitativo. Foram considerados 5 aspectos para a
análise dos artigos, sintetizados em tabelas e gráficos: ano de
publicação; revista em que o artigo foi publicado; tipo de artigo; referenciais
utilizados na fundamentação teórica dos artigos; contribuições dos artigos para
a área de pesquisa
Foi possível identificar que o número de artigos de Pesquisa Empírica
sobre jogos no Ensino de Ciências é semelhante ao número de artigos de Proposta
Didática de jogos e que a citação a múltiplos autores da pesquisa em
Educação/Ensino de Ciências caracteriza os referenciais teóricos mais recorrentes
nos artigos do corpus. Tais resultados confirmam as conclusões de pesquisas
anteriores, que defendem ser preciso a realização de mais pesquisas e um
embasamento teórico para que a prática do uso de jogos no Ensino de Ciências
não seja feita apenas de forma espontânea pelo professor, para motivar os
alunos, mas com potencialidade para a aprendizagem de conhecimento científico
escolar.
Palavras-chave: jogos didáticos; Ensino de
Ciências; pesquisa documental
“A Educação Física
auxiliando no equilíbrio essencial: corpo, mente e natureza em Petrópolis”
Marcos Paulo Jardim de Oliveira, Marcelo Faria Porretti
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca –
Petrópolis
O município de Petrópolis é uma cidade da região
serrana do estado do Rio de Janeiro, ela é historicamente conhecida como cidade
imperial, que no início de 2022 sofreu com as fortes chuvas. Cerca de 70% do
território do município é constituído por unidades de conservação, onde deve
ocorrer um debate constante envolvendo a sociedade na natureza. Sendo
necessária uma multiplicidade de contatos com a natureza para entender que o
desafio contemporâneo requer a busca de reinvenções, perpassando o meio
político e novos meios de convívios e valores, instaurando-se uma
ressignificação da própria vida, o que envolve o ato de exercitar-se.
Convivemos com a Pandemia de Covid-19, em que algumas formas de enfretamento
perpassavam o lúdico, o movimento e condições socioambientais. Nesse processo à
atividade física se fez presente e oculta ao mesmo tempo, nos momentos de
isolamento social, ou de caos causados pelo desastre ambiental. Entretanto, as
próprias Unidades de Conservação presentes no município, trazem consigo grande
importância para a saúde física e mental humana, tendo em vista que o contato
com a natureza permite a diminuição do estresse diário, aumentando também a
predisposição para práticas de exercícios físicos, tais como trilhas,
caminhadas, montanhismo, dentre outras. Como objetivo geral iremos em busca da
seguinte resposta. A atividade física atuou nos processos de enfrentamento à
Covid-19 e ao momento de desastre? De que forma está prática aconteceu, ou não
aconteceu? Utilizaremos a metodologia qualitativa para coleta e análise dos
dados, o instrumento de pesquisa será a aplicação de um questionário, e à
amostra será composta pela comunidade do Cefet/RJ Uned Petrópolis e a
comunidade circunvizinha. Como resultados esperados procuramos entender a
temática de atividade física, de recreação e lazer para o momento pandêmico e
pós pandemia, adentrando a seara das tragédias ambientais. Buscando como a
prática do montanhismo pode contribuir para uma maior conscientização
ambiental, a fim de dirimir tragédias futuras.
Palavras-chave: práticas corporais de aventura;
meio ambiente; saúde.
“A Educação
Física auxiliando no equilíbrio essencial: corpo, mente e natureza em
Petrópolis”
Ana Alice da Costa Andrade, Marcelo Faria Porretti
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca –
Petrópolis
Entendo as áreas protegidas no município de Petrópolis e Miguel
Pereira, e sua importância para a saúde física e mental humana, tendo em vista
que o contato com a natureza permite a diminuição do estresse diário,
aumentando também a predisposição para práticas de exercícios físicos, tais
como trilhas, caminhadas, montanhismo, dentre outras. E percebendo o aumento do
Turismo de Aventura no Brasil, buscamos como objetivos neste trabalho,
compreender como estas atividades vem sendo realizadas em Petrópolis e Miguel
Pereira comparativamente. Onde buscou-se: quais práticas de aventura ocorrem
nestes municípios? São respeitadas as áreas de proteção integral e uso
sustentável? Como são oferecidos estes produtos e serviços dentro do setor
turístico? A metodologia
utilizada foi qualitativa de caráter documental, bibliográfico e participativa,
com realização de visitas a estes espaços (afetados pelos protocolos de
segurança empreendidos na pandemia e retorno às atividades presenciais). Nos
resultados ao realizamos buscas nos sites das prefeituras, verificamos que em
Petrópolis foi possível
observar o turismo de aventura em duas abas: 1) na
Secretaria de Meio ambiente, com denominação
ecoturismo, encontrando as atividades de arvorismo, cabo
aéreo, cachoeira véu da noiva, canyoning, caminhadas
ecológicas, escalada em
via ferrata, montanhismo, paintball, passeios de Jeep,
rafting e rapel. 2) na Secretaria de Turismo (TurisPetro), com a
denominação turismo de natureza, encontrando parques,
circuitos ecorurais e passeios, como: Parque Nacional Serra dos
Órgãos, o Parque Cremerie, o Parque Natural Municipal
Padre Quinha, Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, Travessia
Petrópolis-Teresópolis, Caminho Araras-Videiras, Caminhos do Brejal, Caminhos
Secretário, Caminhos Bonfim e Pedras do Taquaril. Já em Miguel Pereira ao clicar em
pontos turísticos observa-se alguns atrativos que incluem o ecoturismo e o
turismo de aventura como: o Lago de javary onde acontece algumas competições de
corrida e caminhada e possui quadra de areia em que é possível praticar
diferentes esportes, o Viaduto Engenheiro Paulo de Frontin, onde algumas
pessoas praticam rapel, o Monumento da gruta dos escravos, o Caminho do
imperador, as Cachoeiras de Vera Cruz e a rampa de voo livre. Concluímos
arriscando
dizer que o turismo de aventura em Petrópolis é um pouco mais organizado e
desenvolvido quando comparado ao município Miguel Pereira.
Palavras-chave: práticas corporais de
aventura; meio ambiente; saúde.
“Analisar o
impacto das ações de educação em saúde na formação do técnico de enfermagem,
durante a pandemia do coronavírus”
Emanuelle Barroso Lopes, Fernanda Zerbinato Bispo Velasco –
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
(CEFET/RJ) - Nova Iguaçu
Nesta pesquisa pretende-se identificar o
papel da educação em saúde realizada através das redes sociais de internet
durante a pandemia do coronavírus. Neste contexto de isolamento social os
alunos do curso técnico de enfermagem do CEFET/RJ da unidade de Nova Iguaçu
desenvolveram atividades educativas de forma remota com várias temáticas na
área de materno-infantil e da saúde da criança. Estes assuntos foram abordados
através de postagens semanais no instagram, facebook, tik tok e youtube, além
de lives com profissionais de saúde sobre questões relevantes na saúde
coletiva. Percebemos naquele momento que existia a necessidade de se criar uma
rede de conexão social, que fosse capaz de romper barreiras impostas pela
distância física, possibilitando a troca de conhecimento e democratização da
informação (DE SOUZA,2020). Nesta perspectiva é relevante entender como essa
experiência impactou na formação desses futuros técnicos de saúde, pois através
das mídias sociais eles transferiram conhecimentos acumulados ao longo do seu
curso. Neste processo de ensino e aprendizagem na educação em saúde tentou-se
explorar as potencialidades da internet intermediando a relação entre a população
e os futuros profissionais. Desta maneira é crucial entender como os discentes
vivenciaram esse momento adverso, e o que eles indicam como positivo ou
negativo nessas atividades educativas junto à população. Entendemos que é
relevante compreender quais foram as dificuldades vivenciadas por eles na
construção dessas atividades. Promoção de educação em saúde às gestantes
e ao público infantil no que se refere a saúde coletiva. O método foi desenvolver conteúdos
educativos nas redes sociais, realizando lives, reels e posts, sendo uma
pesquisa qualitativa de pesquisa ação. Para a programação dos conteúdos nossas
reuniões eram semanalmente, abordamos conteúdos em nossas redes sociais como:
amamentação, como o coronavírus afeta mulheres grávidas, pré - natal, violência
obstétrica, dermatite de fralda, HIV em crianças e adotamos uma série de vídeos
nomeado “As aventuras de Lukinhas”, um personagem infantil que apresenta
assuntos na área da saúde relevantes em uma linguagem mais simplificada para as
crianças e seus responsáveis. Alcançamos
mais seguidores no nosso instagram antes nomeado @equipegestantes e agora
@gpcriançasegestantes e no @academicosinfanti juntando às redes sociais
possuímos cerca de 1.400 seguidores. Nossas publicações com mais visualizações
foram: menstruação em outras culturas (62 curtidas), pobreza menstrual (66
curtidas), pílula anticoncepcional (70 curtidas) e o vídeo com mais
visualizações para o público infantil foi o reels “mitos e verdades sobre a
coronavac” (1.122) e da série do Lukinhas “vamos falar sobre piolho?’’ (121)
Dessa forma, com a estratégia tomada, buscou-se viabilizar informações
fidedignas no que tange a saúde ao público alvo e aos estudantes do técnico de
enfermagem a busca pelo conhecimento e novas aprendizagens.
Palavras-chave: pandemia do coronavírus;
saúde; atividades educativas
IMPACTO DE FATORES
ESTRATOSFÉRICOS EM BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS VISANDO USO EM SISTEMAS DE SUPORTE A
VIDA BIOREGENERATIVOS
Daniel Moreira dos Santos 1,
Wilber de Sousa Alves 1
1Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow
da Fonseca (escola e Instituição de estágio do aluno)
A astrobiologia é um
campo de pesquisa dedicado a entender a origem, evolução, distribuição e futuro
da vida, na Terra ou fora dela, e se destaca por possuir uma abordagem multi e
interdisciplinar. O grupo Zenith Aerospace da USP de São Carlos (EESC), permite
que escolas públicas e privadas tenham a oportunidade de desenvolver
experimentos usando balões de alta altitude como plataformas educacionais, visando
incentivar jovens estudantes a prática da ciência e desenvolvimento de projetos
nas diversas áreas da astronomia e engenharia espacial. Através da participação
nesses editais, a coordenação de biologia do CEFET/RJ-Maracanã iniciou o
desenvolvimento de um projeto científico/educacional voltado para a temática de
astrobiologia. O objetivo foi usar a astrobiologia como temática para
integração dos saberes aprendidos nas disciplinas do ensino médio/técnico
focando no desenvolvimento de projetos científicos. A temática foi trabalhada
através da avaliação do impacto de fatores estratosféricos tais como: baixa
pressão atmosférica, temperatura, e concentração de oxigênio, alta taxa de
radiação ionizante e variações na gravidade, em bactérias fixadoras de nitrogênio.
Esses fatores podem ser encontrados na superfície da Lua e de Marte, sendo
estes considerados alvos-chave para o início da busca da vida além da Terra e
da exploração espacial. Experimentalmente, bactérias diazotróficas (Ensifer meliloti) foram cultivadas em
laboratório e posteriormente adsorvidos em pérolas de cerâmica, e acomodados em
criotubos, os quais foram fixados em uma sonda, e submetidos à exposição aos
fatores estratosféricos, com o auxílio de um balão meteorológico. Após o voo
estratosférico, as amostras foram analisadas quanto a sua sobrevivência e a
presença de contaminação durante o voo. Além disso, foi observado o
estabelecimento da simbiose entre as bactérias sobreviventes em plantas de Medicago sativa L. Contudo, em
decorrência da pandemia da COVID-19, a programação dos editais do grupo Zenith
Aerospace ficou comprometida, sendo necessário readequação do projeto para o
sistema remoto. Houve a produção de conteúdo de divulgação científica da área
da astrobiologia, e temas transversais do nosso projeto, usando um perfil no
Instagram, intitulado: “@equipecefetrjbio”, como plataforma de divulgação, além
da execução de reuniões para treinamento, via Microsoft Teams, para as etapas
experimentais do projeto e as análises experimentais, efetuadas em sistema
remoto com a execução de etapas práticas, com auxílio do orientador, sendo
transmitidas remotamente para os orientandos, avaliando as possíveis alterações
na morfologia da planta, em ensaios de biometria e biomassa seca, como também
os ensaios bioquímicos para a determinação da concentração de proteínas,
análise do perfil proteico por SDS-PAGE unidimensional e concentração de
clorofilas totais, visando averiguar o potencial uso dessa bactéria
diazotrófica como inoculante para plantas em sistemas de suporte a vida
bioregenerativos.
Palavras-chave: Astrobiologia, Medicago sativa L.
Simbionte.
FAETEC
ETE REPÚBLICA
“Jornal A Voz do República”
Ana Luiza Bernardo1,
Leonardo Galvão de Oliveira1, Luiza Naara de Souza1,
Katerinna Assis1
1Escola Técnica Estadual República – Faetec (Fundação de Apoio à
escola Técnica)
É recorrente, nas aulas de Língua Portuguesa,
observar que os alunos chegam ao Ensino Médio lendo pouco e escrevendo menos
ainda. Frequentemente, essas atividades de leitura e escrita resumem-se à sala
de aula e são vistas como entediantes, devido ao caráter de obrigatoriedade da
tarefa escolar e artificialidade das situações comunicativas.
O presente projeto “Jornal A Voz do República”
pretende fomentar o interesse pela leitura e escrita dos alunos da Escola
Estadual República (ETER), da Rede FAETEC, propiciando situações comunicativas
reais, em que os próprios alunos serão os agentes e/ou interlocutores de todo o
processo.
Trata-se da produção de textos literários e não literários;
de textos verbais e textos visuais e de uma diversidade de gêneros textuais
para a elaboração do jornal da escola e, consequente, publicação nas versões
digitais, considerando os novos meios midiáticos, e também na versão impressa.
Para tal dinâmica, ocorrem os processos de revisão e reescrita, orientados pelo
professor da área de Linguagens, e o desenvolvimento de um trabalho de design
gráfico, realizado por alunos do curso de Informática. O “Voz da República” já
conta, atualmente, com 12 edições impressas. Ademais, foram criadas páginas no
Instagram (avoz_republica) e no Facebook (A voz do República), cujas postagens
ocorrem semanalmente, com indicações de livros, séries e filmes. É importante
destacar que o projeto surgiu do desejo dos alunos de nossa escola em
transformá-la em um lugar de reconhecimento de sua competência escritora e
também, um lugar de estímulo e orientação para a ampliação de seus repertórios
linguístico e cultural.
Palavras-chave: leitura e interpretação de textos; produção textual;
ensino
PROJETO ALUNOS MULTIPLICADORES
: Danilo Ferreira Gabry1,
Clarissa Leite Sales da Costa1, Emmanuel Marcelino de Brito Júnior1,
Stefany Catete Seabra1.
Orientadora: Prof.ª Odiléa Corrêa da
Silva1.
1 Escola Técnica Estadual República - FAETEC
(Fundação de Apoio à Escola Técnica).
Escola Técnica Estadual República subordinada à Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC) implantou o Projeto Alunos Multiplicadores, por
acreditarmos na sua plena eficácia, na sua capacidade de promover mudanças
significativas no ambiente escolar e, acima de tudo, na formação de cidadãos
conscientes de sua importância na sociedade onde estão inseridos. O Projeto Alunos Multiplicadores iniciou-se em 2019, a partir da iniciativa
do inspetor Jesse Félix da Silva. O inspetor observou que se a escola começasse
a incentivar os alunos que possuem um bom rendimento para que ajudassem os seus
colegas em suas dificuldades nas disciplinas, esses alunos fariam a diferença e
estariam contribuindo com a escola. Em 2019, o projeto se inscreveu para participar
da 1ª Edição do Prêmio Paulo Freire promovido pela Alerj e premiado no dia 14
de novembro de 2019 na categoria "Experiência Pedagógica no Ensino Médio,
Pós-Médio, Técnico e/ou Profissionalizante". A proposta da coordenação do
projeto é que tenhamos reuniões semanais de acompanhamento do trabalho a ser
desenvolvido. Nas reuniões de planejamento e avaliação participam os
representantes da liderança do projeto formada pelos seguintes funcionários: os
inspetores Jesse Félix da Silva, Leila Ramos Vasconcelos e David Conceição dos Santos, a supervisora educacional Micheli Silva Souza Bahia, a orientadora
educacional Ana Lúcia Maravalhas e, a professora Odiléa Corrêa da Silva,
orientadora do projeto. O objetivo
principal das reuniões é atualizar o projeto de acordo com as mudanças e
inovações no mercado de trabalho e dar andamento dinâmico à política de formar
cidadãos multiplicadores de conhecimento. O aluno participante deverá ter o perfil de
multiplicador, ou seja, ter conhecimento de uma ou mais disciplinas, além de
transmitir para outros alunos que apresentem dificuldades; atuar como monitor,
orientando e estabelecendo formas de conduzir os alunos com dificuldades no
aprendizado a uma melhor performance, aplicando práticas necessárias a este
fim; ajudar na conscientização dos colegas em relação aos direitos e deveres
que norteiam o convívio escolar; ser agente na função de interação entre escola
e sociedade; aplicar os conhecimentos adquiridos em visitas técnicas, estágios
e afins, com o objetivo de enriquecer o currículo escolar; ajudar a escola na
formação de pessoas com a consciência de cidadania e preservação de valores
essenciais para a boa convivência.
Palavras-chave: Aprendizagem.
Cidadania. Colaboração. Conhecimento. Ensino
ETE Ferreira Viana
LABORATÓRIO DE LEITURAS
Annye Louise Rodrigues
de Assunção1, Gustavo dos Santos Dian1, Jennefer Dutra da C. de Oliveira1, Maria Eduarda Vale Freire1.
Professoras: Ana Ligia Matos1, Cláudia Fabiana Cardoso1,
Patrícia Camargo1
1Escola Técnica Estadual Ferreira Viana- FAETEC
O núcleo mobilizador do esforço empreendido no
projeto de pesquisa, ora proposto, buscará desenvolver uma metodologia de
leitura voltada para os alunos da Educação Profissional da Escola Técnica
Estadual Ferreira Viana. O caráter inovador do projeto “Laboratório de
Leituras” reside na ampliação dos
conceitos de leitura e escrita agregando as especificidades da Educação
Profissional desses registros no desenvolvimento de uma metodologia centrada na
relação dialógica entre diferentes produções textuais. O presente projeto tem como intento a busca por estabelecer um processo
interativo em que professores e alunos ao logo do contato direto com leituras
abrangentes e constantes produções textuais possam construir novas pontes de
saberes, facilitando assim aos discentes o alcance mais extenso de
conhecimentos ao logo do processo de ensino-aprendizagem que ganha um
significado amplo e relevante.
Palavras-chave: Literatura, Leitura,
Interdisciplinaridade
“CASA INTELIGENTE”
Vitória de Oliveira Pereira Viegas1
1Escola Técnica Estadual Ferreira Viana (ETEFV) –
FAETEC
Domótica é uma área caracterizada pela integração
de dispositivos conectados em espaços residenciais, melhorando a qualidade de
vida pessoas, além de facilitar tarefas no quotidiano. A tecnologia utilizada
nas assistentes virtuais estão cada vez mais presente nas residências, trazem
conforto e qualidade de vida, automatizando rotinas e facilitando processos.
Automação serve para todas as pessoas, de todas as idades e para quem deseja
praticidade. Nesta pesquisa desenvolvemos uma casa inteligente integrando
diversos sensores e controles para cortinas, portas, luzes, TV, etc.
Palavras-chave: ubiqüidade, Arduino, automação
residencial, domótica.
“Braços robóticos
automatizados”
Daniel Felipe Lemos Reyna1
1Escola Técnica Estadual Ferreira Viana (ETEFV) –
FAETEC
Os braços robóticos (manipuladores) são máquinas
articuladas utilizadas nos hospitais e em larga escala nas indústrias e em
outras áreas. São máquinas utilizadas em processos de paletização de cargas ou
em processos de soldagem, nas indústrias. Nos hospitais são utilizados em
cirurgias robóticas de alta precisão. São máquinas flexíveis, funcionais e
desenvolvidas para colaborar com a mão-de-obra humana, complementá-la e
torná-la ainda mais especializada. Com as inovações tecnológicas os braços
trazem vários benefícios para o nosso dia a dia e podem nos auxiliar em várias
áreas. Especificamente na área de educação e ensino de robótica, como nesta
pesquisa que estamos desenvolvendo braços robóticos com várias tecnologias
representando as tarefas do dia a dia. Podemos controlar braços robóticos de
várias maneiras e é possível adaptá-la aos objetivos finais de um projeto
específico com facilidade. Seja por botões, celular, joysticks ou mesmo por
códigos de programação.
Palavras-chave: manipuladores; braço robótico;
Arduino
“Organização
e Catalogação do acervo documental escrito e iconográfico do Centro de Memória
da ETEFV”
Alunas: Gabriele Haddad de Lima1, Nicolle Pedrosa Molina1,
Karine da Silva Pimenta Evangelista1,
Orientadoras: Karina da Motta Navarro Semeraro1, Mariana Melo1,
Thaysa Segal Caseli1
1 Escola
Técnica Estadual Ferreira Viana / FAETEC – Maracanã
O Centro de Memória da Escola Técnica
Estadual Ferreira Viana (ETEFV) é um espaço de reflexão sobre a história e a
memória da Unidade Escolar fundada há 131 anos. Tem como missão a preservação e
catalogação de seu acervo documental. Propõe-se a estimular o trabalho de
pesquisa e produção de conhecimento histórico por parte de docentes e discentes
da instituição, estabelecendo assim a integração ensino-pesquisa. O trabalho desenvolvido pela equipe do
Centro de Memória da ETEFV, com a participação de quatro alunos bolsistas da
FAPERJ, na modalidade Jovens Talentos, consiste na identificação,
classificação, organização, catalogação e digitalização do acervo permanente da
Unidade de Ensino centenária. A partir da catalogação, trabalhamos na
elaboração de bancos de dados - dos acervos bibliográfico, documental escrito,
de periódicos e museológico – a fim de facilitar a consulta ao acervo por parte
de pesquisadores e da comunidade escolar. Visando dar maior visibilidade ao
trabalho do Centro de Memória junto à comunidade escolar e à sociedade em
geral, intensificamos o uso das mídias sociais – site e página no Instagram-
para a divulgação do projeto. Promovemos uma reorganização de nosso acervo
museológico, ampliando uma exposição permanente no segundo andar da escola.
Além disso, estamos desenvolvendo um projeto, em parceria com a equipe de
robótica, para identificação e descrição dos objetos através de QR Code, de
forma a tornar nossa exposição mais interativa e atrativa para os alunos. A
equipe atua na divulgação da história desta instituição de ensino, através da
organização de seminários, eventos e exposições, contribuindo para a educação
de nossos alunos no sentido da valorização da preservação do patrimônio
histórico, além de fortalecer e aprofundar a identificação da comunidade
escolar – docentes, funcionários e discentes - com a escola. Neste ano criamos
um circuito cultural do Centro de Memória, promovendo a visitação mediada, sob supervisão das professoras orientadoras, a
diferentes espaços ligados à memória da
unidade escolar. As visitas mediadas têm como público alvo a própria comunidade
escolar e visitantes externos, tendo este projeto participado da 20ª Semana
Nacional dos Museus e da 16ª Primavera dos
Museus.
Palavras-chave: Memória; História;
Documento
ETE SANTA CRUZ
Análise sobre os animais
em situação de abandono no campus da etesc
Ana Beatriz Dos Santos Silva1,
Dilson da Costa Vieira Junior1
1Escola técnica Estadual Santa Cruz -ETESC/FAETEC
Este trabalho está alinhado ao 15o Objetivo do
Desenvolvimento Sustentável, que preconiza sobre a vida terrestre, conforme a
ONU, 2015. Realizado no campus da Escola Técnica Estadual Santa Cruz ETESC a
partir da observação e diálogo dos estudantes. Observa-se animais em situação
de abandono no pátio da escola. Apesar alguns aparentarem estar saudáveis,
outros torna-se perceptíveis as condições de maus tratos, com saúde fragilizada, as quais em acordo com
AVELAR 2019 podem ser zoonoses passíveis de transmissão humana. Cabe a escola
enquanto local privilegiado trazer a tona a temática e pensar coletivamente soluções
exercendo a humanização, realizando ações, onde estão inerente o respeito e
compaixão para com o outro ser senciente. As discussões e abordagens das questões sociais,
devem ir além dos conteúdos disciplinares, avalia-se que também seja possível
trabalhar uma educação socioemocional, de modo que a escola chegue a uma
prática que segundo ATAÍDE JUNIOR, 2018 não podemos mais esperar apenas que
cada humano e que cada consciência faça o seu papel solitário no respeito á
dignidade animal. Dessa forma o pensar coletivo e a metodologia em resolução de
problemas, conduz aos alunos a uma atitude ativa e um esforço para buscar as
respostas onde habilidades diversas foram empreendidas indo além dos
professores orientadores e livros-textos.
Palavras-chave: Direito animal. Zoonoses. Ambiente escolar.
Impactos da
pandemia na vida dos jovens: percepções de estudantes de uma escola pública.
Ester Nívia Luiz da Silva, Hanyellen
Andrews Gomes da Silva, Ingrid Maria Honorato da Cunha, Lucas dos Santos
Sabany.; Edna Ribeiro dos Santos; Luciane de Paiva Moura Coutinho
Escola Técnica Estadual Santa Cruz -
ETESC/FAETEC
Largo do Bodegão, 46, bairro: Santa Cruz.
Rio de Janeiro - RJ CEP 23550-050
A pandemia de COVID-19 atingiu
diretamente o Brasil em março de 2020, ocasionando alterações severas no dia a
dia da população. Por tratar-se de uma doença nunca relatada antes de dezembro
de 2019 na China, os esforços iniciais para o controle de sua incidência na
população foram baseados em medidas preventivas, destacando-se o distanciamento
social para evitar a aglomeração de pessoas e a consequente disseminação do
vírus. Uma destas alterações na vida dos jovens foi a interrupção de aulas
presenciais, para a restrição ao convívio social. Este projeto objetiva
identificar pontos da percepção dos jovens quanto aos impactos causados pela
crise de saúde pública e econômica no cotidiano. Esta proposta justifica-se
pela necessidade de se atentar para a opinião dos adolescentes, pois, mesmo em
condições normais, trata-se de uma fase da vida que envolve muitas mudanças de
comportamento e de amadurecimento pessoal. Foi elaborado um questionário,
aplicado de forma online no final do
primeiro semestre de 2022. Participaram 136 alunos de uma escola pública de
ensino médio e técnico, na faixa etária predominante entre 14 e 17 anos. Os
resultados demonstraram que 93,3% preferem as aulas presenciais; 71% citaram o
desânimo como maior alteração psicológica em decorrência do isolamento social,
enquanto 28,9% gostariam de uma assistência especializada nesse sentido; 50%
pensaram em desistir dos estudos; 58,8% tiveram acesso a todas as refeições
diárias e 57,5% ingeriram mais alimentos industrializados. Conclui-se a
necessidade de se ouvir e refletir mais sobre as consequências da pandemia
nesta faixa etária, buscando formas de minimizar tais impactos.
Palavras-chave: Pandemia. Jovens. Impactos
. Ambiente Seguro é
Saúde Coletiva!
Iasmyn das Mercês Chaves1,
Lúcia Helena Oliveira da Costa2, Marilza Pereira da Silva
Rocco3, Renata Maia4
1Escola
Técnica Santa Cruz/RJ, 2Profa.ETESC/UFRJ, 3Profa.
ETESC/POE, 4Profa. ETESC/Artes
A
promoção da saúde perpassa pelo desenvolvimento de ações que estimulem a
manutenção de um ambiente seguro. Neste sentido as Tecnologias de Comunicação e
Informação são ferramentas que podem ampliar a cadeia de multiplicação de
orientações nesse sentido. Foi realizado um encontro com as seguintes
temáticas: Segurança na administração de medicamentos em domicílio, ressaltando
os riscos da polifarmácia por ingestão acidental e descarte inadequado de
medicamentos; Comunicação virtual e preservação da imagem, destacando os
dispositivos legais voltados ao mundo virtual; Os significados culturais da cor
e seu conforto afetivo, relacionando a influência das cores para a qualidade de
vida, bem como seus efeitos terapêuticos e encerrando as apresentações a
Importância da participação dos discentes em projetos
científico-escolares. O sucesso das
apresentações tem demandado várias ações que ocorrem na comunidade escolar com
a participação de discentes e docentes de outros cursos, gerando propostas de
subprojetos dentro do tema central, mobilizando a atenção do grupo para o
entendimento de conceitos que possam ampliar a compreensão de sustentabilidade.
Palavras-chave:
TICs; Saúde ambiental e Sustentabilidade
DISPOSITIVO DE SEGURANÇA PARA
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: RESGATANDO O QUE A PANDEMIA RESSIGNIFICOU”
Ana Carolina Moreira da Costa, Ana Clara de Almeida Antunes, Anna
Karla Varela da Rocha, Leandra Assis de Pinho Nascimento
Escola Técnica Estadual Santa Cruz
O presente dispositivo foi idealizado em
2015 por dois alunos do 3o ano de Eletromecânica da Escola Técnica Estadual
Santa Cruz (ETESC). Naquele ano, após idealizar em nível teórico um artefato
para pacientes que fazem uso de diferentes medicamentos em diversos horários a
evitarem incidentes, ambos procuraram as professoras do Setor de Projetos da
ETESC para transformar a ideia em projeto de pesquisa. O trabalho contaria
também com um aluno de informática também da ETESC para desenvolver a linguagem
de programação do dispositivo. Naquele ano, por intercorrências dentro e fora
da unidade escolar, o projeto não foi desenvolvido. Em 2020, após conversas nos
anos anteriores entre as professoras e os egressos, o projeto foi escrito como
plano de pesquisa, bem como um protótipo para serem desenvolvidos por três alunos
bolsistas do projeto Jovens Talentos FAPERJ do 2º ano do curso de Informática
da ETESC. A ideia do projeto consiste em desenvolver um artefato para auxiliar
pacientes que fazem uso de diferentes fármacos em diferentes horários, em
especial idosos, com um dispositivo de segurança que emite sinais luminosos
e/ou sonoros no momento da correta administração do medicamento. Um
compartimento, então, disponibiliza o remédio correto e a quantidade prescrita,
evitando a ingestão de medicamentos errados e/ou de quantidade diferentes da
recomendada. Contudo, a pandemia do corona vírus fez com que o planejamento e o
cronograma fossem repensados. Os encontros para orientação e desenvolvimento do
projeto foram totalmente adaptados para um modelo exclusivamente online, o que
inviabilizou a construção do protótipo e os alunos passaram então, a se
empenhar na construção de um modelo teórico completo para que a partir daí,
futuramente, fosse possível a construção do protótipo por alunos que tivessem
condições de se encontrar presencialmente para a finalização da ideia. A equipe
Jovens Talentos FAPERJ 2020/2021 desenhou o modelo em três dimensões, modelou a
parte elétrica, desenvolveu a programação do dispositivo, elencou material
adequado para montagem. Foi montada então, uma equipe de alunos bolsistas
Jovens Talentos 2021/2022 para que de posse do material desenvolvido pela
equipe anterior e com o retorno presencial às atividades, construísse um
protótipo.
Palavras-chave: Medicamento, Dispositivo
de Segurança, Saúde
ETE
ADOLPHO BLOCH
REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA DO CINEMA NA
CONSTRUÇÃO DO OLHAR EM UMA ESCOLA DO ENSINO MÉDIO
Claudia Pinto Duche, Mhyrna Boechat, Amanda Mendonça Antunes, Kilmer
Correa Ribeiro, Maria Eduarda Queiroz, Winícuis Junior Pinheiro Ignácio.
1 Escola Técnica Adolpho Bloch – São Cristóvão
Muitos trabalhos têm demonstrado que o encontro
entre a arte e a educação, especialmente através da poética do cinema, ampliam
as possibilidades do papel da escola quando atravessados pela imagem e som.
Assim, o núcleo Cineclube Olho na Cena, da Escola Técnica Estadual da Adolpho
Bloch, propõe dois eixos de atuação: a promoção de atividades pedagógicas junto
aos bolsistas, com a leitura de textos teóricos e análise fílmica, para a
formação crítica a partir da narrativa proposta; a exibição semanal de curtas
metragens, seguidos de debates com os demais alunos e organizados pelos
bolsistas. O projeto aposta na percepção da imagem como gesto e ato de fala, no
qual é possível despertar o trânsito entre passado e presente, história e
memória, real e irreal. Através do duplo sentido, imagético e imaginário,
apreende-se saberes, ou seja, entre a imagem vivenciada, presa à percepção e
memória, e a imagem em contínua ação, proposta pelo discurso narrativo. Cabe ao
leitor alargar seus sentidos para compreensão de elementos constituintes do
plano, enquadramento e montagem, daquele que narra. Contudo, também cabe ao
leitor, em situação de igualdade com a obra,ser capaz de fazer uma leitura
ativa, reverberar sentidos em si a partir de seus saberes, para gerar novas
múltiplas leituras. O resgate da memória é incorporado, ao mesmo tempo que o
despertar atravessa o processo mnêmico. Neste encontro de saberes, a
experiência fílmica é subjetiva e coletiva, afinal perpassa por contextos
sociais e históricos. Então, o ponto de vista como gesto político rege a
construção do olhar em suas dimensões éticas e estéticas, através da análise da
relação tempo e espaço, bem como o questionamento do poder discursivo. Dessa
forma, nosso projeto propõe a ruptura da cognição habitual para a formação do
sujeito político através do instante inusitado do encontro com a arte.
Palavras-chave: Arte; Educação; cinema.
.
ISERJ
“UM PANORAMA DO GÊNERO
FEMININO NO CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA DO ISERJ”
Maria Eduarda Alves Cruz1,
Isabella Naomi Imamura1 e Patricia F.Amorim2
1 Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro –
Praça da Bandeira
2 Professora orientadora - Instituto Superior de
Educação do Rio de Janeiro – Praça da Bandeira
Há vinte anos, em 1998, era iniciado o Curso
Técnico em Informática no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro, com
duas turmas de primeira série, uma no turno da manhã e outra no turno da tarde,
com o objetivo de habilitar profissionais de nível médio, com formação
técnico-científica a conhecimentos teóricos e práticos na área. Ao se analisar
o perfil de estudantes do Curso Técnico em Informática no Instituto Superior de
Educação do Rio de Janeiro percebeu-se que a presença feminina continua
reduzida, o que é difícil de ser explicado, uma vez que a diferença entre os
números de alunos do 9º ano dos anos finais do ensino fundamental da
instituição não apresenta discrepância significativa. Segundo um estudo inicial, realizado para o
ano letivo 2016 pela equipe desse projeto, apenas 23% do total de 120 alunos
ingressantes em 2016 foi do sexo feminino. Para o Curso Técnico em
Administração, para o mesmo período, notou-se 58% do total de 141 alunos
ingressantes do sexo feminino. E para o curso regular do Ensino Médio, 53% do
total de 118 alunos ingressantes do sexo feminino. É importante destacar que no período observado,
a taxa de participação feminina para o Curso Técnico em Informática no
Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro foi menor do que a metade da
taxa de participação feminina no
Curso Técnico em Administração e também no curso
regular do Ensino Médio. Pretende-se
fazer uma análise inicial para o período de 2016 a 2020 e comparar com outras
pesquisas na comunidade. Na academia, há várias pesquisas apresentando que a
presença feminina na área de Informática continua reduzida. Pretende-se identificar
quais seriam os possíveis fatores que dificultam o interesse do sexo feminino,
na faixa etária da adolescência, por essa área.
Palavras-chave: gênero; mulheres; mulheres na
informática
ETE
HÉLBER VIGNOLI MUNIZ
“CONTRIBUIÇÕES DE UMA HORTA ESCOLAR PARA O SETOR DE ALIMENTOS E
BEBIDAS EM UM CURSO TÉCNICO EM HOSPEDAGEM”
Isabela Schneider1, André Luiz
Batouli Santos1
1Escola
Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz
ato da alimentação é mais do que uma
necessidade biológica, representando uma prática social. Nos meios de
hospedagem, as práticas sustentáveis estão sendo cada vez mais valorizadas,
tanto pelas empresas do ramo de hotelaria, quanto pela sociedade, em função das
questões ambientais em que todos estão envolvidos. O projeto tem como objetivo
principal o desenvolvimento de uma horta escolar, para que seja utilizada pelo
setor de alimentos e bebidas de um curso técnico em hotelaria, e também, como
espaço para a educação ambiental e incentivo à sustentabilidade. Esperamos com
isso formar profissionais atentos às práticas sustentáveis na hotelaria, e
despertar na comunidade escolar novos olhares sobre a alimentação, a saúde e o
meio ambiente.
Palavras-chave:
Horta Escolar; Curso Técnico em Hospedagem; Sustentabilidade; Alimentação
O RIO QUE
PASSA NA MINHA ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA PARA A
VALORIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS”
Júlia Modesto Garcia1, André Luiz Batouli Santos1
1Escola Técnica Estadual Helber Vignoli
Muniz
Na sociedade contemporânea, os recursos
hídricos são vistos como mercadoria para o homem, mesmo com sua importância
vital, intensificando assim a atual crise socioambiental. Com isto, se torna
necessário ações de Educação Ambiental para resgatar a ideia da água como
recurso essencial para a vida. O presente trabalho tem como objetivo promover
ações de Educação Ambiental e conservação de recursos hídricos em espaços de
ensino e aprendizagem, investigar a percepção dos alunos sobre o Rio da Areia,
realizar trimestralmente oficinas de sensibilização e saídas de campo para
contextualização da temática da água e recursos hídricos. Este trabalho terá
como público alvo uma turma de terceiro ano do curso de Hospedagem da ETEHVM¹,
aplicando um questionário semiestruturado para verificar as representações e
conhecimentos sobre o Rio da Areia, realizando oficinas sobre a importância da
água e apresentando o problema do Rio da Areia, caminhada no entorno da escola
para registrar os problemas do rio, encaminhamento dos alunos para produzir um
artefato sobre os problemas dos rios, plantio de mudas para compor a mata
ciliar do Rio da Areia e por fim, aplicação do questionário final sobre o
projeto de Educação Ambiental. Atualmente, a primeira oficina de sensibilização
e a aplicação do questionário inicial para investigar as representações dos
alunos sobre o Rio da Areia já foi realizada, se encontrando em fase de
análise.
Palavras-chave: Educação Ambiental, recursos hídricos, escola, Rio da
Areia
“ANALISE DA OFERTA DE OPÇOES
VEGETARIANAS EM
RESTAURANTES E MEIOS DE
HOSPEDAGEM DE SAQUAREMA/RJ”
Luna Felix
Raga1, Waldete Gomes da Silva Alcântara1
1Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz
A alimentação vai além da
necessidade orgânica de nutrir o corpo,, mas também de proporcionar prazer,
passando por aspectos sociais, culturais e econômicos. Portanto, a
hospitalidade tão relacionada aos serviços turísticos, como meios de hospedagem
e restaurantes, faz uso da alimentação como ferramenta indutora de bem-estar,
acolhimento e integração entre as pessoas. Onde faz-se necessário atender à
diversidade de necessidades e preferências do público, sendo os vegetarianos
uma parcela específica da população que tem ganhado relevância, em virtude do
crescimento dos adeptos desse tipo de alimentação, mas que ainda tem suas
necessidades negligenciadas em muitos locais. Dito isso, esse projeto tem como
objetivo analisar a oferta de opções vegetarianas nos principais restaurantes e
meios de hospedagem dos bairros Vila e Itaúna, em Saquarema-RJ, e a partir
disso, compreender as lacunas existentes, e assim poder auxiliar na melhoria
dos serviços de estabelecimentos que tenham na alimentação uma forma de proporcionar
a hospitalidade.
Palavras-chave:
Vegetarianismo; Hospitalidade; Meios de Hospedagem; Restaurante
“AUTOMAÇÃO DE UM SISTEMA
DE IRRIGAÇÃO PARA UM VIVEIRO BOTÂNICO EDUCADOR COM UTILIZAÇÃO DA PLATAFORMA
ARDUÍNO”
Paulo Victor Machado do Amaral1, André
Luiz Batouli Santos1
1Escola
Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz
As práticas sustentáveis
devem cada vez mais fazer parte do cotidiano das escolas, para que possam
formar cidadãos e profissionais sensíveis à questão ambiental. Com a atual
degradação ambiental, o uso racional dos recursos naturais, especialmente da
água, é de suma importância para a manutenção desta e das gerações futuras. Um
sistema de irrigação automatizado pode reduzir o consumo de água na produção
vegetal. Neste projeto, temos o objetivo de implantar um sistema automatizado
de irrigação em um viveiro botânico educador. Após a realização de oficinas
dialógicas, o sistema de automatização será construído por professores e
alunos. Com o projeto, esperamos não só capacitar profissionalmente futuros
técnicos em eletromecânica, como também introduzir o conceito de
sustentabilidade, para que possam estar alinhados com tal conceito, tanto na
vida profissional quanto na vida em sociedade.
Palavras-chave:
Eletromecânica; Arduíno; Sustentabilidade; Educação Ambiental
“AVALIAÇÃO DE EVENTOS DE ENCALHES DE
TARTARUGASMARINHAS EM PRAIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO”
Beatriz Domingues da Silveira1 & Raquel de Azeredo Muniz1 1ETEHVM
- Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz
No Brasil, ocorrem cinco espécies de
tartarugas marinhas: Caretta caretta (tartarugacabeçuda), Chelonia mydas
(tartaruga-verde), Eretmochelys imbricata (tartaruga-de-pente), Lepidochelys
olivacea (tartaruga-oliva) e Dermochelys coriácea (tartaruga-de-couro), e todas
frequentam o litoral do estado do Rio de Janeiro. As tartarugas-marinhas
compõem a megafauna marinha, com cinco espécies registradas em águas
brasileiras, todas estas em alguma categoria de ameaça de extinção. Estes
animais apresentam grande importância ecológica, na manutenção da estrutura
trófica dos ambientes marinhos, além de serem considerados importantes
bioindicadores de qualidade ambiental. Sendo assim, o objetivo principal deste
projeto é analisar os dados de encalhes de quelônios (tartarugas-marinhas) em algumas
praias do Estado do Rio de Janeiro, em 2020, para avaliar potenciais variações
espaço temporais destes eventos de mortalidade. Para atingir este objetivo,
foram utilizados os dados de acesso público do Sistema de Informação de
Monitoramento da Biota Aquática (SIMBA), referentes aos PMP-BS - Projeto de
Monitoramento de Praias da Bacia de e do PMP-BC/ES - Projeto de Monitoramento
de Praias das Bacias de Campos e Espírito Santo (PMP-BC/ES). Informações sobre
a distribuição espacial e temporal do encalhe destes animais, foram compiladas
e tratadas, para os municípios de Rio de Janeiro, Niterói, Maricá, Saquarema,
Cabo Frio e Arraial do Cabo. Quanto às análises quantitativas, foi registrado
que o maior número de encalhes foi relacionado à espécie C. mydas, em todos os
locais de estudo, seguida da espécie C. caretta. Ressalta-se o fato de que a
espécie E. imbricata foi observada somente em encalhes em Arraial do Cabo, o
pode estar relacionada à redução das suas populações na costa do Estado do Rio
de Janeiro, visto que esta espécie se encontra criticamente ameaçada de
extinção. Os locais com os maiores números de encalhes destes animais, foram
Cabo Frio e Maricá, e o com menor número de encalhes foi Saquarema. Não foi
observado um padrão temporal de encalhes, nos municípios avaliados.
Palavras-chave: tartarugas-marinhas,
conservação, encalhes, Estado do Rio de Janeiro.
“AVALIAÇÃO DE EVENTOS DE ENCALHES DE
MAMÍFEROS MARINHOS EM PRAIAS DO ESTADO DO RJ.”
Gabriel Sousa Martins1 , Raquel de Azeredo Muniz1 1ETHVM – Escola
Técnica Estadual Hélber Vignoli Muniz
Os mamíferos marinhos se originaram dos
mamíferos terrestres, e pertentem à classe Mammalia, que incluem os cetáceos
(baleias, botos e golfinhos), os pinípedes (leões-marinhos, focas e morsas) e
os sirênios (manatís, peixes boi e vacas marinhas). Estes animais apresentam
grande importância ecológica, principalmente em relação a manutenção da
estrutura trófica dos ambientes marinhos, e são também considerados importantes
bioindicadores de qualidade ambiental. Entretanto, são constantemente ameaçados
pelos impactos provenientes de atividades antrópicas, já que grande parte
destas está relacionada à concentração humana na zona costeira e ao
desenvolvimento desordenado ou irregular de atividades urbanas, industriais,
agrícolas e portuárias. Portanto, o conhecimento sobre a distribuição e
abundância dos cetáceos é de extrema importância, para ações de preservação. O
objetivo principal deste projeto é analisar os dados de encalhes de mamíferos
marinhos em algumas praias do Estado do Rio de Janeiro, entre 2019 e 2021, para
avaliar potenciais variações espaço temporais destes eventos de mortalidade.
Para alcançar este objetivo, foi realizado o levantamento das informações de
distribuição e abundância através da observação de encalhes com dados do
Sistema de Informação de Monitoramento da Biota Aquática (SIMBA), da Petrobrás.
No qual foram analisados: o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de
Santos e das Bacias de Campos e Espírito Santo. Sendo assim, foram analisadas
as informações referentes aos encalhes nos municípios do Rio de Janeiro,
Niterói, Maricá, Saquarema, Cabo Frio e Arraial do Cabo. Como resultados, foram
observadas 18 spp. de mamíferos marinhos encalhados nos locais estudados, ao
longo destes três anos de estudo. De um modo geral, o número de encalhes foi
relativamente baixo, sendo o município do Rio de Janeiro o local com o maior
número de ocorrências (17), seguido de Cabo Frio (11), Maricá (6), Arraial do
Cabo (4) e por último Saquarema, com apenas um encalhe. Não foram registrados
encalhes destes animais em Niterói, ao longo deste período. Este resultado pode
ter inúmeros motivos, como: a diminuição das atividades humanas sobre estes
animais, durante o período de pandemia, e a falta de registro de mortes, em
função do afundamento das carcaças em alto mar, visto que a maior parte das
espécies de mamíferos marinhos é oceânica. Palavras-chave: mamíferos marinhos;
encalhes; conservação; Estado do Rio de Janeiro.
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E DE SAÚDE DE ESTUDANTES
COMO ETAPA PRELIMINAR PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ESCOLA
Bernardo Ribeiro Drummond1,
Crystiane Ribas Batista Ribeiro Garcia2
1Bolsista Projeto Jovens Talentos FAPERJ/FAETEC -
Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz (ETEHVM)
2Professora Orientadora Projeto Jovens Talentos
FAPERJ/FAETEC - Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz (ETEHVM)
Na adolescência, fase que circunscreve a faixa etária de 10 a 19 anos, a
vulnerabilidade em saúde pode ser reduzida mediante o estímulo dos adolescentes
ao exercício da cidadania, ao fortalecimento de seus vínculos familiares e
comunitários e à realização de ações específicas de promoção da saúde (FERREIRA
et al., 2016). Uma ação importante de
promoção da saúde do adolescente refere-se à autonomia e capacitação deste
indivíduo como agente multiplicador de conhecimentos de qualidade em saúde
entre seus pares. Desta forma, conhecer a realidade de vida dos adolescentes no
que tange ao perfil sociodemográfico e de saúde pode ser fator relevante na
formulação de estratégias que visem a promoção da saúde no ambiente escolar,
possibilitando abordagens que possam ser eficazes na condução autônoma de saúde
dos sujeitos. O trabalho tem como objetivo: Caracterizar o perfil
sociodemográfico e de saúde de adolescentes de uma comunidade escolar, tendo em
vista a promoção da saúde na escola. O cenário será uma escola pública do Rio
de Janeiro e participarão estudantes do ensino médio. Trata-se de um estudo
descritivo, exploratório, transversal. A coleta ocorrerá por meio de um
questionário para a caracterização sociodemográfica e de saúde. A análise por
meio de estatística descritiva.
Palavras-chave: Promoção da saúde; Perfil de saúde; Adolescência;
Serviços de saúde escolar.
“PRÁTICAS INVESTIGATIVAS NA ECOLOGIA DOS
ECOSSISTEMAS: atividades experimentais no Laboratório de Meio Ambiente”.
Sara da Silva Nascimento1,2, Sara Lima Maralia1,2,
Krystina Célia da Silva Correia2
1FAETEC - Escola Técnica Estadual Helber
Vignoli Muniz
2Laboratório de Meio Ambiente – ETE Helber Vignoli
Muniz
A trajetória do ensino utilizando como
ferramenta a investigação científica recebeu diversas influências em diversos
períodos históricos. Desta forma, a educação científica surge no século XIX,
com a influência das ideias do filósofo John Dewey. Esta pesquisa visa
desenvolver diferentes abordagens de recursos metodológicos em ambientes
naturais agregados ao espaço do Laboratório de Meio Ambiente da Escola Técnica
Estadual Helber Vignoli Muniz, com o desenvolvimento de projetos de ensino e
pesquisa. Ademais o Laboratório de Meio Ambiente possibilita a oferta de
ferramentas pedagógicas interdisciplinares para os alunos do Curso Técnico em
Meio Ambiente da Unidade Escolar. Para as práticas investigativas limnológicas,
algumas variáveis são consideradas na coleta de material, dentre eles:
temperatura; odor; pH; cor; turbidez; oxigênio dissolvido e salinidade. Esses
parâmetros analisados avaliam os
serviços ecossistêmicos e os eventuais impactos que as ações antrópicas
poluidoras causam às lagoas costeiras, em especial à Lagoa Pernambuca, Araruama – RJ.
Palavras-chave: práticas investigativas;
laboratório de meio ambiente; serviços ecossistêmicos; lagoa Pernambuca.
“ECOLOGIA DO
ECOSSISTEMA: um estudo de caso dos estromatólitos na Lagoa Vermelha - RJ”.
Vitor Olavo de Oliveira Castro Moreira 1,2, Sara Lima Maralia1,2,
Krystina Célia da Silva Correia2
1FAETEC - Escola Técnica Estadual Helber
Vignoli Muniz
2Laboratório de Meio Ambiente – ETE Helber Vignoli
Muniz
Na Costa Brasileira ocorrem diversos tipos de
habitats, formando uma enorme diversidade de ecossistemas. Esta pesquisa tem
como área de estudo a lagoa Vermelha - RJ, uma lagoa costeira hipersalina onde
ocorre estruturas biossedimentares formadas por atividades microbianas
denominadas de estromatólitos. A respeito das origens
da vida no planeta Terra, os estromatólitos apresentam-se como ferramenta
científica a ser utilizada na busca por respostas satisfatórias às questões que
dizem respeito ao surgimento e à evolução das formas de vida. São evidências
deixadas pelas primeiras formas de vida a se estabelecerem no planeta Terra. O
objetivo desta pesquisa é compreender a dinâmica da ecologia da lagoa
Vermelha e as diversidades naturais ao longo da história do planeta. Para o
desenvolvimento deste trabalho, consistiu nas análises de dados referentes ao
levantamento bibliográfico sobre a lagoa Vermelha (RJ). A abordagem é quali-quantitativa, com
realizações de expedições para coleta de água em
frascos plásticos descartáveis onde foram encaminhados para o Laboratório
de Meio Ambiente da Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz/FAETEC visando
análise dos parâmetros físico-químicos tais como amônia (Mg/L), densidade(Kg/m3),
nitrato (Mg/L), nitrito (Mg/L), ortofosfato (Mg/L), oxigênio dissolvido (Mg/L),
pH, salinidade (‰), temperatura (°C) e turbidez (NTU). As análises resultaram na
compreensão da dinâmica do ecossistema e a relação da presença dos
estromatólitos e as esteiras microbianas. Ademais a pesquisa motivou a
valorização da Ciência com o estudo da ecologia do ecossistema e sobretudo à
história da vida na Terra.
PALAVRAS-CHAVE: Ecologia do ecossistema;
estromatólitos; esteiras microbianas; lagoa Vermelha.
“ENSINO POR
INVESTIGAÇÃO: o caso do Rio da Areia”
Letícia Barbosa Mouzer1, André Luiz Batouli Santos1
1Escola Técnica Estadual Helber Vignoli
Muniz
O modelo tradicional de ensino há tempos
vem sendo questionado sobre a sua capacidade de formar cidadãos capazes de
reagir frente às mudanças socioambientais enfrentadas pelas sociedades
modernas. Para além da aquisição dos conteúdos das disciplinas, calcada na
reprodução de conceitos distantes da realidade do aluno, é preciso inserir a
vida cotidiana e os problemas da sociedade no processo de ensino e
aprendizagem. Em especial na disciplina de biologia, encarar os problemas
socioambientais como fonte de aprendizado crítico pode ser uma importante
estratégia pedagógica para a aquisição de conteúdos, mas acima de tudo para o
desenvolvimento de competências e habilidades. Propomos neste projeto uma
sequência de ensino investigativo utilizando como metodologia a Aprendizagem
Baseada em Problemas, que é uma metodologia ativa que estimula a investigação e
a pesquisa, na qual os estudantes de maneira colaborativa constroem
conhecimentos. O projeto vem sendo realizado com alunos de um curso técnico em
hospedagem. Foi aplicado um pré-teste para conhecermos os conhecimentos prévios
dos estudantes acerca de alguns conceitos em ecologia, e sobre os principais
impactos antrópicos rios. Foi realizada uma oficina para apresentação do problema
enfrentado pelo Rio da Areia, localizado em Saquarema, e encaminhamento para a
realização de um webquest. Foi realizada investigação de parâmetros
físico-químicos do Rio da Areia, e os estudantes estão em fase de construção de
resultados para a apresentação final do projeto, onde os grupos apresentarão o
resultado de suas investigações e possíveis soluções para o problema
investigado. Os resultados parciais obtidos demonstram que o ensino por
investigação pode ser uma valiosa ferramenta para uma aprendizagem ativa e
colaborativa, e para o desenvolvimento de competências e habilidades.
Palavras-chave: Aprendizagem Baseada em
Problemas; Ensino Médio; Recursos hídricos
COMO FACILITAR O APRENDIZADO DO INGLÊS PARA PESSOAS COM DISLEXIA
Maria Eduarda Ribeiro da Costa: Milania Dos Santos
Gomez
Faetec Hélber Vignoli Muniz - ETE Bacaxá - Saquarema - RJ
A dislexia é um
problema neurológico que interfere na capacidade de assimilação dos símbolos
gráficos e dos fonemas, dificultando o aprendizado da leitura, escrita, e
mudança dos signos escritos para os signos verbais, com comprovações de que não
se trata de uma doença. De acordo com a Associação Internacional de Dislexia
(IDA - sigla em inglês), a dislexia afeta 10% da população mundial. A
associação calcula ainda que haja mais de 700 milhões de pessoas disléxicas no
mundo, e estima-se que 4% da população brasileira tenha dislexia, o que
representa mais de 8 milhões de pessoas. Presente na vida dos afetados pelo
transtorno desde a infância, a dislexia traz consequências tanto cognitivas,
quanto sociais, gerando timidez e sentimento de inferioridade, oriundos das
relações com professores, pais, colegas de turma, dentre outros; corroborando,
muitas vezes com o surgimento do bullying que, comumente é ignorado no contexto
educacional, familiar e social. Em função das limitações, crianças com dislexia
recebem adjetivos pejorativos como: burra, lerda, sem noção, e etc. A
aprendizagem no geral nos ensina a conviver, e mesmo que possa parecer mais
difícil para pessoas disléxicas, ela é tão importante quanto o aprendizado
didático feito da forma correta, tendo em vista a necessidade de explorar todas
as áreas (motora, didática e social). A situação fica muito mais complicada
quando se trata do aprendizado de uma segunda língua, como o inglês, para uma
pessoa com dislexia, pois a similaridade entre escrita e fala é de apenas 13%,
dificultando assim, todo o processo de aprendizagem. A língua inglesa é
atualmente o segundo idioma mais falado no mundo ocidental (com cerca de 1.2
bilhões de falantes), sendo a língua oficial de 53 países e a comunicação
internacional mais utilizada. Se para a população brasileira apenas 5% se
encontra sabendo falar inglês, a quantidade de disléxicos, sem dúvida é menor,
embora não haja registro de dados específicos, pautamo-nos nas dificuldades
enfrentadas por eles para tal afirmação. Haja vista que, para um aluno com esse
transtorno, aprender uma língua estrangeira requer orientação especializada,
que muitos brasileiros não têm acesso, pois estes institutos são privados,
caros e o ensino público ainda não oferece um ensino voltado para esses alunos,
ignorando, assim, a inserção destes no mercado de trabalho com melhor
qualificação. Nesse sentido esse estudo levanta hipótese de que fracasso desses
alunos possivelmente ocorre pela falta de qualificação especializada e
consequentemente de entendimento do professor de que casa aluno tem o seu tempo
e a sua forma de aprendizado assim como metodologias que atendem às
necessidades desses aprendizes, com a compreensão de que, para a aquisição de
uma segunda língua para essas pessoas, é preciso contornar a dificuldade que
está relacionada a um ambiente não adaptado para pessoas disléxicas.
Palavras-chave: Dislexia; inglês;
aprendizado.
“CAPTAÇÃO
DA ÁGUA DA CHUVA PARA A IRRIGAÇÃO DE UM VIVEIRO BOTÂNICO EDUCADOR”
Lucas Teixeira Macedo1, André Luiz Batouli Santos1
1Escola Técnica Estadual Helber Vignoli
Muniz
O conceito de sustentabilidade deve ser
cada vez mais difundido e praticado em nossa sociedade. Inserir a escola nesta
temática, e desenvolver práticas educativas alinhadas à necessidade de formação
de um indivíduo consciente sobre as questões ambientais da atualidade, se torna
de fundamental importância, não só para a formação profissional, como também
para a aquisição de condutas sustentáveis em sua vida pessoal e em sociedade.
Sendo assim, propomos a construção de um sistema de captação da água da chuva
para a irrigação de um viveiro botânico educador, como forma de mobilizar a
comunidade escolar em práticas sustentáveis. A partir da sensibilização inicial
sobre a importância da conservação dos recursos hídricos e de oficinas
dialógicas sobre a temática, pretendemos não só o desenvolvimento do sistema de
irrigação, mas também sensibilizar a comunidade escolar sobre as questões
ambientais e formar técnicos em edificações com a preocupação da
sustentabilidade ambiental em seus projetos profissionais.
Palavras-chave: Construções sustentáveis;
Educação Ambiental; Recursos hídricos
OFICINAS DE MODELAGEM DIDÁTICA SUSTENTÁVEL DO
SISTEMA REPRODUTOR HUMANO
A ESCOLA COMO AMBIENTE PROMOTOR DA SAÚDE
Giovanna Cardoso Carneiro1,
Crystiane Ribas Batista Ribeiro Garcia2
1Bolsista Projeto Jovens Talentos FAPERJ/FAETEC -
Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz (ETEHVM)
2Professora Orientadora Projeto Jovens Talentos
FAPERJ/FAETEC - Escola Técnica Estadual Helber Vignoli Muniz (ETEHVM)
O ambiente escolar é um espaço potencial para criar ações que favoreçam
a formação de adolescentes com metas para alcançarem competências necessárias à
promoção da saúde. O conhecimento da
anatomofisiologia reprodutiva pode capacitar o adolescente, portanto, a tomar
decisões importantes no que se refere à sua saúde reprodutiva. Um recurso alternativo eficaz para o
processo de ensino-aprendizagem apontado por diversos autores é a confecção de
modelos didáticos, possibilitando ao estudante participar de forma ativa da
construção do seu próprio conhecimento, interagindo com colegas de classe e
expressando sua opinião. A utilização de materiais recicláveis para sua confecção poderá ser uma
ferramenta eficaz no sentido de promover a articulação entre saúde e ambiente
de forma sustentável e interdisciplinar. Desta forma, o trabalho tem como objetivos: Desenvolver
oficinas para a construção de modelos didáticos sustentáveis do sistema
reprodutor humano com estudantes do ensino médio, tendo em vista a promoção da
saúde na escola; Identificar o conhecimento prévio dos estudantes acerca do
sistema reprodutor humano; Discutir com estudantes do ensino médio temas articulados
com a reprodução humana, como IST, métodos contraceptivos, projeto de vida;
Discutir com estudantes do ensino médio o reaproveitamento de materiais para
fins educativos. Participarão do estudo estudantes do ensino médio de uma
escola pública, utilizando-se oficinas e questionário para coleta de dados.
Será feita a análise estatística descritiva e comparativa entre o conhecimento
prévio dos estudantes e o adquirido após a produção da modelagem nas oficinas.
Espera-se fornecer subsídio teórico-prático aos estudantes que consolide o
conhecimento acerca do sistema reprodutor humano, tornando-os autônomos no
processo de condução da saúde destes, estendendo-se à promoção da saúde da
comunidade escolar, de seus familiares e da comunidade em geral.
Palavras-chave: Promoção da Saúde; Adolescência; Ensino Fundamental e
Médio; Saúde Reprodutiva; Modelagem Didática.
CEMEF
A FUNABEM NOS JORNAIS DO RIO DE JANEIRO
NA DÉCADA DE 1960
Karine Martins da Silva e Rayssa Vieira Santos Macedo 1 Luiz Carlos R. de Sant’ana
1 Escola Técnica Estadual República (ETER – FAETEC) e são bolsistas do
Centro de Memória da FAETEC (CEMEF)
O Centro de Memória da FAETEC
(CEMEF/FAETEC) coordena os Centros de Memória das Escolas da Rede FAETEC
promovendo, incentivando e desenvolvendo projetos específicos, relacionados à
memória e história de suas unidades componentes. O CEMEF vem realizando
pesquisas sobre as instituições que precederam a Escola Técnica Estadual
República, no Campus de Quintino, sede da Rede. Desde a transposição da Escola XV,
em 1907, de São Cristóvão para a área da antiga Fazenda da Bica, diversas
estruturas de gestão foram se alternando no controle de unidades educacionais e
corretivas que foram sendo instaladas no entorno. Referimo-nos ao Instituto 7
de setembro (1932), ao Serviço de Assistência ao Menor (SAM, de 1941), à
Fundação Nacional do Bem-estar do Menor (FUNABEM, 1964), à Fundação Centro
Brasileiro da Infância e da Adolescência (1990), ao Centro de Ensino Integrado
(CEI, de 1995), à Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC, 1997). Parte da
documentação do período FUNABEM, inclusive, encontra-se sob nossa guarda. São
alguns milhares de prontuários, registros fotográficos, documentos
administrativos etc. Pois bem, o trabalho desenvolvido com esta turma de Jovens
Talentos (2021-22), retoma um levantamento que estamos realizando sobre o
período da FUNABEM. Inicialmente, levantamos todas as ocorrências sob o
descritor “Escola XV”, existentes na hemeroteca da Biblioteca Nacional,
relativos à década de 1960. Desta feita, estamos mapeando todas as referências
ao descritor “FUNABEM”, no mesmo período. Trata-se de 180 ocorrências,
distribuídas em nove jornais. Nessas matérias, artigos, cartas de leitores,
podemos constatar uma série de notícias, incidentes, práticas, atividades
pedagógicas e administrativas. Também é possível rastrear expectativas e juízos
que esses periódicos tinham (ou deixavam entrever) sobre a Escola XV-FUNABEM e
suas congêneres, no Rio de Janeiro de então, marcado pelos anos iniciais da
Ditadura civil-militar, estabelecida a partir de abril de 1964.
Palavras-chave: FUNABEM; Escola XV; Educação Técnica e
profissionalizante.
INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT
“PODCAST VISÃO DE CEGO:
Utilização de Recursos Digitais Acessíveis no Âmbito da Deficiência Visual”
Fillip Márthin de
Sousa Paulino1, Rafael Nunes Santana Barbosa1, Verônica
Eliris da Silva1, Maria Luciene de Oliveira Lucas2, Vitor
Padilha Gonçalves2
1 Instituto Benjamin Constant / IBC). End. Av.
Pasteur, 368 - Urca, Rio de Janeiro - RJ, 22290-255386.
2 Professor(a) de Informática do Departamento de
Educação / IBC.
O surgimento da Internet tem um papel muito
importante no sistema educacional e profissional, pois possibilita o acesso a
conteúdos multimídia, sem barreiras de tempo, nem de espaço. Tornando grande
parte dos ambientes acessíveis as Pessoas com Deficiência Visual. A utilização
das mídias digitais acessíveis faz com que as informações cheguem com mais
facilidade e praticidade a qualquer pessoa. Pensando neste contexto, trouxemos a
problemática de como as mídias sociais e digitais podem contribuir para a
formação dos futuros técnicos, de todas as modalidades e cursos, do Instituto
Benjamin Constant. Sendo assim, o objetivo Geral é promover a utilização dos
recursos digitais acessíveis, Podcast
e Youtube, para as Pessoas com
deficiência visual no mercado de trabalho. Buscando atingir o máximo de jovens
com deficiência visual para utilizar estas ferramentas em seus empreendimentos
e negócios futuros, assim como levar a inclusão digital destes alunos no
mercado de trabalho e na sociedade.
Palavras-chave: Inclusão; Tecnologia Acessível; Informática
ATIVIDADES PEDAGÓGICAS ACESSÍVEIS PARA O
DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO COMPUTACIONAL DESPLUGADO COM FOCO NO ENSINO PARA
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL.
Joyce Miranda dos Santos1, Geovane de Souza Bezerra1, Juliana
Aparecida Ferreira Gonzaga1, Marcos Vinícius Amaral Coelho1
1Instituto Benjamin Constant - IBC
O domínio sobre habilidades digitais tem
se tornado uma exigência para a inserção exitosa de profissionais no mercado de
trabalho. A vulnerabilidade da infraestrutura de instituições de ensino é um
dos motivos que limitam o uso de ferramentas tecnológicas em planos
pedagógicos. O desenvolvimento do pensamento computacional, por meio da
computação desplugada, é uma alternativa para esse problema, uma vez que não
exige o uso de computadores ou tecnologias específicas. Atualmente, existem
ambientes na Internet que propõem atividades para o desenvolvimento do
pensamento computacional desplugado. Entretanto, muitas dessas atividades
sugerem a utilização de recursos puramente visuais, baseados em desenhos e
elementos gráficos, tornando-os inacessíveis para alunos com deficiência
visual. Nesse contexto, este projeto tem como objetivo desenvolver, com o
auxílio dos alunos com deficiência visual, uma pesquisa focada na adequação de
recursos acessíveis para assegurar que as atividades desplugadas sejam
inclusivas. Até o momento, os alunos do projeto foram capacitados, a fim de
garantir o entendimento deles sobre os pilares do pensamento computacional.
Além disso, foi feito o levantamento de dez sites voltados para o pensamento
computacional desplugado, mas cujos materiais não se encontram acessíveis para
a pessoa com deficiência visual. No momento, está sendo feito um estudo sobre
como esses materiais podem ser adaptados e como recursos de apoio podem ser
desenvolvidos para atingir o objetivo proposto. Como trabalho futuro, espera-se
disponibilizar essas propostas de forma online para que professores possam
utilizá-las em sala de aula.
Palavras-chave: pensamento computacional desplugado; deficiência
visual; inclusão.
IFF CAMPUS MARICÁ
Visibilizando saberes indígenas através
da pesquisa em uma escola pública.
, Alicia Ribeiro1 , Julia Quintanilha2 ; Aline da Silva Azevedo de
Carvalho3
1;2 Estudantes do curso de meio ambiente do IFF Campus Avançado
Marica.
3 Professora orientadora do IFF Campus Avançado Marica;
O tratamento obrigatório da questão
indígena no ambiente escolar, previsto pela lei 11645/08, em muitos contextos
escolares tem se limitado às celebrações do dia "do índio". Nosso
projeto, intitulado Compartilhando saberes indígenas (COSAI) foi pensado a fim
de intervir nesse processo de silenciamento e exclusão dos saberes indígenas na
escola. De modo geral temos com objetivo mapear, divulgar e incentivar a
leitura de autoras/es indígenas. Nessa comunicação pretendemos compartilhar as
ações em curso na visibilização desses saberes.
CRISTÃOS NA RUA, JUDEUS EM CASA: OS CRISTÃOS-NOVOS NA FORMAÇÃO DO
BRASIL
Daphiny Brangel Freitas, Marcelo José Almeida
Guimarães, Fernando Gil Portela Vieira
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Fluminense - Campus Avançado Maricá
Muitos
aspectos da sociedade colonial portuguesa no atual território brasileiro são
bem conhecidos: as escravizações ameríndia e africana, o tráfico atlântico de
escravizados e a exclusividade do comércio colonial com a metrópole. Todavia,
uma dimensão menos divulgada dessa realidade é a institucionalização da
“limpeza de sangue”. Esse mecanismo legal impedia os descendentes dos judeus
batizados à força em Portugal no final do século XV de acessarem cargos
eclesiásticos, militares, administrativos e até mesmo de ingressarem nas
instituições oficiais de ensino. Esses indivíduos, chamados de
“cristãos-novos”, além da discriminação institucionalizada, sofriam a suspeita
de, em segredo, praticar a religião judaica de seus antepassados, tornando-os -
aos olhos da sociedade “cristã-velha” - alvos preferenciais do Tribunal da
Inquisição. Essa instituição, criada pela Coroa portuguesa sob autorização do
papado na primeira metade do século XVI, era responsável por zelar pela
ortodoxia católica e combater as heresias (afirmações contrárias aos dogmas do
catolicismo). Dada a má fama dos cristãos-novos, esse grupo foi a principal
vítima do mecanismo da “limpeza de sangue” e da ação inquisitorial na metrópole
e em suas colônias, inclusive as capitanias do Brasil. Embora a América
Portuguesa nunca tenha abrigado uma das sedes do Tribunal da Inquisição - os
suspeitos de heresia residentes no Brasil eram processados em Lisboa -, o medo
das delações e o clima de suspeição que se abatia sobre os “conversos” deixou
marcas na colonização do Brasi. O projeto de pesquisa deseja contribuir para
divulgar a história da presença dos cristãos-novos na América Portuguesa e como
suas vivências participaram na construção da sociedade colonial em terras
brasílicas.
Palavras-chave:
cristãos-novos; limpeza de sangue; América Portuguesa; Tribunal da Inquisição.
Aprendizagem Baseada em Projeto e História em
Quadrinhos: uma combinação para melhorar o ensino de Física
Francismar Rimoli Berquó1, Beatriz Silva da Cunha2,
João Gabriel Feitosa Nieva3
1,2,3Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense - Campus Avançado Maricá.
Ao estudar a ementa da disciplina Física, o
professor começa a pensar na melhor forma de trabalhar estes conteúdos para
melhorar o ensino e aprendizagem de Física. Em pleno século XXI, existem
metodologias que estão sendo trabalhadas em sala de aula para motivar o aluno
na aprendizagem de Física, por exemplo, a aprendizagem baseada em projeto
(ABP). Esta metodologia irá desenvolver no aluno habilidades e conhecimentos
para buscar respostas para um determinado projeto, onde o trabalho coletivo
será importante para o desenvolvimento deste projeto estimulando todos
envolvidos através das funções que deverão ser executadas. Também, não podemos
ignorar o cotidiano, porque ele nos informa alguns caminhos que podem ser
trilhados, principalmente, com a tecnologia que está sendo disponibilizada. Ao
olhar alguns meios de comunicação como revistas, livros, jornais, sites etc. as histórias em quadrinhos
(HQs), muitas das vezes, estão presentes nas vidas dos jovens e trazem
informações associando textos e imagens. Com isso, os objetivos deste projeto
de pesquisa visam mesclar ABP e as HQs, onde a experiência criada com os
desafios/contribuições encontrados(as) no desenvolvimento do projeto sendo
relatados(as) em quadrinhos que podem ser produzidos em sites específicos para esta finalidade. Isto poderá trazer uma
motivação para os alunos em aprender Física. Além de mostrar ao professor de
Física que não precisa ter uma afinidade com desenhos, porque alguns sites podem colaborar com as produções
das HQs. Por fim, pretende-se divulgar o trabalho desenvolvido no projeto de
pesquisa em eventos oficiais e, se for o caso, produzir uma escrita para enviar
para alguma revista da área.
Palavras-Chaves: Ensino de Física; História em
quadrinhos; Aprendizagem Baseada em Projetos.
As histórias em quadrinhos como recurso
didático
para melhorar o ensino de Física
Francismar Rimoli Berquó1, Bianca Fernandes Fonseca
Paltriniere2
1,2 Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense - Campus Avançado Maricá.
Este trabalho tem por finalidade associar o ensino
de física, as histórias em quadrinhos (HQs) e a prática experimental para
melhorar o ensino e aprendizagem de física. A prática experimental, muitas
vezes, é trabalhada com um roteiro que envolve texto e fórmulas para chegar num
objetivo. Nem sempre o aluno consegue entender as informações disponíveis,
ficando um pouco confuso em compreender a atividade, o que está medindo e o que
vai calcular no final. Para melhorar esse cenário, o uso das HQs, muito lida entre
os jovens, possui um potencial em associar texto e imagens com uma narrativa
divertida, acompanhando a realidade do aluno e, ao mesmo tempo, incentivando o interesse pelos conteúdos de física. Com o
avanço da tecnologia, as dificuldades apresentadas na criação das HQs
não são mais desafios, porque existem plataformas que podem ajudar a produzir
as HQs para atender o planejamento e por as ideias dos professores de física em
prática. Um exemplo desse avanço tecnológico que pode colaborar na criação das HQs
é o storyboardthat que foi usada
neste trabalho. Por fim, esse trabalho disponibilizará duas HQs voltadas para o
ensino de física usando a prática experimental, onde os conteúdos sobre a Lei
de Hooke e densidade, onde a pesquisa estar focada na descoberta do material
que um objeto foi feito. Logo, um cilindro de metal maciço será disponível como
exemplo para desenvolver essas duas experiências. Este material didático ficará
disponível para os professores de física usarem nas suas aulas complementando o
seu planejamento.
Palavras-chave: Ensino de Física; Histórias em
quadrinhos; Prática Experimental.
TEATRO JORNAL ON LINE JANELAS ESTÉTICAS
EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL
Manuela Batista Nogueira 1 , Daniel Pádua 2 , Valentina Lopes 3 ,
Emanuele de Castro 4 , Karen Nunes 5 1 Professora EBTT Artes - Instituto
Federal Fluminense-campus Maricá 2 Aluno do Curso de Edificações - Instituto
Federal Fluminense-Campus Maricá 3 Aluna do Curso de Meio Ambiente - Instituto
Federal Fluminense-Campus Maricá 4 Aluna do Curso de Edificações - Instituto
Federal Fluminense-Campus Maricá 5 Aluna do Curso de Edificações - Instituto
Federal Fluminense-Campus Maricá
O “Teatro Jornal na Educação on line:
janelas estéticas em tempos de isolamento social” se apresenta como um projeto
de pesquisa capaz de colaborar com o desenvolvimento pedagógico, sensível e
educacional na atualidade pandêmica, pois estimula a potencialidade criativa
por meio da prática lúdica do teatro e proporciona a experiência da troca, da
coletividade, da escuta e da solidariedade. A metodologia do Teatro Jornal
envolve um processo muito instigante que estimula a leitura, o trabalho em
grupo, a pesquisa e o caráter transdisciplinar a partir da escolha de temáticas
diversas que ampliam o escopo acadêmico dos educandos. O caráter lúdico da
prática teatral possibilita ainda, uma abertura de horizontes e expressividade
diante das telas digitais que limitam o uso da corporalidade no processo
educacional. A educação em tempos pandêmicos vem apresentando desafios
inusitados no processo de ensino e aprendizagem de alunos e alunos em todo
mundo. O ensino remoto, que a princípio visava ser empregado em caráter
emergencial, está ganhando espaço e certamente fará parte do cotidiano de
milhares de educandos. O Instituto Federal Fluminense vem construindo um modelo
de ensino remoto que valoriza tanto as habilidades cognitivas, quanto o
desenvolvimento humano de nossos alunos e alunas. Nesse sentido, a instituição
vem destacando a importância do trabalho síncrono, do atendimento
personalizado, diagnosticando as necessidades de cada educando durante este
processo tão delicado e complexo. Ações pedagógicas que colaboram com a prática
do cuidado emocional ganham destaque e se colocam como de suma importância em
conjunto com o aprendizado de conteúdos. Dessa forma o “Teatro Jornal na
Educação: janelas estéticas em tempos de isolamento social” se apresenta como
um projeto de pesquisa capaz de colaborar com o desenvolvimento pedagógico e
sensível no processo educacional, pois estimula a potencialidade criativa por
meio da prática lúdica do teatro e proporciona a experiência da troca, da
coletividade, da escuta e da solidariedade. O Teatro Jornal se configura como
uma técnica do Teatro do Oprimido que objetiva despertar o pensamento crítico,
a capacidade estética e a criatividade por meio do teatro político de Augusto
Boal, onde a encenação de notícias por meio do uso da colagem artística,
desvenda a realidade, mostra ao público algo que ele ainda não enxergou, e faz
a “crítica da camuflagem e da falsificação da realidade (RANCIÈRE, 2012)” pelos
meios de comunicação de massa. A metodologia do Teatro Jornal envolve um
processo muito instigante que estimula a leitura, o trabalho em grupo, a
pesquisa, o movimento expressivo e o caráter transdisciplinar a partir da
escolha de temáticas diversas que ampliam o escopo acadêmico dos educandos
Palavras-chave:
Teatro-Educação, Teatro Jornal, Educação On Line, Teato do Oprimido, Pandemia
IFF-MOVIMENTA CORPO-ESCOLA EM AÇÃO
Manuela Batista Nogueira 1 , Renato Assumpção
2 , Dandara Azevedo 3 , Maria Eduarda Chatack 4 1 Professora EBTT Artes -
Instituto Federal Fluminense-campus Maricá 2 Aluno do Curso de Edificações -
Instituto Federal Fluminense-Campus Maricá 3 Aluna do Curso de Meio Ambiente -
Instituto Federal Fluminense-Campus Maricá 4 Aluna do Curso de Edificações -
Instituto Federal Fluminense-Campus Maricá
IFF-MOVIMENTA: corpo-escola em ação é um
projeto de pesquisa-ação que propõe problematizar, refletir e desenvolver as
relações entre corpo, movimento e escola, dentro de uma perspectiva do campo da
Diversidade e da Diferença. Como processo de ação-intervenção busca construir
com a comunidade espaços para a promoção de práticas corporais, esportes e
danças que valorizem a multiplicidade de saberes, fazeres e culturas. Enquanto
pesquisa, quer investigar as impressões, aprendizados e possíveis
transformações do corpo escolar ao longo do processo e quem sabe, estabelecer
novas ações-intervenções nos espaços-tempo do IFF Maricá. E nesse sentido,
teremos algumas perguntas que irão seguir nossos movimentos ao longo da
pesquisa: O que sabemos do nosso corpo e o que podemos fazer, praticar e
experimentar no retorno à vida escolar? Essas práticas podem construir novas
relações com o espaço-tempo do IFF Maricá? O que é possível aprender e como
esta experiência é incorporada ao processo de aprendizagem? O projeto se insere
na proposta metodológica da pesquisa-ação, que propõe levantar, estudar e
apresentar atividades físicas, danças e esportes, e qualquer prática ou
atividade física que pense e atue dentro da perspectiva da diversidade de
gênero e sexualidade, promovendo o acesso e a inclusão. Nesse sentido, o
projeto pretende trazer para a escola, por meio da prática e da pesquisa de
campo, o debate acerca das potencialidades no processo de valorização das
diversidades em modalidades e atividades físicas variadas. Como resultado,
pretende-se promover a inserção dos alunos na prática de atividades e
modalidades, promovendo o bem-estar e a democratização do acesso. Ainda,
avaliar os impactos dessas intervenções no processo de aprendizagem dentro do
ambiente escolar, bem como, na relação com a comunidade.
Palavras-chave: Corpo na Pesquisa
Educacional, Cultura Corporal, Práticas Corporais, Movimento, Corpo-escola.
IFFaz: uma análise sobre o movimento formador dos
egressos do IFF Maricá como contributo ao Plano de Permanência e Êxito do atual
corpo discente deste campus.
Raquel Freitas de Lima1, Miguel Pereira da Silva2
IFF- Instituto Federal Fluminense – Campus Avançado Maricá3
Este projeto insere-se no campo da linguagem e tem
por objetivo geral mapear o movimento formador dos egressos do IFF Campus
Maricá desde sua fundação no ano de 2015.
A finalidade é, por meio desse mapeamento, coleta de informações dos
egressos e respectiva análise investigativa, estimular o corpo discente atual.
Além disso, esta pesquisa visa contribuir para a promoção de ações que se
verifiquem necessárias em prol da Permanência e do Êxito de nossos alunos e
alunas atuais até a conclusão do ensino técnico integrado ao Ensino Médio.
Dessa forma, este projeto dialoga com as preocupações da Pró-reitoria de Ensino
(PROEN) principalmente no que tange à sua quarta dimensão orientadora: o
vínculo entre o IFF e a comunidade.
Palavras-chave: egressos; mapeamento, permanência e
êxito.
O JOVEM E O LIVRO
Camila Santos Soares Silva, Júlia Rolim de Oliveira Costa, Maria Eduarda
Pita dos Santos, Regiane de Souza Costa – Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Fluminense, Campus Avançado Maricá.
A partir das noções circuladas e referências
cotidianas de que o jovem lê cada vez menos e se engaja cada vez mais em jogos
eletrônicos e redes sociais, esta pesquisa problematiza a relação juvenil com a
leitura de livros no contexto contemporâneo, partindo da pergunta central "qual o papel dos livros na vida
do estudante do Ensino Médio?". Objetivamos compreender o lugar ocupado
pelos livros na vida dos estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Fluminense, Campus Avançado Maricá (IFF-Maricá),
desdobrando as traduções sobre os tipos de livros mais lidos, a quantidade de
livros lidos, as razões pelas quais não se lê, os espaços-tempos da leitura e
voltados para a leitura, os meios de leitura (impresso, digital), as motivações
(acadêmicas, lazer, cultura, trabalho) para a leitura e os fatores sociais,
econômicos, culturais e escolares que perpassam a construção do hábito de ler.
Dialogando com referências da Pesquisa em Educação e Pesquisa Social realizamos
estudos e discussões sobre a leitura em tempos atuais e seus desdobramentos no
movimento geracional e social e criamos um instrumento metodológico -
questionário/formulário -, através do Google
Forms, voltado para os estudantes dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino
Médio do IFF-Maricá. Salientamos a necessidade de conhecer e acompanhar as
impressões juvenis sobre a leitura, bem como dialogar com os anseios e
traduções dos participantes, visando sensibilizá-los para a importância de ler
enquanto processo formativo para além dos objetivos escolares. Em tempos de
subtração de espaços de leitura, diversificação das fontes informativas,
ascensão e velocidade de propagação de informações em redes sociais e tendência
à expressão de opiniões e percepções pessoais em espaços digitais, coletivos e
em rede, recuperar a leitura enquanto instrumento de aprofundamento de
conceitos e levantamento de interpretações e sua veracidade são requisitos
necessários para a formação humana no diálogo com as novas configurações
voltadas para compreensão da realidade.
Palavras-chave: livro; leitura; jovens.
MÉMORIAS DE UMA PANDEMIA:
A ESCOLA DO SENTIR FRENTE AOS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
Cintia do Couto Nunes, Julia
Perrota de Lima Branco, Regiane de Souza Costa – Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Fluminense, Campus Avançado Maricá.
Considerando a retomada presencial das
atividades que constituem o contexto humano, em função dos desdobramentos da
pandemia da COVID-19, esta pesquisa objetiva conhecer as experiências juvenis construídas durante o período
de isolamento social, suas memórias e seus significados. Reafirmando a defesa
pela vida, tão fortemente manifestada diante dos impactos da pandemia,
apontamos que a nossa existência, a escola e o nosso lugar público não se
negociam. Nesse movimento, apresentamos três referências para diálogo e estudo:
a Educação como interesse e entusiasmo pelo/a outro/a, logo, interesse pelo
mundo; a Escola como afeto, como espaço-tempo de permanência e de ser o que se
é ou se quer ser; e a Experiência humana construtora do tempo, destacando os
processos formativos num espaço-tempo escolar que precisou ser reinventado.
Conversando sobre a necessidade de firmarmos os princípios da escola na
contemporaneidade destacamos a necessidade de considerarmos a escola como a
'escola do sentir'. Contando com a metodologia de Pesquisa em Educação,
realizamos, num primeiro momento, leituras e conversas sobre textos acadêmicos
e análise de narrativas produzidas por estudantes durante a pandemia e
construiremos instrumentos de coleta de dados e diálogo com os participantes,
através de questionários/formulários e entrevistas, ambos voltados para os/as
estudantes dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio, do IFFLUMINENSE, Campus Avançado Maricá. A ideia central
é que essa pesquisa seja realizada com, pelo/a e para o/a outro/a, acolhendo,
afetando-se e construindo ações que culminem numa produção coletiva sobre as
memórias da pandemia, na perspectiva da escrita como Ensaio. Rememorando alguns
propósitos da Pedagogia Crítica é tempo da escola conjugar os verbos reafirmar,
resistir e enfrentar, a partir das fragilidades expostas e dos desafios postos
pelos impactos da pandemia, que traduzem seus ecos que seguem e seguirão por
algum tempo nos arranjos educacionais.
Palavras-chave: escola; experiência; pandemia.
MEU CORPO NA PANDEMIA:
EXPERIÊNCIAS COM AS REDES SOCIAIS
Maria Eduarda de Mesquita Menezes Cunha, Talles Lannes Guastavino, Yulle
Farias e Souza, Regiane de Souza Costa – Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia Fluminense, Campus Avançado Maricá.
Provocada pelas possibilidades de reinvenção da
vida, do corpo, do trabalho, da escola, das relações sociais e das ações
conjugadas no período da pandemia da COVID-19, esta pesquisa problematiza a
relação entre corpo, redes sociais e pandemia, considerando o período mais duro
do contexto pandêmico destacando o isolamento social, o ensino e o trabalho
remotos e os novos arranjos das relações familiares, domésticas e
socioculturais, bem como os impactos gerais (coletivos e individuais) na luta,
resistência e direito à vida; e o contexto de retorno presencial, circulado
como "novo normal". Objetivamos compreender como tem sido construídas
as experiências corporais e seu diálogo com as redes sociais, conhecendo as
impressões de mundo/vida/experiência/corpo dos estudantes do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia
Fluminense, Campus Avançado
Maricá (IFF-Maricá). Contando com referências da Pesquisa em Educação, Pesquisa
nos/dos/com os Cotidianos e Pesquisa Social realizamos leituras e discussões,
aprofundando o eixo temático corpo, corporeidade e educação midiática. Com
escuta e olhar atentos, acolhemos as manifestações do que se sente/vive durante
o isolamento social, propondo uma oficina na Semana de Ensino, Pesquisa,
Extensão e Cultura, remotamente em 2021, intitulada “Quando voltarmos à
escola…", produzindo e publicando uma carta coletiva sobre quereres,
emoções e sentimentos, rememorando e desejando a escola presencial. Como
instrumento de mediação e inserindo-se no movimento de diálogo e reflexão com
as redes sociais, criamos um perfil no Instagram
(@corporalmente_iff) para registros e conteúdos imagéticos e conversações,
convidando a pensar-sentir-agir sobre o que estudamos, compartilhando
saberes-fazeres entre ensino e pesquisa e ampliando a reflexão sobre corpo: em
sua integralidade, multiplicidade formativa e relação com o contexto.
Considerando as questões cotidianas observadas/sentidas, a partir da relação
corpo-escola e corpo-redes sociais, circulamos um questionário, através do Google Forms, voltado para os estudantes
dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio do IFF-Maricá. Fortalecemos a
defesa pelo corpo multifacetado, através da Corporeidade, subvertendo a ideia
que o reduz às demandas biológicas, religando saberes entre corpo-mente, razão-emoção,
pensar-agir, sentir-fazer e ter-ser um corpo. Pensamos corpo-corporeidade para
o autoconhecimento, autoaceitação, diversidade e singularidade. Compartilhamos
a perspectiva de corpo livre: potente para ser o que se é, problematizar as
padronizações e normatizações da existência, se reinventar diante dos desafios
e compreender as manifestações da vida junto às redes sociais.
Palavras-chave: corporeidade; pandemia; redes
sociais.
me formei. e agora?
Clara Soares Peixoto1, Yasmin Dias Neonilo da Silva1,
Samuel Ribeiro de Almeida1
1Instituto Federal Fluminense – Campus Avançado
Maricá
Ao adentrar no Ensino Médio, muitas vezes não temos
a menor ideia do que fazer depois que nos formarmos. “Quais caminhos podemos
seguir? Faculdade, trabalho, os dois? O que faço com o curso técnico? E se eu
quiser trabalhar? Qual o melhor caminho: uma empresa privada? Um concurso?
Empreender? Como administrar melhor o dinheiro que receberei no meu futuro
trabalho? Será que dá para investir?” Pensando nessas questões, esse Projeto de
Pesquisa se propõe a auxiliar os alunos a pensar e vislumbrar alguns dos
possíveis caminhos que podem ser seguidos após a conclusão do Ensino Médio
Técnico Integrado, bem como os limites legais da profissão. Além disso, o projeto
também busca interagir com profissionais que queiram compartilhar suas
experiências, além de apontar algumas das possibilidades já seguidas em suas
trajetórias.
Palavras-chave: Educação, Cursos técnicos, Carreira
Profissional.
coletivo de estudos e pesquisa
em geografia
Gabriella Lourenço Soares; Lívia Ferreira Pinho de Almeida; Tássia
Gabriele Balbi de Figueiredo e Cordeiro
Instituto Federal Fluminense/Campus Avançado Maricá
A presente pesquisa está em sua fase inicial e tem
por objetivo contribuir com a articulação entre os eixos de ensino, pesquisa e
extensão no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Fluminense/Campus Avançado Maricá, no âmbito do componente curricular de
geografia. Nesse sentido, a proposta consiste na criação de um Coletivo de Estudos e Pesquisa em Geografia,
como um espaço de prática e difusão do conhecimento científico, bem como
instrumento para a aplicação de estratégias de ensino, tendo como fundamento
metodológico a pesquisa-ação. A
abordagem do estudo tem natureza qualitativa, considerando a revisão de
literatura sobre a temática e a análise documental, mas incorpora dados
quantitativos, a serem obtidos a partir da coleta de informações sobre o
rendimento escolar, as dificuldades e demandas dos e das estudantes do campus, levantados por meio de
questionários e dados institucionais. Teoricamente, temos por base uma
orientação pautada pela práxis, na
perspectiva da educação popular e do ensino integrado. Ancorados nos
resultados colhidos, partiremos para a etapa de análise, organização e oferta
de atividades de intervenção, tais como grupos de estudos, monitorias,
oficinas, minicursos etc. Em síntese, através da investigação do processo de
ensino-aprendizagem de geografia, o projeto visa propor estratégias e
ferramentas que possam auxiliar não apenas o rendimento escolar, como também
estimular a pesquisa científica e contribuir na apreensão e aplicação dos
conhecimentos geográficos.
.
Palavras-chave: ensino de geografia; pesquisa-ação;
educação popular; ensino integrado.
Um olhar
retrospectivo sobre o ensino remoto emergencial durante a pandemia de COVID 19
Camile Vitória de Souza Rocha, Rodrigo
Araújo Baldessarini; Thamiris
Oliveira de Araujo
Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia Fluminense
A pandemia causada pela COVID-19 obrigou que
diversas instituições de ensino ao redor do mundo fechassem suas portas e
buscassem soluções para manter seus discentes estudando em suas casas. Diante
dessa urgência, as tecnologias digitais passaram a figurar como recurso
pedagógico protagonista para as escolas particulares e públicas brasileiras. O
ensino online trouxe à baila a discussão teórica entre os conceitos de Educação
a Distância (EaD) e de Ensino Remoto Emergencial. Apesar de muitas vezes serem
empregados como sinônimos, essas duas modalidades se distinguem, uma vez que a
EaD consiste em um ensino planejado e estruturado, enquanto o ensino remoto
emergencial é adotado como uma solução rápida em tempos de crise para que a
educação não paralise totalmente. Neste estudo, lançaremos um olhar
retrospectivo para entender como foi implementado e desenvolvido o ensino
remeto emergencial no IFF, campus Avançado Maricá. O cerne dessa pesquisa será
investigar a imbricada teia que envolve quatro temas principais: (i) as
práticas institucionais, (ii) as metodologias de ensino dos docentes, (iii) as
estratégias de aprendizagem dos discentes, e (iv) as questões emocionais
envolvidas. Para alcançar esse objetivo, aplicaremos questionários e
conduziremos entrevistas com professores, alunos e gestores a fim de levantar
dados quantitativos e qualitativos que nos auxiliem a tecer um panorama sobre
esse momento emblemático em nossas vidas.
PALAVRAS-CHAVE: ensino remoto emergencial; tecnologias digitais na educação básica;
campus Avançado Maricá.
MATE_MÁGICA_MENTE: Digital
Rafaella de Medeiros e Silva 1,
Gabriel Santos Santiago Patrocinio1, Viviane G. Lagdem Tatagiba1.
1 Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Fluminense - Campus Avançado
Maricá
Mate_mágica_mente: Digital é um resgate de um
projeto homônimo anterior, com uma roupagem virtual. Os jogos são instrumentos que facilitam o
processo ensino-aprendizagem de forma significativa, seja qual for a disciplina
e já se entende seu uso como facilitador e motivador do processo educacional.
Considerando a geração atual de alunos, que já traz consigo a habilidade e
facilidade do manuseio das tecnologias, esse projeto pretende viabilizar o uso
do lúdico e da informática para aprendizagem de matemática, propondo o
desenvolvimento de jogos e oficinas de atividades que possam ser oferecidas de
forma virtual. Em busca de uma aprendizagem efetiva e atraente procuramos
através desta proposta desenvolver jogos simples, em plataformas acessíveis
para aplicar com alunos da rede pública de ensino e, posteriormente, analisar
criticamente os resultados obtidos. No
ensino de matemática podemos combinar as tecnologias digitais com a dinâmica
dos jogos para motivar os alunos e engajá-los no processo de
ensino-aprendizagem. Ressaltando que o jogo não é simplesmente a diversão do
aluno, mas sim uma atividade planejada e desenvolvida pelo professor com
objetivos didáticos específicos para que o aluno aprenda ativamente. Os alunos
perceberão que é possível aprender Matemática de forma lúdica, recreativa e
divertida, tendo maior aprendizagem em relação aos conteúdos estudados, bem
como contribuindo para o aumento da criatividade, criticidade e inventividade
no ensino da Matemática. Através do jogo, temos a possibilidade de abrir espaço
para a presença do lúdico na escola, não só como sinônimo de recreação e
entretenimento, mas também ajudando a desenvolver o raciocínio lógico,
estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver
problemas.
Palavras-chave: Gameficação; Atividades Lúdicas;
Matemática Recreativa.
Matematicaativa:
Laboratório de Ensino de Matemática
Eduardo Francisco Silveira Passos1,
Nathalia Santos Grijo 1, Viviane Gomes Lagdem Tatagiba1.
1 Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Fluminense - Campus Avançado
Maricá
O projeto propõe desenvolvimento e aplicação de
objetos de ensino úteis a um laboratório de matemática através da pesquisa,
desenvolvimento e confecção de jogos, objetos didáticos e modelos pedagógicos
que possibilitem uma forma alternativa de trabalhar conhecimentos matemáticos
através do lúdico. Pretende-se pesquisar e desenvolver possíveis formas de
fabricar objetos didático-pedagógicos, criar protótipos e, e em seguida,
oferecer oficinas que avaliem os resultados pedagógicos do(s) objeto(s)
desenvolvido(s) estabelecendo assim uma integração entre ensino, pesquisa e
extensão. Entre as atividades pretendidas estão: pesquisa e desenvolvimento de
material, exposições interativas dos produtos desenvolvidos, estudo de pesquisa
no processo de ensino aprendizagem de matemática, desenvolvimento de jogos,
criação de grupos de estudos, entre outras possibilidades que poderão surgir ao
longo do processo de pesquisa. O ensino apoiado no Laboratório de ensino de
matemática (LEM) favorece a atividade mental porque provoca, entre outras
coisas, observação, experimentação, reflexão, análise, motivação e,
consequentemente, aprendizagem. Construir e utilizar jogos e materiais
didáticos, envolvendo os alunos no processo, é um poderoso recurso para a
construção do conhecimento matemático. Ao jogar e participar do processo de
construção de itens de um laboratório LEM os alunos aprendem a compreender os
fatores que envolvem o tema e podem apresentar de forma prática suas
dificuldades.
Palavras-chave: Laboratório de Ensino de Matemática
(LEM); Metodologia Ativa; Matemática Recreativa.
IFRJ CAMPUS NILÓPOLIS
AS
OCORRÊNCIAS DOS CONFLITOS AMBIENTAIS NO TERRITÓRIO DA BAIXADA FLUMINENSE/RJ
Lívia Braga Vianna
Moreira Rodrigues 1,
Camilla Ferreira Lobino2,
1 Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ/Nilópolis)
2 Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ/Nilópolis)
O trabalho tem
como objetivo a construção e atualização de um banco de dados permanente a
respeito dos conflitos ambientais ocorridos no território da Baixada Fluminense/RJ.
Por conflito ambiental entende-se algum tipo de controvérsia a respeito dos
usos do meio ambiente e da distribuição dos recursos naturais por diferentes
grupos sociais. Para fins do levantamento, registro e mapeamento dos casos de
conflito ambiental tomamos em conta denúncias encaminhadas aos poderes públicos
que expressam conflitos ambientais ocorridos em um ou mais dos 13 municípios
que oficialmente compõem a região, a datar de 1999, período em que o último
município foi emancipado (Mesquita). A partir de dados fornecidos por órgãos
ambientais, pelos meios de comunicação e em ações no sistema de justiça movidas
pelo Ministério Público Estadual/RJ, a pesquisa registrou até aqui 532 casos de
conflitos ambientais na Baixada Fluminense. Os dados a respeito desses casos
foram tabulados conforme a tipologia do conflito, o município e bairro, o ano
da denúncia e a parte reclamante. Definimos 28 tipologias de conflitos
ambientais cujos casos foram agrupados: acesso à água; corpos hídricos; coleta
e tratamento de resíduos; desmatamento; emissão de efluentes; infraestrutura;
qualidade do ar e outros casos variados. Os dados foram integrados em ambientes
de Sistema de Informações Geográficas (SIG) a partir de sua distribuição
espacial. Do total dos casos, 25,6% dizem respeito à emissão de efluentes –
denúncias ligadas à coleta de esgoto, acesso à saneamento básico, lançamento de
efluentes industriais sem o devido tratamento, por exemplo. A segunda maior
incidência das denúncias públicas representa o conjunto das reclamações ligadas
à coleta e tratamento de lixo, com 24 % do total dos registros. Em seguida, 14%
das queixas estão associadas à infraestrutura, evidenciando problemas como
bueiros entupidos e alagamentos e, por fim, problemas envolvendo o acesso à
água potável, que representam 12% das reclamações do cômputo geral dos dados. O
trabalho é parte de um esforço de pesquisa e análise maior, o Observatório
Socioambiental da Baixada Fluminense/ RJ, que se encontra em seu segundo ano de
atividade.
Palavras-chave: conflitos
ambientais; Baixada Fluminense/RJ; denuncia pública; recursos ambientais.
IFRJ CAMPUS NITERÓI
Economia solidária em Niterói –
pesquisando práticas coletivas de
trabalho
Diogo Brandão, Caroline da Silva Dias, Lígia Scarpa Bensadon
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
Em um mundo capitalista, dominado pela
desigualdade e pela injustiça, a Economia Solidária (Ecosol) surge como uma
nova prática social, ambiental e econômica sustentável e transformadora. Esta
economia tem como seus princípios a igualdade, a autogestão, o comércio justo,
a sustentabilidade e a solidariedade, que juntos compõem uma proposta de
sociedade. Tendo conhecimento disto, os estudos e práticas nesta esfera são de
suma importância, de modo que ao compreender as possibilidades da Ecosol
podemos alcançar resultados extraordinários, tais como revitalizar e redesenhar
o cenário social e comercial. Partindo de tais premissas, surge a justificativa
do projeto "Economia solidária em Niterói – pesquisando práticas
coletivas de trabalho", apoiado pelo Programa Jovens Talentos da
FAPERJ. O projeto estuda as expressões da Ecosol no município de Niterói, no
qual existe uma política pública municipal aprovada em lei, um fórum municipal
atuante e uma Secretaria de Assistência Social e Economia Solidária que vem
investindo na implantação da moeda social Araribóia. A presente pesquisa é
coordenada pela professora Lígia Scarpa Bensadon, com os bolsistas Diogo
Brandão de Paula e Caroline da Silva Dias, do 5° e 6° período, respectivamente,
do curso técnico integrado em administração do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) campus Niterói, os quais
desenvolvem suas atividades junto da Incubadora Tecnológica de Economia
Solidária (ITES). Por meio do projeto os bolsistas foram inseridos na ITES e
passaram a integrá-la. Na pandemia as reuniões foram remotas e realizadas
semanalmente para se discutir, planejar e avaliar as atividades e projetos da
ITES. Através do programa Jovens Talentos tem-se o contato com a Ecosol e a
participação de forma ativa na mesma, por exemplo, propondo temas e discussões,
realização de resumos e sistematizações, participação em reuniões e oficinas
internas e externas, postagens no Instagram da ITES, análises de documentos,
rodas de conversas, participação em eventos e produção de materiais. Conclui-se
que os resultados alcançados são o aprofundamento, a vivência e as experiências
com o tema da Economia Solidária, com a aplicação na nossa atualidade, somando,
nas atividade da ITES e obtendo aprendizados profissionais para além da sala de
aula.
Palavras-chave: Economia Solidária;
Incubadora; Jovens Talentos.
POR UM ENSINO CRÍTICO DE LÍNGUA
PORTUGUESA: REPENSANDO A SALA DE AULA
Emanuelle Auxiliadora da Rocha Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Rio de Janeiro campus Niterói
Vivemos uma realidade multifacetada na
qual temos acesso a diversas informações que são difundidas simultaneamente por
meio de textos de natureza variada, exigindo de nós habilidades específicas,
sem as quais a inserção social e a participação ativa no mundo não são
possíveis. Segundo Brydon (2009 apud MATTOS, 2012), cidadania significa “ser
capaz de participar” e apenas saber ler e escrever, no sentido restrito desses
termos, não faz de nós cidadãos verdadeiramente ativos. É necessário o
desenvolvimento de habilidades de letramento crítico (TILIO, 2017), a fim de
que tenhamos uma compreensão apurada da realidade, levando em consideração as
relações de poder que estruturam as práticas sociais (NETO, 2020). Nesse
sentido, esta pesquisa tem como objetivo apresentar alguns resultados obtidos
por meio da aplicação de atividades com viés crítico em duas turmas de 1º ano
do Ensino Médio Integrado na disciplina de Língua Portuguesa em um campus do
Instituto Federal do Rio de Janeiro. Tais atividades foram elaboradas pela
aluna-bolsista em conjunto com a orientadora e visavam colaborar para o
desenvolvimento de habilidades de letramento crítico dos alunos envolvidos, a
fim de promover uma formação verdadeiramente integral e emancipadora (cf.
GADOTTI, 2012). As ações realizadas em sala de aula não se restringiram à
apresentação e análise do código linguístico, mas propiciaram o debate e a
reflexão acerca do racismo na sociedade, tema que permeia a vivência dos
estudantes e é de extrema relevância para a compreensão e transformação da
realidade vigente. Após a realização das atividades, também foi aplicado um
questionário anônimo com perguntas que abordavam especialmente as impressões
dos alunos acerca da importância de se ter atividades de Língua Portuguesa com
um viés crítico. Os resultados obtidos apontaram, de maneira geral, que a
maioria dos alunos tem interesse e se engaja em atividades que vão além da
análise de conteúdos teóricos, auxiliando, também, em sua formação como
cidadãos; porém, esses estudantes não tiveram ou não têm acesso a ações dessa
natureza nas disciplinas ofertadas em seu curso, especialmente naquelas mais
voltadas para as ciências exatas. No que tange à temática do racismo, esses
mesmos alunos mostraram possuir pouco conhecimento acerca de questões
relacionadas à história e à cultura afrobrasileira, o que evidencia uma grave
consequência do racismo estrutural em sua formação cidadã, reforçando a
necessidade de se promoverem mais ações como a proposta nesta pesquisa.
Palavras-chave: letramento crítico;
formação integral; educação emacipadora.
Educação ambiental engajada: mapeando
iniciativas de alfabetização científica para superar o ceticismo climático e as
Fake News
Rafael Sávio Nascimento Reis de Jesus 1 , Mariana Spacek Alvim 2
1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ) / Campus
Niterói
2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ) / Campus
Niterói
Os fenômenos da pós-verdade e das Fake
News têm impactado bastante as vidas dos indivíduos nas sociedades
contemporâneas. A maioria da população já consumiu ou, até mesmo, compartilhou
um conteúdo duvidoso. Em linhas gerais, é possível dizer que a pós-verdade é um
terreno fértil no qual crescem, sem controle, as Fake News. No contexto
pós-verdadeiro, os fatos objetivos têm menos poder de influência na formação da
opinião pública do que os apelos às emoções ou a crenças pessoais. Em outras
palavras, numa circunstância de pós-verdade, as pessoas estão mais preocupadas
em provar seus pontos de vista previamente construídos, e já muito arraigados,
do que em se informar, desafiar-se ou muda
crenças que podem, eventualmente, estar fundadas em bases pouco seguras
e confiáveis. Dessa maneira, então, acaba sendo esperado e comum o uso de
vários meios para atingir tal finalidade, inclusive a produção, o consumo e o
compartilhamento de Fake News, boatos e/ou notícias imprecisas, distorcidas,
exageradas, contraditórias, insustentáveis ou falsas com a intenção clara de
enganar o interlocutor, manipular seu comportamento e/ou adquirir vantagens.
Tal problema atinge várias áreas: ciência (incluindo saúde), cultura,
tecnologia, política, economia etc. Exemplo atual são as constantes vandalizações
dos verbetes “aquecimento global” e “climate change” na Wikipédia por céticos
do clima. Para que tais verbetes mantenham-se dentre os mais completos e
confiáveis do mundo, um verdadeiro confronto é travado. Grupos de cientistas
comprometidos com a disponibilização pública do melhor conhecimento disponível
na área fazem edições quase diárias para corrigir as Fake News disseminadas
nesses espaços. Diante disso, entende-se que, para lidar com o obscurantismo,
que tem feito tão mal às pessoas, às comunidades e à vida pública, de modo
geral, é crucial a implementação de vários processos de alfabetização
científica. Parte-se do pressuposto de que é benéfico aumentarmos a circulação
adequada de conhecimentos baseados em evidência, especialmente no caso das
questões ambientais. Dessa maneira, a pesquisa buscou investigar, conhecer e
divulgar diferentes iniciativas, nacionais e internacionais, de
professores(as), de cientistas e de divulgadores(as) científicos(as), voltadas
a democratizar conhecimentos ambientais construídos a partir dos princípios da
ciência.
Palavras-chave: letramento científico;
educação ambiental; educação climática
CONFECÇÃO INICIAL DO JOGO NITRAD
Carlos Alberto Faria Salgado Junior1 , Thiago Corrêa Lacerda2 , Rafael
Luiz da Silva Menezes3
1 Instituto Federal do Rio de Janeiro – Niterói (escola do aluno) 2
Instituto Federal do Rio de Janeiro – Niterói.(Instituição do orientador) 3
Instituto Federal do Rio de Janeiro – Duque de Caxias.(Instituição do aluno de
graduação voluntário)
O processo para a criação do "NITRAD
Game", se deu início devido a necessidade de metodologias ativas para o
conteúdo de Física das Radiações com contextualização histórica para turmas do
4º período do Ensino Médio Técnico do Instituto Federal do Rio de Janeiro-Campus
Niterói (IFRJ-CNIT), que são conhecimentos muito importante para o entendimento
da atualidade com radiação natural descoberta, usinas nucleares, exames de
imagem e acidentes radiológico. Logo de início o jogo apresentou algumas
complicações: A refatoração de código, a compreensão dos scripts e algumas
implicações referentes à questão gráfica, tendo em vista que não há na equipe
um designer para prototipar os sprites. Porém, essas dificuldades foram
perpassadas ao decorrer do desenvolvimento do jogo e deram origem a algumas
fases já concluídas, essas que já foram aplicadas em algumas turmas do
IFRJ-CNIT e obteve um feedback positivo dos alunos. No que tange a parte
técnica do jogo, ele foi desenvolvido no Godot Game Engine e na linguagem da
própria engine, o GD Script. Esta linguagem é mais próxima ao entendimento
humano (Alto Nível), o que possibilitou maior tranquilidade nas novas
implementações. Além disso, o Godot dispõe de um excelente suporte aos
desenvolvedores, provendo total documentação das funções, métodos e frameworks
incorporados na linguagem. Este trabalho tem como objetivo, relatar a confecção
das fases concluídas do jogo, tais como os problemas enfrentados, as soluções
encontradas e os resultados da sua aplicação até o presente momento. Além de
trazer as propostas para a finalização do game educativo, conhecido como
gamificação.
Palavras-chave: GODOT; Ensino de Radiação
Nuclear; Física
JARDIM BOTÂNICO DO RJ
“A Missão Biológica Belga ao Brasil
(1922-23). O Jardim botânico do Rio de janeiro e a proteção de florestas”
Ester de
Bustamante Sá lima Santos1; Alda Lúcia Heizer2
1 CIEP 303
Ayrton Senna Auto Estrada Eng. Fernando
Mac Dowell, 15 - São Conrado, Rio de Janeiro - RJ, 22610-170
2 Centro de
Responsabilidade Socioambiental Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio
de janeiro
O Jardim Botânico do Rio de
Janeiro tem como uma de suas funções desenvolver trabalhos de campo e manter
intercâmbio com instituições brasileiras e estrangeiras. Durante as primeiras
décadas do século XX, sob a direção do cientista Pacheco Leão, a instituição
recebeu a Missão Biológica Belga ao
Brasil, em 1922, considerada pelos pesquisadores que analisaram seus
resultados, como uma contribuição ao estudo da Biogeografia. Os resultados
científicos da viagem ao Brasil estão publicados em dois volumes pela
Universidade de Bruxelas, e depositados na Biblioteca do JBRJ, na seção de
obras raras. Os objetivos da pesquisa são identificar as fotografias que estão
no acervo fotográfico (JBRJ) referentes à viagem da “missão” biológica e construir
um roteiro visual (um mapa) comparativo entre as localidades por onde os belgas
passaram durante 1922-23. Foram analisados livros sobre a história
institucional, bem como artigos sobre a expedição belga que estão na biblioteca
do JBRJ , no formato online ;
elaborados fichamentos e roteiro com fotos de 1922 e algumas atuais,
privilegiando os locais que hoje estão ameaçados de desmatamento. Sendo
assim, concluímos que as expedições científicas têm sido estudadas por
pesquisadores de diferentes áreas e seus resultados contribuem para os estudos
da biodiversidade do Brasil. É possível afirmar que um dos maiores desafios da
pesquisa, até o momento, foi compreender que essas expedições devem ser
estudadas em seus contextos históricos. Além disso, o JBRJ, para além de ser
uma instituição de pesquisa em botânica, tem acervos formados por fotografias e
não só por coleções de plantas. Os registros são importantes porque trazem
informações do início do século XX e que,
junto com os relatórios da viagem e as fotografias, constituem um patrimônio
científico institucional e nacional de grande relevância para a ciência
brasileira.
Palavras-Chaves:
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, acervo fotográfico , expedições científicas;
desmatamento
Referências
Bibliográficos
ALENCAR,Emanuel. Baia de
Guanabara: Descaso e Resistência. Rio de Janeiro:Mórula Editorial,2021
Atlas Geográfico: https://atlasescolar.ibge.gov.br/
BEDIAGA, Begonha; GUEDES-BRUNI, R. R. . Jardim Botânico
do Rio de Janeiro: doisséculos de história. In: Malena Barretto; Paulo Ormindo.
(Org.). Árvores Notáveis: 200 anos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
1ªed.Rio de Janeiro: Andrea Jacobsson, 2008, v. , p. 11-17.
HEIZER, Alda. Notícias sobre uma
expedição: Jean Massart e a missão biológica belga ao Brasil, 1922-1923.
História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.15, n.3, p.849-864,
jul.-set. 2008.
NA TRILHA DA SUSTENTABILIDADE: ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR A PEGADA DE
CARBONO NO CENTRO DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO JARDIM BOTÂNICO DO RIO
DE JANEIRO
Gabriel
Alexandre da Silva1,2, Mary Elane da Silva Galvão Machado2,
João Carlos Silva2, Anna Carina Antunes e Defaveri2
1Colégio Estadual André Maurois – Gávea,
Rio de Janeiro
2Centro de Responsabilidade
Socioambiental, Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
O carbono é um elemento químico que
mesmo sem perceber está presente no nosso dia a dia, através da alimentação, da
respiração, atividades industriais, transportes e etc. Sendo assim, muitas vezes
o ser humano não percebe o quanto esse elemento químico pode ser tão
prejudicial ou benéfico à vida humana. Com o aumento da atividade industrial,
vem crescendo também as emissões de carbono para a atmosfera. A pegada do
carbono é o volume total de gases do efeito estufa emitidos através de
atividades cotidianas. É importante conhecer essa informação, que é expressa em
toneladas de CO2 emitidas. A pegada de carbono veio como uma maneira
de conscientizar a população acerca desse problema. Esta pesquisa trabalhou o
conceito de pegada de carbono com os educandos do CRS como ferramenta para
sensibilizá-los acerca do impacto (positivo ou negativo) que podem causar.
Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa é desenvolver estratégias para reduzir a
pegada de carbono dos educandos do CRS do JBRJ. O levantamento bibliográfico
foi feito em sites científicos confiáveis, como o Google Acadêmico, o SciElo
e o Portal Capes. Com isso, o fichamento foi concluído com o auxílio do
programa Excel para Windows. Além de fichamentos, através de
vivências desenvolvidas no Jardim Sensorial do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro (JS-JBRJ) desde fevereiro de 2022, foi aprofundado o conhecimento sobre
o manejo e o cultivo de plantas. Foram desenvolvidas cartilhas digitais
didáticas utilizando o Canva e o Power Point (Windows) para
conscientizar educandos do Centro de Responsabilidade Socioambiental do JBRJ
sobre o impacto do carbono que eles emitem nas atividades da rotina diária e
oferecer estratégias e alternativas para reduzir a sua pegada de carbono. As
cartilhas foram desenvolvidas para conscientizar, sensibilizar e oferecer
alternativas acessíveis considerando a rotina. A seguir, serão apresentados
três exemplos de impactos ambientais causados por crianças, jovens e adultos,
aumentando a sua emissão de carbono. As crianças às vezes acabam ingerindo
salgadinhos produzidos em indústrias. Para a produção desses salgadinhos é
necessário desmatar lugares em que havia florestas, cultivar espécies exóticas
em grande escala, veículos para transportar a produção até a indústria,
embalagens para armazenar a produção, que será mais uma vez transportada até o
mercado. Já os adolescentes acabam sendo mais consumistas pelas inovações,
mesmo se os itens que possuem ainda estiverem em perfeitas condições. Muitos
adultos não percebem o quanto as sacolas plásticas fazem mal para o meio
ambiente e aumentam a sua pegada de carbono. As cartilhas desenvolvidas, por
meio das atividades propostas, ofereceram alternativas sustentáveis para
estimular a diminuição da pegada de carbono. Uma dessas alternativas foi
estimular a prática de cultivar vegetais em suas residências através da
distribuição de um kit contendo substrato, sementes e cartilha informativa,
para com isso, compensar parte das emissões de carbono. As propostas foram bem
recebidas pelos jovens, os quais se mostraram sensibilizados sobre o seu
impacto no planeta.
Palavras-chave: ciclo do carbono;
sequestro de carbono; jardinagem.
“atualização da coleção de madeiras: curadoria, resgate de informações,
obtenção de imagens e atualização da base de dados da xiloteca do jbrj”
ria Eduarda
Chaves; Claudia Franca Barros
CE Andre
Maurois Av. Visc. de Albuquerque, 1325 - Leblon, Rio
de Janeiro - RJ, 22450-001
Centro de Responsabilidade Socioambiental
Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Coleções de
madeiras identificadas botanicamente com dados de coleta disponíveis são de
grande importância. Atualmente, a demanda por madeira para pesquisas botânicas
e tecnológicas é crescente. O número de áreas interessadas em utilizar a
madeira em seus estudos está aumentando e espera-se que continue crescendo no
futuro. A xiloteca do Jardim Botânico é uma das maiores do Brasil, com um
acervo de 10.764 amostras de madeira e 40.000 lâminas histológicas. Atualmente,
a demanda por madeira para pesquisas botânicas e tecnológicas é crescente. A
coleção é referência para os biomas Mata Atlântica e Amazônia. Os estudos de
anatomia da madeira fornecem uma base para a compreensão e resolução de problemas
em áreas como taxonomia, arqueologia, antropologia, legislação, controle e
fiscalização do comércio de madeira, tecnologia da madeira e dendrocronologia.
Este trabalho tem como objetivo realizar atividades de curadoria, organizar as
amostras de madeira e todas as informações que estão no banco de dados da
Xiloteca do JABOT. Também fará a captura de imagens microscópicas no
Laboratório de Botânica Estrutural do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do
Rio de Janeiro. Todo o material utilizado neste trabalho está depositado na
Xiloteca do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Como a coleção possui um número
elevado de amostras, inicialmente serão priorizadas amostras de espécies
ameaçadas. Após a verificação, as lâminas das amostras serão selecionadas para
a produção das imagens microscópicas. As amostras de madeira serão amolecidas e
seccionadas em micrótomo de lâmina Spencer 860 com espessura entre 16 e 30 μm
(Muñiz & Coradin, 1992). A madeira será então cortada em pedaços. As peças
serão colocadas em um pedaço de papel e colocadas umas sobre as outras. O
bolsista poderá realizar trabalhos de curadoria em coleções biológicas, bem
como atividades laboratoriais relacionadas à anatomia da madeira. Espera-se que
ao final do período da bolsa, o bolsista possa realizar trabalhos de curadoria
em coleções biológicas.
Palavras-chave:
curadoria de coleções; xiloteca; anatomia da madeira; madeiras.
Barros, C. F.; Coradin, V. T. R. .
Xilotecas brasileiras: panorama atual e perspectivas futuras. Unisanta
Bioscience, v. 4, p. 29-40, 2015.
ESTUDO DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE PIPER
MOLLICOMUM KUNTH (PIPERACEAE)
Caio Santos de Oliveira Ripardo1,
Jéssica Sales Felisberto2, Davyson de Lima Moreira3
1Colégio Estadual Pedro Álvares Cabral/ Iniciação
Científica Jardim Botânico do Rio de Janeiro
2Centro de Responsabilidade Socioambiental, Jardim Botânico do Rio de Janeiro
3Diretoria de Pesquisa Científica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
A Organização Mundial de Saúde anunciou que é importante a
condução de pesquisas científicas direcionadas às plantas com propriedades
medicinais e seus princípios ativos para elucidar seus efeitos, com finalidade
de afirmar a eficácia e segurança de seu uso popular. Piper mollicomum Kunth é
uma espécie pertencente à família Piperaceae, de uso medicinal popular, de
porte arbustivo e nativo da mata Atlântica. Estudos recentes apontam que P.
mollicomum possui indicações como fungicida, para o tratamento de doenças
hepáticas, diminuição do fluxo menstrual severo, tratamento de transtorno
gastrointestinal e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis. O
objetivo deste trabalho foi extrair e identificar os constituintes do óleo
essencial (OE) de P. mollicomum. Folhas foram coletadas no jardim
Botânico do Rio de Janeiro e cominuídas manualmente com o auxílio de uma
tesoura. Em seguida foiram transferidas para um balão, juntamente com água
destilada. O balão foi submetido ao processo de hidrodestilação em aparato de
Clevenger modificado por 2 h. O OE obtido foi submetido a análise por
Cromatografia em fase Gasosa (CG) aclopada à Espectometria de Massas (EM). Foi possível identificar 40 substâncias diferentes. Os
constituintes majoritários foram monoterpenos e sesquiterpenos, incluindo,
1,8-cineol (22,32 %), germacreno D (8,62
%), α-pineno (8,12 %) e β–pineno (5,75 %). Monoterpenos são comuns em espécies do
gênero Piper L. Dados disponíveis na literatura descrevem que o
1,8-cineol possui atividade antimicrobiana e auxilia no processo de
polinização, atraindo abelhas (BORG-KARLSON et. al. , 2003). Com
os resultados obtidos nesta análise pode-se concluir que P. mollicomum possui
grande quimiodiversidade de voláteis e que seus constituintes majoritários tem
um potencial bioativo.
Palavras-chave: quimiodiversidade;
hidrodestilação; 1,8-cineol; germacreno D; Mata Atlântica.
LEVANTAMENTO DA BIODIVERSIDADE DE MACROALGAS
DOS COSTÕES ROCHOSOS INSULARES DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO
Joia Coll Souza1,2,3, Clarice Martins Ribeiro3,
Fernando Coreixas de Moraes3
1.Colégio
Estadual André Maurois e C.E. Ignácio de Azevedo Amaral; 2Centro de
Responsabilidade Socioambiental, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio
de Janeiro; 3Diretoria de Pesquisa, Instituto de Pesquisas Jardim
Botânico do Rio de Janeiro.
As macroalgas
marinhas são vegetais pluricelulares importantes na estruturação de diversos
ecossistemas costeiros e oceânicos, servindo de alimento e abrigo para a fauna,
incluindo invertebrados, peixes e tartarugas. Com sua ampla diversidade, são
classificadas basicamente em três Filos (Divisões): vermelhas (Rhodophyta), pardas (Ochrophyta) e verdes
(Chlorophyta). Diferentes técnicas de
produção, processamento e análise de dados primários na área de botânica
marinha foram apresentadas, direta e indiretamente, à estudante. Coleta e
triagem de material biológico, fotografia científica, herborização de
macroalgas, tombamento e incorporação de amostras em Banco de Dados,
catalogação e tratamento de imagens além de ilustração botânica foram
executadas. Nove espécies de macroalgas estão sendo caracterizadas, incluindo a
produção de pinturas com aquarela e textos inclusivos para áudio-descrição.
Complementarmente, três destas espécies, coletadas na Ilha Maricá (Maricá-RJ) e
na Ilha Rasa (Rio de Janeiro-RJ), foram herborizadas e tombadas no Herbário RB
do IPJBRJ: Codium intertextum (RB 836844), Plocamium
brasiliense (RB 836841) e Dictyota sp. (RB 836843). Com isso,
avançou-se na capacitação de “Jovens Talentos” e na geração de informações
científicas relevantes, especialmente considerando-se o início da Década das
Ciências Oceânicas para o Desenvolvimento Sustentável (ONU, 2021-2030). Neste
contexto, inserem-se o desenvolvimento de autonomia e de senso de
profissionalismo da estudante e a incorporação no Herbário RB de novos
registros de macroalgas marinhas para a região metropolitana do Rio de Janeiro,
contribuindo para o preenchimento de uma lacuna de mais de 30 anos para o
município de Maricá, por exemplo.
Palavras-chave:
Acessibilidade, Taxonomia, Botânica Marinha, Ilhas, Herbário RB.
Plantas insetívoras: elaboração de uma revista
educativa infantojuvenil
Vitória
Regina de Sousa Gomes1, George Azevedo de Queiroz2
1Colégio Estadual Andre Maurois
2Intituto de Pesquisas Jardim Botânico do
Rio de Janeiro / Centro de Responsabilidade Socioambiental
As
plantas insetívoras obtêm mais de 700 espécies que são distribuídas em 10
famílias e 18 gêneros com ocorrência em regiões tropicais e subtropicais.
Dentre as mais conhecidas estão a Dionaea
que apresenta a coloração vermelha e secreta néctar para que possa atrair os
insetos. Para que sua armadilha seja ativada, o inseto precisa encostar em pelo
menos dois pelos sensoriais e quanto mais ele se move, mais ela fecha a
armadilha. Já a Nepenthes consegue
armazenar até cinco litros de líquido digestivo e atrai suas presas com a cor e
sua beleza. Historicamente, principalmente em desenhos animados e filmes essas
espécies vêm sendo retratadas como plantas perigosas ao homem, acarretando o
distanciamento de parte da população. O objetivo deste estudo foi elaborar uma
revista educativa infanto-juvenil buscando aproximar este público com as
plantas insetívoras. As informações presentes na revista estão sendo levantadas
a partir de referência bibliográfica especializada e o arquivo elaborado na
plataforma Canva. Até o momento já foram confeccionadas as ilustrações que irão
compor a revista bem como o texto informativo sobre as espécies.
Palavras-chave: Botânica; Carnívoras;
Educação Ambiental.
PIPERACEAE DO JARDIM BOTÂNICO DO
RIO DE JANEIRO
Yasmin Oliveira Gomes1, George Azevedo de Queiroz2
1CIEP 303
Ayrton Senna da Silva
2Intituto de
Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro / Centro de Responsabilidade
Socioambiental
A família
Piperaceae possui distribuição pantropical com grande diversidade na América do
Sul. A família possui cerca de 4300 espécies no mundo, que são divididas em
cinco gêneros: Manekia Trel., Peperomia Ruiz & Pav., Piper
L., Verhuellia Miq. e
Zippelia Blume. No Brasil estão registradas 468 táxons sendo encontrados
principalmente na Amazônia e Mata Atlântica, sendo distribuídas nos gêneros Piper L., Peperomia Ruiz & Pav. e Manekia
Trel. Piperaceae são ervas eretas, epífitas,
terrestres, rupícolas, subarbustos, arbustos, arvoretas ou trepadeira,
geralmente aromáticas e dotadas de glândulas translúcidas, elas possuem folhas
alternas, opostas ou verticiladas, contendo flores aclamídeas, andróginas e
unissexsuadas. O objetivo do estudo é realizar levantamento das espécies
da família presente no Arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Para
atingir os objetivos foi realizado levantamento bibliográfico, analise dos
materiais do herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e tratamento
taxonômico das espécies. Além disso, foram
realizadas coletas de indivíduos férteis, separados e desidratados em estufa e
depositados no herbário RB. Até o momento foram encontradas cinco
espécies da família: Peperomia
obtusifolia (L.) A. Dietr.; Peperomia
pellucida (L.) Kunth; Piper arboreum Aubl.
var. arboreum; Piper mollicomum Kunth e Piper
tuberculatum Jacq.
Palavras-chave: Botânica; Diversidade;
Taxonomia.
A IMPORTÂNCIA E
INFLUÊNCIA POSITIVA DAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESENVOLVIDAS NO
SEA/JBRJ PARA O PÚBLICO
Nicole Sant’ Anna 1, Isis Tatiana B. J. Braga2,
1Colégio Pedro II –
Campus Centro
2Instituto de Pesquisa
do Jardim Botânico do Rio de Janeiro /
Centro de Responsabilidade Socioambiental
A equipe do SEA ( Serviço de Educação
Ambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro) promove oportunidades de visita
ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro aos professores de ensino de redes
públicas e privadas, seguindo as principais orientações e práticas de educação
ambiental em jardins botânicos. Grande maioria dessas atividades são
direcionadas ao grupo infantil, sendo de suma importância o aprendizado de
educação ambiental durante os anos iniciais escolares. Neste setor há projetos
de disseminação do conhecimento científico através de atividades imersivas, tais
como: Roteiro Básico e o laboratório didático. Utilizando um método chamado ‘Preceitos
teóricos da psicogenética de Piaget (DOLLE,1975)’ , foi possível chegar à
conclusão de que atividades imersivas, tendem a atrair mais a atenção das
pessoas que estão aprendendo sobre determinado assunto. Portanto, se tem como
objetivo o desenvolvimento de atividades pedagógicas que possam trazer
conhecimento através de ações lúdicas, ambientação do laboratório didático
acerca do tema trabalho e também a produção de conteúdos audiovisuais para
alcançar um público maior. Através de um questionário elaborado com o
intuito de receber o feedback do público sobre os projetos, foi possível
observar o quão importante são essas atividades para o conhecimento científico,
e o quanto influencia positivamente no desenvolvimento do pensamento crítico. Tendo
como comparação outro trabalho desenvolvido pela revista científica eletrônica
de ciências sociais aplicadas da eduvale, vemos o quão importante é esse
aprendizado desde os anos iniciais, pois desde cedo se passa a ter a
consciência de preservação do meio ambiente, pois o futuro depende diretamente
da relação do homem e natureza.
Palavras-Chave: Educação ambiental; Meio ambiente.
A
IMPORTÂNCIA E INFLUÊNCIA POSITIVAS DAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
DESENVOLVIDAS NO SEA/JB PARA O PÚBLICO
Rayssa Farias
Souto1, Isis Tatiana Borges Jordã2
1 Colégio
Ciep Ayrton Senna Da Silva 303/Iniciação Científica Jardim Botânico do Rio De
Janeiro
2 Centro de
Responsabilidade Socioambiental, Jardim Botânico do Rio de janeiro
Diretoria de
Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
O roteiro básico
oferecido aos professores da rede de ensino público e privado; pela equipe do
Serviço de Educação Ambiental do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, destina-se
orientar os mesmos com atividades multidisciplinares de Educação Ambiental,
para que possam desenvolverem ricos conteúdos em suas práticas educativas. O
SEA possui o espaço do laboratório didático que é ambientado de forma lúdica e
com conteúdos referentes a questões ambientais como: conservação,
biodiversidade e divulgação científica sendo assim preparado para receber o
público geral. O objetivo é oferecer o recurso do aprendizado por projetos;
dando à oportunidade aos professores no sentido não somente de facilitar
aquisição de conhecimento ao aluno, mas incentivar o desenvolvimento de
habilidades e valores que os orientarão e motivarão para estilos de vida
sustentáveis, indo de encontro também, a execução da proposta dos Objetivos de
Desenvolvimentos Sustentáveis promovidos pela ONU. A Educação básica deve
incluir o ensino de valores, para a promoção do cuidado com o planeta, com as
pessoas e a partilha justa de recursos. O método consiste na realização de
atividades ambientais, pedagógicas e dinâmicas, com o objetivo de construir a
curiosidade e o entusiasmo dos alunos, com isso o aluno pode ter um
conhecimento mais profundo e abrangente, como por exemplo, sobre os biomas,
serviços ecossistêmicos, como o das abelhas nativas. Para isso seguimos
desenvolvendo habilidades e competências elaborando atividades lúdicas e
audiovisuais, buscando alcançar cada vez mais o interesse e pertencimento por
parte do público.
Palavras chaves:
Educação ambiental, Divulgação Científica
“Avaliação dos impactos psicopedagógicos dos
educandos do curso de jardinagem do Jardim Botânico do Rio de Janeiro”
Caio da Costa
Gomes, Esp.Verônica Monte, MsC. João Carlos Silva – CEAM André Maurois – Leblon
Centro de Responsabilidade Socioambiental Instituto de Pesquisa do
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
O meio ambiente envolve-se nas mudanças comportamentais dos seres
humanos através de interações entre si. Assim, a aprendizagem se relaciona com
as alterações por meio do convívio com a natureza, ocasionando na fisiologia
humana, alterações comportamentais.¹ No presente trabalho observou-se o
desenvolvimento da aprendizagem e alterações emocionais nos educandos do curso
de jardinagem no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Para isso utilizamos os
seguintes métodos: Estudo etnográfico, uma convivência prática para sentir e
observar as características do determinado grupo estudado; questionário manual
contendo 10 questões relacionadas à experiência dentro do curso de Jardinagem,
Percepção Ambiental; e Roda de conversa para contextualizar a jornada do
educando como métodos de avaliação. Observou-se que cerca de 90% dos educandos
de Jardinagem obtiveram paz e tranquilidade, com o contato da natureza em seu
cotidiano. Com esses resultados observamos que o contato com a natureza na vida
do adolescente desenvolve aspectos emocionais e intelectuais. Assim, podemos
concluir que os mesmos resultados da (DE ANDRADE, 2010) diz, as alterações dos
aspectos emocionais e da fisiologia humana, é um reflexo da interação entre a
natureza e humanidade, pois os mesmo desde suas raízes estão conectados.
Palavras-chave:
Educação Ambiental, Contato com a Natureza Referências
¹DE ANDRADE, L.B.
Psicopedagogia e distúrbios de aprendizagem: uma visão diagnóstica
Luciana Bozzi de Andrade. Encontro:
Revista de Psicologia, v. 13, n. 19, p. 115-143, 2010.
USO DA ANATOMIA FOLIAR NO CONTROLE DE
QUALIDADE DO CHÁ DE CAPIM-LIMÃO (CYMBOPOGON
CITRATUS (DC.) STAPF, POACEAE)
Maria Clara Mesquita Silva¹, João Paulo Basso-Alves²
¹Colégio Pedro II – Campus Humaitá II
²Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro/ Centro
de Responsabilidade Socioambiental
Cymbopogon citratus (DC.) Stapf, mais conhecido como
capim-limão, é uma planta cujas folhas pode-se fazer um chá que traz diversos
benefícios como alívio de cólicas intestinais e uterinas, calmante para
ansiedade leve e insônia. As plantas medicinais consumidas pela população
brasileira são frequentemente comercializadas como chás vendidos em sachês de
forma rasurada. No entanto, pode haver produtos fraudados, que acabam negando
sua eficácia e trazendo riscos à saúde já que suas modificações, como
substituição ou contaminação por matéria vegetal, são de difícil percepção por
serem vendidas em pequenos fragmentos. Então, uma forma de saber se esse
material é autêntico ou não é através da análise microscópica a partir de
marcadores anatômicos característicos da planta. Logo, o estudo busca avaliar a
autenticidade de diferentes marcas de chá capim-limão, utilizando a anatomia
foliar da planta para verificar se as amostras vegetais correspondem aos dados
anatômicos na literatura. Foram utilizadas folhas de espécimes cultivados no JBRJ
e amostras secas obtidas em comércios, e foi feita a análise e comparação das
amostras do material coletado. Essa etapa consiste em cortes à mão livre das
amostras com navalha de aço descartável. Os melhores cortes obtidos foram
selecionados e montados entre lâmina de vidro e lâmina, em meio aquoso. Tais
lâminas foram observadas em microscópio de luz e a captação de imagens feita
com câmera digital acoplada ao microscópio. Até o momento, analisando os
cortes, conseguimos identificar algumas estruturas características na epiderme
como células especializadas como estômatos do tipo graminóide com células
subsidiárias tetracíticas, e células buliformes, podendo comprovar a
autenticidade da amostra.
A
IMPORTÂNCIA DAS ALGAS CALCÁRIAS NA FORMAÇÃO DAS PRAIAS DA COSTA DO ESPÍRITO
SANTO
Thalena da Silva Martins do Nascimento1,
Rodrigo Tomazetto de Carvalho2
1CE Herbert de Souza – Rio Comprido
2Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do
Rio de Janeiro
As algas calcárias são algas vermelhas
(Filo Rhodophyta) que tem como principal característica seus talos duros
(calcificados) pela impregnação de carbonato de cálcio, podendo ocorrer de
forma crostosa ou segmentadas. Devido ao seu talo duro de CaCO3, as algas são
importantes para a formação dos recifes coralíneos, refúgio para os peixes e
importante no ciclo do carbono. Quando mortas também contribuem para a formação
do sedimento costeiro na formação de praias e dunas. Os objetivos do projeto
são dimensionar a importância dos grânulos carbonáticos de algas coralináceas
na formação do sedimento tipo areia na região supra litoral da região costeira
central do Espírito Santo e compreender se a dinâmica de exposição a ondas
interfere na contribuição de grânulos carbonáticos nas diferentes regiões.
Nessa pesquisa, a metodologia utilizada foi a coletada de sedimentos de 2019 e
2021 em oito pontos da região costeira do sul do estado do Espírito Santo. Os
sedimentos foram observados por microscopia estereoscópica. As imagens foram
analisadas utilizando os softwares AnalySIS getIT e Image J e as estatísticas
realizadas no software Origin 8.5. A contribuição média de grânulos de algas
calcárias no sedimento costeiro das regiões analisadas foi de 15,87 ± 7,5% (Em
média, a cada 6 grãos, 1 é de alga calcária). A maior contribuição média nos
dois anos analisados foi registrada no ponto mais ao Sul com 25,83% e a maior
variação foi temporal (entre 2019 e 2021) foi registrada no segundo ponto mais
ao Sul, com 7,5%. As análises estatísticas obtidas demonstram que existem
diferenças entre a contribuição de algas coralináceas para os diferentes locais
amostrados, porém não há diferença significativa da contribuição de algas
coralináceas ao longo do tempo. Além disso, a comparação entre pontos abrigados
e não abrigados evidenciou que não há diferenças na contribuição desses
grânulos bioclastos. Os resultados obtidos mostram a importância dos grânulos
de algas calcárias nas formações arenosas costeiras e que sua contribuição é
diferente entre os locais, mas permanece constante ao longo do tempo.
Palavras-chave: formações costeiras;
algas calcárias; microscopia estereoscópica
Monitoramento
de cultivos in vitro de Algas
Coralináceas no Laboratório de Algas do IPJBRJ
Gabriel
Fernandes da Silva1, Rodrigo Tomazetto de Carvalho2
1CE Paulo de Frontin – Rio Comprido
2Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do
Rio de Janeiro
As algas coralináceas incrustantes (ACI)
(Corallinales, Hapalidiales e Sporolithales, Rhodophyta) se destacam como um
dos organismos bentônicos mais abundantes da zona fótica, ocorrendo na maioria
dos habitats marinhos, desde os trópicos aos pólos, desde a zona entremarés até
profundidades próximas a 300 m. As ACIs são importantes produtoras de sedimento
carbonático e estão entre os principais bioconstrutores de recifes coralíneos.
Além da agregação do substrato, as algas calcárias exibem outro papel chave na
estruturação das comunidades bentônicas. Um dos grandes desafios para o estudo
dessas algas é a dificuldade de amostragem, já que crescem aderidas ao
substrato, por tanto são difíceis de serem retiradas e também porque ocorrem em
profundidades em que só é possível o acesso através de mergulhadores
profissionais. Nesse contexto, o cultivo dessas algas se torna essencial para
experimentos in vitro focados em
fisiologia, ecologia, biologia celular, bioquímica e diversos outros campos de
conhecimento. O objetivo do presente projeto é estabelecer o cultivo in vitro
de algas coralináceas no Laboratório de Algas do IPJBRJ e indicar os parâmetros
físico-químicos ótimos para o desenvolvimento de algas coralináceas in vitro. Algas coralináceas foram
coletadas na Praia da Itaipu (RJ) e cultivadas em um aquário de 100 L com os
parâmetros salinidade, temperatura, pH, alcalinidade, [Ca] e [Mg] monitorados
semanalmente por 8 meses. Durante o período de cultivo, os parâmetros
analisados foram mantidos de acordo com a literatura e observou-se que as algas
coralináceas mantiveram sua cor rosa/vinácea além de apresentarem suas margens
de crescimento ativas, o que indica um processo de crescimento das mesmas.
Foram observadas novas crostas de algas coralináceas crescendo sobre as rochas
e sobre outras crostas mais antigas, indicando que o cultivo está saudável e em
desenvolvimento. Os resultados obtidos nesse projeto são de suma importância
para o desenvolvimento de um protocolo de cultivo desse grupo essencial de
algas.
Palavras-chave: Algas coralináceas; Cultivo in vitro; Monitoramen
CATÁLOGO DE PLANTAS DAS UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: LISTAS PRELIMINARES DOS PARQUES
ESTADUAIS DA SERRA DA CONCÓRDIA E DA PEDRA SELADA
Hemily Oliveira Marques1,2, Fernanda Saleme2,
Isabela Maciel Waga2, Marcela Barbosa2, Renon Santos
Andrade2, Thaís Andrade Ferreira Dória2, Marcio Verdi2
1Centro
de Responsabilidade Socioambiental do Instituto de
Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (CRS/JBRJ)
2Centro
Nacional de Conservação da Flora do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do
Rio de Janeiro (CNCFlora/JBRJ)
marcioverdi@jbrj.gov.br
Estratégias
de conservação dependem do conhecimento sobre as espécies e iniciativas para
reunir e disponibilizar tais dados são imprescindíveis. Nesse sentido, o Catálogo
de Plantas das Unidades de Conservação do Brasil consolida, em uma única base,
os dados da flora protegida por Unidades de Conservação (UCs) do país. Considerando
as áreas
protegidas do estado do Rio de Janeiro, o Parque Estadual da Serra da
Concórdia (PESC) e o Parque Estadual da Pedra Selada (PEPS) ainda não foram
incluídos neste catálogo. Este estudo tem como objetivo atualizar as Listas de
Espécies da Flora do PESC e do PEPS e disponibilizá-las no Catálogo. Aqui são apresentados os resultados
preliminares apenas da lista do PESC, uma vez que a elaboração da lista do PEPS
está em andamento. Para gerar a lista, utilizou-se as localidades situadas
dentro do PESC como palavras-chave para realizar buscas sistemáticas por
registros de espécies nas principais
bases de dados virtuais de coleções botânicas (Jabot e SpeciesLink).
Após gerar a base de dados brutos, iniciou-se o processo de limpeza de
registros incompletos e duplicados, além da atualização dos nomes científicos
segundo a Flora e Funga do Brasil. Foram catalogadas 151 espécies de plantas
distribuídas em 61 famílias botânicas, sendo Fabaceae (27 espécies), Rubiaceae
(10 espécies) e Melastomataceae (8 espécies) as mais representativas (29,8% do
total das espécies). As espécies estão distribuídas em 117 gêneros, sendo Miconia e Pteris (ambos 5 espécies) os mais representativos. Ao todo, foram
encontradas cinco espécies ameaçadas de extinção, sendo três delas
classificadas como “Vulnerável” (VU) e duas como “Em perigo” (EN). Cabe
ressaltar que ainda é uma lista preliminar da flora do PESC e novas espécies
podem ser incluídas.
Palavras-chave:
lista de flora, unidade de conservação, catálogo de plantas, biodiversidade,
conservação.
MUSEU
NACIONAL
Clube Literário
encontros: Literatura em diálogo com a Ciência
Felipe Bandoli Vargas da Costa
Colégio Pedro II - Campus Humaitá II
Museu Nacional/UFRJ - Seção de Assistência ao Ensino
Através desta pesquisa, busca-se explorar
o potencial da literatura em seu papel de desenvolvimento do caráter crítico e
científico do indivíduo. Trata-se de uma pesquisa que analisa a literatura como
método de divulgação científica, assim como investiga as relações entre ciência
e ficção. Por meio de encontros que acontecem de maneira virtual via Google
Meet, realizados por educadores da Seção de
Assistência ao Ensino (setor educativo do Museu Nacional) e pela Biblioteca
Central do Museu, o Clube discute temáticas científicas a partir do que é
pesquisado e produzido na instituição. Parte-se da hipótese de que um clube de
leitura aproxima as pessoas do conhecimento e do fazer científico, através da
literatura, ao presumir que tanto a literatura quanto a ciência buscam
compreender e decifrar o mundo; tais estratégias impulsionam o desejo do saber
humano. A pesquisa tem como base os estudos dos teóricos Antonio Candido,
Tzvetan Todorov, Jacques Rancière e Paulo Freire. Há
também os recortes dos encontros virtuais, em registros de imagens (Captura de
Tela), além de falas reproduzidas nas redes sociais do projeto (Telegram e
Instagram) e formulários avaliativos a respeito do Clube, contendo informações
dos hábitos de leitura e de como os participantes percebem a ciência. Desse
modo, a pesquisa investe na produção do conhecimento baseado nos desdobramentos
e aproximações do texto literário e da ciência como instâncias de entendimento
do mundo.
Palavras-chaves: Literatura; Ciência; Divulgação científica; Clube de
leitura
PLANETÁRIO DO
RIO DE JANEIRO
A Nova exposição dos
Meteoritos “Do Gênese ao Apocalipse”
Ana Lívia Gomes da Costa1,
Arthur Guilherme Cardoso Schueler2, Guilherme Haun3, Mariana Berni Gonçalves4,
Samara Trindade Monteiro Barbosa5
1CAP-UFRJ, 2CAP-UFRJ, 3Fundação Planetário, 4CAP-UFRJ,
5CEFET-Maracanã
A Fundação Planetário do Rio inaugurou no dia 3 julho de 2021, a
exposição “Da Gênese ao Apocalipse”. Nela são apresentados 38 meteoritos que
integram a área do segundo piso do Museu do Universo, no Planetário. Esse
conjunto de meteoritos faz parte da coleção do Museu Nacional/UFRJ, que
resistiram ao grande incêndio de 2018. Entre eles está o meteorito Santa Luzia,
o segundo maior objeto espacial já encontrado no país, identificado em 1922 no
município de Santa Luzia de Goiás, atual Luziânia (GO). O evento marcou também
o reinício das atividades do Planetário e do Museu do Universo durante a
semana, após o período da pandemia, que passou a abrir de terça a domingo para
visitas e sessões de cúpula, com a novidade da gratuidade para o público em
geral todas as terças-feiras. A exposição foi aberta com um evento especial,
onde foi realizada a primeira edição do “Papo com o Extraterrestre”, ciclo de
encontros mensais sobre astronomia e meteorítica. O evento conta com as
“Meteoríticas”, equipe de mulheres cientistas que desenvolve pesquisas e
realiza atividades de campo, viajando pelo país caçando esses objetos
extraterrestres. Maria Elizabeth Zucolotto, curadora do Museu Nacional e maior
autoridade em meteoritos no Brasil, é a líder da equipe, que ainda conta com a
química Amanda Tosi e a astrônoma Diana Andrade. A parte do título da exposição
“Genese” se refere ao fato dos meteoritos carregarem informações importantes
sobre a formação do sistema solar e a parte “Apocalipse” explica as grandes
extinções, como a dos dinossauros.
Palavras-chaves:
meteoritos; planetário; extraterrestres
A Retomada das
Atividade da Fundação Planetário
aria Eduarda Monteiro Sodo Rita1, Maria
Clara de Souza Torres2, Gabriel
Pacheco Krawczuk3, Pedro Henrique Portela Bittencourt4,
Wailã de Souza Cruz5
1C.E. Andre Maurois, 2C.E. Andre Maurois,
3CAP-UFRJ, 4CAP-UFRJ, 5Fundação
Planetário
Após um longo período fechado, devido à pandemia de Covid, a Fundação
Planetário pode finalmente reabrir suas portas no dia 12 de setembro 2020. Mas
ainda estávamos vivendo um período com muitas preocupações em relação à
transmissão do vírus. Para receber o público de volta com o máximo de segurança
possível, o Planetário seguiu todas as Regras de Ouro determinadas pela
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, assim como os protocolos do Conselho
Internacional de Museus (ICOM). O número de pessoas que poderiam nos visitar
foi reduzido a menos da metade da nossa capacidade, os ingressos só podiam ser
comprados pela internet, restrito a 5 familiares por sessão, o uso de máscara
era obrigatório, a temperatura era medida com o termômetro digital, havia
totens com álcool gel para a limpeza das mãos, alguns experimentos não foram
liberados para o uso e havia limpeza constante dos locais liberados. Com a
chegada das vacinas, e a diminuição de contágio na cidade, o Planetário pode
aos poucos aumentar o número de visitantes e das atividades oferecidas. No
primeiro semestre de 2022 nós pudemos voltar a receber escolas e realizar as
observações do céu com os telescópios e, com isso, observamos o crescimento do
nosso público que visita nossa instituição em busca do conhecimento em
astronomia.
Palavras-chaves: Planetário; retomada;
astronomia; pandemia
PROJETO CAMINHOS DE DARWIN
CABO FRIO
“Charles Darwin e a escravidão:
os reflexos no entorno da Fazenda Campos Novos”
Jamily Lino Cordeiro, Kaike Menegardo Nunes, Marcus André Iludi Rodrigues Teixeira Dos Santos, Mirelly Ribeiro Alves; Marcus Felipe Emerick Soares Cambra
1Escola Agrícola Municipal Nilo Batista
2Instituto de Geociências/Departamento de
Geologia/UFRJ
O presente trabalho
visa entender como a escravidão no Brasil reflete ainda nos dias de hoje nas
comunidades quilombolas do entorno da Fazenda Campos Novos, localizada no 2º
distrito de Cabo Frio/RJ. Durante a viagem de Charles Robert Darwin (1809-1882)
ao redor do mundo a bordo do navio H.M.S. Beagle, partindo da Inglaterra em 27
de dezembro de 1831, esteve no Brasil em 1832 chegando no Rio de Janeiro no dia
04 de abril, permanecendo no interior do Estado do Rio de Janeiro entre os dias
8 e 24 de abril. O que mais chocou o naturalista inglês nessa passagem pelo
Brasil foi a escravidão. Dessa forma, essa pesquisa é baseada no contexto
histórico da passagem de Charles Darwin pela Fazenda Campos Novos e tem como
pilar utilizar a investigação científica dentro de um episódio histórico
visando despertar o talento dos estudantes do segundo ano do ensino médio
mediante sua participação nesse projeto de pesquisa. A área de estudo é o
entorno da Escola Agrícola Municipal Nilo Batista que está localizada nas
terras da Fazenda Campos Novos, área de remanescentes de quilombos. Essa
pesquisa se atém a divulgar conhecimentos científicos a partir da história
vivida por Charles Darwin e entender como os anos de escravidão ainda estão
presentes atualmente na vida das pessoas, servindo também de motivação
para a preservação das tradições culturais e históricas dos remanescentes
quilombolas e matrizes africanas.
Palavras-chave:
Escravidão; Quilombos; Charles Darwin
“AS ESCRITURAS DE CHARLES DARWIN”
Luis Gabriel Pereira da Costa1; Fernanda Carvalho dos Santos Rodrigues
1 Escola
Agrícola Municipal Nilo Batista
As cartas, em geral, são utilizadas como
forma direta de comunicação, tendo assim dois sujeitos: o emissor e o receptor.
Há registro da prática epistolar desde a antiguidade, mas foi no século XVII
que este hábito se tornou costumeiro, sendo, porém, ainda uma prática
aristocrática. No Brasil, tal prática intensificou-se no século XIX, ocasionado
pelo crescimento de imigrantes no território nacional, assim, a troca de cartas
tornou-se necessária, como única forma de comunicação com os seus, que
permaneciam nos países de origem. Já o processo de utilização das cartas como
fontes de informação ocorre em meados do século XIX, por meio de profissionais
como historiadores, sociólogos e antropólogos, que tratam a correspondência
como documento, fonte de informação repleta de informações culturais, políticas
e sociais. Sendo assim, ao analisar as correspondências entre Charles Darwin
(1809-1882) e Francisco de Arruda Furtado (1854-1887), constata-se que este
gênero textual dá pistas sobre o trabalho científico de Darwin, servindo de
divulgação de suas descobertas. Academicamente essas cartas fornecem um recorte
sobre o ofício do naturalista no século XIX, além de expor a importância das
ilhas oceânicas, neste caso os Açores, como laboratórios e estações de trabalho
e sobre a vasta rede de contatos postal pela qual os naturalistas se
comunicavam. Para além disso, as cartas mostram uma relação inspiradora entre
os correspondentes. Desta forma, é de suma importância analisar a troca de
correspondências entre Darwin e Furtado, uma vez que serve como fonte de
pesquisa para os experimentos de ambos e divulgação das ciências naturais,
sendo consideradas como fontes documentais.
Palavras-chave: Charles Darwin.
Correspondência. Escrita. Ciência
“Caminhos de Darwin: as
plantas medicinais e o espaço sensorial no resgate da cultura popular dos
remanescentes quilombolas, Cabo Frio – RJ”.
Sophia Emília Pereira Teixeira Dutra1, Kauã Alves da Silva1,
Krystina Célia da Silva Correia1
1Escola Agrícola Municipal Nilo Batista – Campos
Novos, Cabo Frio-RJ
Este estudo visa o desenvolvimento de uma pesquisa
no âmbito dos remanescentes quilombolas e está associado
à valorização da cultura popular. Está fundamentado no contexto histórico
da passagem do naturalista Charles Robert
Darwin (1809-1882) pela Fazenda Campos Novos, Cabo Frio-RJ e tem como
objetivo utilizar a investigação científica dentro de um episódio histórico,
promovendo o Ensino de Ciências e a popularização da ciência servindo também de
motivação para a preservação das tradições culturais e históricas do
local. Desta forma esta pesquisa visa
resgatar a tradição e cultura popular, com o espaço quilombola no âmbito das
plantas medicinais utilizadas pelos remanescentes quilombolas e com a
implantação de um jardim sensorial utilizando como área de estudo a Escola
Agrícola Municipal Nilo Batista, Cabo Frio-RJ.
Em termos metodológicos, a pesquisa é exploratória com uma abordagem
qualitativa, onde os alunos-sujeitos atuam naturalmente no contexto, numa
perspectiva de entendimento da ciência na investigação científica dentro de um
episódio histórico. Ademais as investigações despertam a motivação necessária
para a pesquisa e a valorização da cultura popular com a promoção do resgate da
tradição dos remanescentes quilombolas.
Palavras-chave:
Charles Darwin; remanescentes quilombolas; plantas medicinais.
“OS CAMINHOS DE DARWIN: um estudo sobre a
evolução das Meliponas.”
Julia Lino Cordeiro1 ,Krystina Célia da
Silva Correia1 – 1Escola Agrícola Municipal Nilo Batista – Campos Novos, Cabo
Frio-RJ
A
criação racional de abelhas constitui-se de uma atividade em que se consegue
obter bons resultados econômicos, ecológicos e sociais. A meliponicultura, por
sua vez, é a criação das abelhas sem-ferrão. A Atividade recebeu esse nome porque
essas abelhas pertencem à tribo Meliponini e, por isso, são chamadas de
“meliponíneos” ou “abelhas-indígenas” por se tratarem de abelhas nativas, isto
é, que ocorrem naturalmente e não foram introduzidas ao homem. A evolução dos
Meliponíneos é estudada sob o ponto de vista da biologia e genética das
Meliponas, estabelecendo-se o tipo de meliponíneo primitivo. Desta forma,
entende-se que a complexidade genética está por trás da estrutura social das
abelhas. Neste contexto, ressalta-se a importância da meliponicultura e da
genômica de abelhas e de outros insetos sociais no Brasil, com uma das maiores
biodiversidades nesse grupo de insetos tão importantes para a estabilidade dos
ecossistemas e a agricultura. Esta pesquisa é voltada para uma aluna de ensino
médio, discente da Escola Agrícola Municipal Nilo Batista- Cabo Frio/RJ, do
Curso Técnico em Agropecuária onde visa valorizar o pensamento científico tanto
do naturalista Charles Darwin como os gerados a partir de sua teoria da
evolução pela seleção natural. A área de estudo é a unidade escolar da aluna
sujeito com a implantação da meliponicultura didática e aquisição de uma caixa
racional com uma colmeia de abelha nativa para observação. Neste contexto, a
pesquisa tem como objetivo geral pesquisar sobre a contribuição de Charles
Darwin para o estudo da evolução das melíponas. Esta pesquisa é caracterizada
por um estudo quali-quantitativo, com revisão bibliográfica e levantamento de
dados. Este trabalho despertou para a aluna sujeito, a motivação necessária
para a pesquisa e valorização da História da Ciência e em especial, promoveu o
interesse pelas melíponas, a teoria da evolução e a sua relação com a evolução
das melíponas.
Palavras-chave: evolução; Charles Darwin;
melíponas; meliponicultura
“Caminhos de Darwin na Fazenda
Campos Novos: sistema de irrigação de baixo custo para os agricultores do
trecho final do Rio Una”
Kaylane Rosa da Silva; Marcus Felipe Emerick Soares Cambra
1Escola Agrícola Municipal Nilo Batista
2Instituto de Geociências/Departamento de
Geologia/UFRJ
O presente trabalho visa propor um sistema de irrigação de baixo custo
para os agricultores do trecho final do Rio Una, localizado no entorno da
Fazenda Campos Novos, no 2º distrito de Cabo Frio/RJ. Local onde Charles Robert
Darwin (1809-1882) pernoitou durante sua viagem ao redor do mundo a bordo do
navio H.M.S. Beagle, partindo da Inglaterra em 27 de dezembro de 1831, esteve
no Brasil em 1832 chegando no Rio de Janeiro no dia 04 de abril, permanecendo
no interior do Estado do Rio de Janeiro entre os dias 8 e 24 de abril. Além de
buscar o entendimento sobre a passagem do naturalista inglês pela Região dos
Lagos a pesquisa buscou fazer uma análise socioeconômica-ambiental da área e
incentivar o conhecimento sobre a economia e sustentabilidade que a irrigação
promove. Para tanto, foram realizadas pesquisas bibliográficas, análise das
condições da água, visitas técnicas e entrevista com agricultores locais.
Palavras-chave:
Sistema de Irrigação de Baixo Custo; Pequenos Agricultores; Charles Darwin
“CABO FRIO NO SÉCULO
XIX: A CONSTRUÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO”
Maria Laura Rodrigues
de Freitas1, Mariana Fleury Hudson Oliveira1, Luiz
Guilherme Scaldaferri Moreira2
1 Colégio Municipal Rui Barbosa
2 Secretaria Municipal de Educação de Cabo Frio/RJ
A Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Básico e Médio foi homologada
pelo MEC em 20/12/2017 e 14/12/2018, respectivamente. Normatiza o ensino
básico, propondo tornar a educação um direito e, entre outras coisas, valorizar
“os princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana
integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”. Para
os currículos de ensino determina a divisão em duas partes. A “Base Comum”
(60%), compartilhada nacionalmente; e a “Parte Diversificada” (40%), definida
pelas próprias unidades escolares. Esta última é fundamental pois vivemos em um
país com uma imensa diversidade cultural e contextos. Igualmente, se reconhece
no documento que é vital levar em consideração aspectos locais que garantam que
o discente se interesse pela educação e permaneça na escola. O que contribuirá
para respeitar e atender as suas singularidades. Para além disso, o currículo
municipal nos diversos níveis de ensino também orienta para que os discentes
trabalhem a história de Cabo Frio. Nesse sentido, visando fazer com que os
discentes envolvidos no projeto conheçam não apenas a história de Cabo Frio,
mas sejam apresentados a metodologia científica, a curiosidade, a coleta,
análise e interpretação de dados científicos, a pesquisa tem por objetivo
aproveitar a passagem do naturalista inglês Charles Darwin pela fazenda de
Campos Novos em 1832 para a produção de um jogo didático que será distribuído a
todas as unidades escolares que compõem a rede de ensino municipal (cerca de 90
unidades). O jogo tem como objetivo mostrar aos alunos
como era a cidade na 1ª metade do século XIX. Seu tabuleiro constará de um mapa
de 1857 que mostra o então centro da cidade. Ao longo do jogo o aluno terá
contato com características históricas, geográficas, biológicas, naturais,
cultura popular – “causos” e folclore – da cidade. As informações serão
retiradas de documentos coevos, livros publicados pelo professor orientador
entre outros autores, depoimentos de viajantes/naturalistas que visitaram e
descreveram a cidade - Maximiliano von
Wied-Neuwied (1815-17), Auguste de Saint-Hilaire (1816-22) e Charles Darwin
(1832).
Palavras-chave: História de Cabo Frio; Caminhos de
Darwin; História
“A Geodiversidade na
Interpretação Ambiental
Maria Eduarda Neves Teixeira1,
Letícia da Conceição da Silva1, Marcus Felipe Emerick Soares Cambra2
–
1Escola Municipal Agrícola Nilo Batista.
2Faculdade de Geologia da UERJ.
Ao caminhar
ou pedalar pelas trilhas ou simplesmente “fazer trilhas”, a percepção sobre a
diversidade do ambiente se dá pelo próprio movimento do trilheiro. Ao longo das
trilhas se observa e contempla os elementos bióticos (biodiversidade) e
abióticos (geodiversidade) da natureza que compõem as paisagens mais
preservadas das Unidades de Conservação, bem como as transformações antrópicas
promovidas direta ou indiretamente na sua área ou no seu entorno. A
fragmentação do bioma Mata Atlântica é resultante do processo histórico de
ocupação do litoral brasileiro, que durante a fase colonial teve o protagonismo
das trilhas indígenas. Muitas destas se tornaram estradas para os fluxos de
pessoas, mercadorias, bens minerais (sal, ouro, diamantes) e agrários (cana-de-açúcar
e café). O bioma Mata Atlântica tem uma expressiva geodiversidade, que além de
apresentar um relevante valor estético, também permite ressaltar outros valores
e usos, tais como: geocientífico, geoturístico e geoeducativo. A geoeducação se
constitui um tipo de uso que pode ser realizado por professores ligados às
Geociências, apresentando aos alunos questões referentes às pesquisas
científicas realizadas sobre a geodiversidade local. O presente trabalho propõe
um estudo sobre os aspectos da geodiversidade em trechos da trilha de longo
curso TransCaboFrio, que faz parte do Corredor Litorâneo da Rede Trilhas do
Brasil. A trilha TransCaboFrio percorre em sua grande parte as praias do
município de Cabo Frio com áreas preservadas de restinga, dunas, lagoas e
costão rochoso, além de passar por importantes monumentos culturais tombados
pelo IPHAN como o Forte São Matheus (estilizado na pegada da logomarca) e a
Fazenda Campos Novos. A trilha é planejada para ser desenvolvida em 7 (sete)
trechos, tendo o seu trecho 6 (seis) de 20 km denominado de Fazenda Campos
Novos. A partir do estudo os alunos devem elaborar uma proposta de roteiro de
pontos de interesse da geodiversidade para o trecho escolhido dos 20 km da
Fazenda Campos Novos, de modo que contribua para o desenvolvimento das
atividades de geoeducação na região. Este estudo também vem contribuir para o
desenvolvimento de atividades de ensino no município de Cabo Frio. Como também
se insere nas atividades do projeto de extensão da Faculdade de Geologia da UERJ:
“Projeto Caminhos Geológicos - divulgação e preservação do patrimônio geológico
do Estado do Rio de Janeiro – a participação da UERJ”.
Palavras-chave: Trilhas, Geodiversidade,
Interpretação Ambiental, Geoeducação.
Roteiros de Trabalho de Campo Escolar em
Cabo Frio: propostas de Educação no Geoparque Costões e Lagunas.”
Gilson Daniel Scanzi Oroski1, Pedro
Henrique de Souza1, Marcus Felipe Emerick Soares Cambra2
–
1Escola Municipal Agrícola Nilo Batista,
Cabo Frio (RJ).
2Faculdade de Geologia da UERJ.
O
presente projeto de pesquisa busca conhecer, divulgar, valorizar e conservar
alguns sítios de geodiversidade que se expressam nas belezas naturais do
município de Cabo Frio, onde o aluno-sujeito reside e vive. Ao entender que a
geodiversidade é o equivalente abiótico da biodiversidade nas paisagens
naturais, os elementos sem vida que dão a base para a diversidade de vida na
superfície terrestre. De modo que o aluno através da compreensão geocientífica
dos sítios possa elaborar propostas de divulgação através de atividades
educacionais no município, tais como os roteiros de trabalho de campo escolar.
Cabo Frio, juntamente com outros 15 municípios litorâneos, integra a proposta
de implementação do Geoparque Costões e Lagunas no estado do RJ, desde Maricá
até São Francisco de Itabapoana no norte fluminense. Município da Escola
Agrícola Nilo Batista que possui uma riqueza de áreas de interesse científico,
didático-pedagógico, turístico, histórico, pré-histórico e ecológico, onde o
famoso cientista Charles Darwin registrou sua passagem em 1832 e estão
presentes os remanescentes quilombolas com suas tradições culturais e
históricas. Neste sentido busca-se elaborar roteiros de trabalho de campo
escolar compostos pelos principais sítios de geodiversidade, que possuem,
especialmente, um elevado valor didático-pedagógico para o aprendizado dos
conteúdos programáticos das disciplinas que contemplam os conhecimentos
geocientíficos, tais como: Geografia, Biologia, História, Ciências e outras
afins. O presente trabalho visa desenvolver o conhecimento do aluno-sujeito
sobre estas áreas especiais da geodiversidade de Cabo Frio e a importância da
sua divulgação e conservação através da geoeducação, visando contribuir para a
proposta do desenvolvimento de atividades educativas no Projeto Geoparque
Costões e Lagunas. Como também se insere nas atividades do projeto de extensão
da Faculdade de Geologia da UERJ: “Projeto Caminhos Geológicos - divulgação e
preservação do patrimônio geológico do Estado do Rio de Janeiro – a
participação da UERJ”.
Palavras-chave: Sítios de Geodiversidade,
Geoeducação, Geoparque.
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
“a importância da mediação
em conflitos escolares”
Esther de Mello Carvalho1; Klever
Paulo Leal Filpo2
1CIEP 472 Candido Portinari
2Universidade Católica de Petrópolis
No Brasil vemos um histórico de casos de violência
escolar ocorrendo em todos os estados do país. Várias hipóteses vêm sendo
construídas na tentativa de entender esse fenômeno. Uma delas aponta no sentido
de que a desigualdade social proporciona aos menos favorecidos um acesso maior
a violência desde a primeira infância. Em alguns casos, crianças têm contato
direto com o tráfico de drogas e outras práticas ilícitas, presenciando
agressões como forma de punição. Ademais, dentro dos próprios lares estas
crianças podem conviver com a violência doméstica, e isso pode ocorrer em
qualquer lugar, independente de serem famílias ricas ou pobres. Estes, dentre
outros fatores, contribuem diretamente para a formação de jovens que não
conseguem lidar tão bem com os conflitos, o que pode gerar situações de
violência. Por menor que seja a provocação, respondem com um nível de fúria
intensa, partindo para agressões verbais e até físicas. Isso às vezes faz com
que esses conflitos ingressem no sistema de justiça que inclui a Delegacia, o
Poder Judiciário, o Conselho Tutelar, e outros. É um problema sério que
desperta a atenção de vários profissionais da educação, da psicologia, do
direito, dentre outras áreas. Com estas conclusões, se dá a importância da
mediação de conflitos escolares, trazendo aos estudantes (crianças ou jovens)
um novo modo de resolver suas diferenças. Na mediação a comunicação entre as partes,
com a ajuda de um mediador capacitado, pode levar a soluções criativas e
amigáveis para um conflito. A partir dessa análise, foi criado em Petrópolis o
Programa Petrópolis da Paz, que utiliza a mediação para resolver conflitos e
para educar os jovens estudantes de escolas municipais da cidade para lidarem
melhor com as diferenças. É o funcionamento desse Programa que tem nos
interessados na pesquisa atualmente. Essa pesquisa vem sendo feita no “Grupo
Interdisciplinar de Pesquisa Empírica sobre Administração de Conflitos” (GIPAC)
que está vinculado institucionalmente ao Programa de Mestrado em Direito da
Universidade Católica de Petrópolis, sendo desenvolvida por mim e meus colegas
que fomos contemplados com bolsas de Jovens Talentos da FAPERJ. Esse grupo, de forma geral, quer investigar
as diferentes formas como os conflitos de interesse são administrados. Não
apenas a jurisdição do Estado (Poder Judiciário), mas também os mecanismos
extrajudiciais acionados para esse fim, especialmente a mediação. O grupo está
particularmente interessado em observar e descrever as práticas judiciárias e
dos órgãos correlatos com o objetivo de explicitar as dificuldades encontradas
pelos cidadãos na realização de seus direitos.
Palavras-chave: conflitos escolares; mediação
UFRJ
“A Influência das relações étnico-raciais: percepções de estudantes pretas do CEFET
Maria da Graça”
Mariana
Silva de Souza
1; Ana Lucia Nunes de Souza
1Centro Federal
de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
2Instituto Nutes de Educacao
em Ciências e Saúde da Universidade Federal
do Rio de Janeiro
A Lei nº10.639/03 torna
obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena
nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio do país. Percebemos como a temática
racial pode
influenciar na vida da
comunidade escolar e na estrutura das escolas. Sendo assim, há a necessidade de refletir sobre a aplicação desta Lei e analisar de
que maneira ela influencia na vida dos/das
estudantes; se esta Lei está sendo cumprida corretamente e qual o seu efeito dentro dos ambientes escolares.
Também se faz necessário abordar a baixa representatividade
e proporcionalidade de professores/as negros/as dentro das instituições de ensino, pois imaginamos
que isso afeta a vida dos alunos em geral, em especial
de estudantes negros/as. Para analisar todas estas questões,
entrevistamos estudantes
negras do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ) - campus Maria da Graça. Foram escolhidas cinco (5) estudantes que se
autodeclaram pretas, por conveniência, todas
participantes do Projeto de Extensão "Mulheres negras fazendo
ciência". Assim, neste trabalho,
analisamos as percepções de estudantes sobre a forma como as relações étnico-raciais na educação interferem na
experiência acadêmica e pessoal,
enquanto pessoa preta; e, também, como a educação/o saber de sua história serve como um meio de construção
de autoestima e de resistência e (re)existência. Além disso, abordamos
o papel do educador dentro
das instituições, uma vez que ensinar não se resume apenas à transferência de
conhecimento, mas ao
incentivo, criando possibilidades para sua construção e produção (FREIRE, 2003). Neste contexto, necessita-se resistir
ao modelo social imposto pela classe dominante
para que assim se alcance
uma educação emancipatória e que haja perspectiva de
(re)existir.
Palavras-chave: Lei 10.639/03; percepções; (re)existência
UFRRJ NOVA IGUAÇU
O PROGRAMA
JOVENS TALENTOS E O PARADIGMA DA APRENDIZAGEM NA BAIXADA FLUMINENSE:
REFLEXÕES, ANÁLISES E PRODUTOS EDUCATIVOS
ACERCA DAS ESPECIFICIDADES DOS FONOESTILO DISCURSO POLÍTICO, SERMÃO RELIGIOSO,
NOTÍCIA JORNALÍSTICA E ENTREVISTA
Myllena
Pereira de Oliveira; Laisa Marcelly da Silva; Maristela da Silva Pinto
Os gêneros
orais exercem um papel importantíssimo nas práticas sociais e de persuasão,
conforme nos aponta Dolz et al (2004). Para a autora, além de se considerar os
elementos linguísticos proferidos no discurso do interlocutor, não se pode
deixar de atentar-se para os meios para-linguísticos, os meios cinésicos, a
posição dos locutores, os aspectos exteriores e a disposição dos lugares, visto
que a intencionalidade do discurso se encontra não só no verbal, mas também nos
aspectos não-linguísticos, como olhar, riso, expressão corporal, tom de
voz... Para se reconhecer as reais
intenções e manobras discursivas do enunciador, devemos analisar todos esses
aspectos. A fim de analisar quatro
gêneros orais específicos – discurso político, sermão religioso, notícia
jornalística e entrevista -, lançamos mão (i) da autonomia das bolsistas, pois
cada aprendiz buscava e selecionava o texto a ser analisado, (ii) da construção
de “roteiros subjetivos” (Pacheco, 2019), pois cada qual indicava o que já
sabia sobre o assunto, o gostaria de aprender, o que aprendeu, onde buscou
maiores informações e como poderia
compartilhar, (iii) da verificação de cada especificidade dos gêneros
analisados, as quais eram “transcritas” em mapas mentais, (iv) da construção de
um dispositivo de prática midiático para partilhar o conhecimento
construído. Desse modo, esperamos estar
despertando em nossos jovens aprendizes o ímpeto investigativo, tomando por
base o paradigma da aprendizagem (Pacheco, 2019). Ao longo do projeto “Os gêneros orais e sua
intencionalidade discursiva: a implantação do paradigma da aprendizagem junto a
estudantes de Espanhol como LE na Baixada Fluminense”, sob a orientação da
professora de Língua Espanhola do Departamento de Letras/IM/UFRRJ, Maristela
Pinto, nos debruçamos na análise desses quatro fonoestilos – discurso político,
sermão religioso, notícia jornalística e entrevista –, a fim de que nossos
aprendizes sejam capazes, em sua vida cotidiana, de discernir “quem diz, porque
diz, para que diz, como diz, por meio de qual veículo diz, com que intenção o
faz e em que contexto realiza seu discurso”, para que se tornem cidadãos
conscientes e menos facilmente ludibriados pelas manobras discursivas. Neste
trabalho apresentaremos (i) resultados preliminares referentes ao nosso
processo de construção do conhecimento dentro do paradigma da aprendizagem,
(ii) uma tabela resumitiva comparando as especificidades de cada um dos
fonoestilos analisados e, por fim, (iii) produtos midiáticos construídos pelas
aprendizes evidenciando essas especificidades. Como exemplos desses produtos,
selecionamos: (a) um podcast, sobre os gêneros orais (Marcuschi, 2008; De
Andrade, 2010); (b) uma animação, na qual se define cada fonoestilo, a partir
dos elementos linguísticos, das atitudes corporais, das roupas, da respiração,
dos risos, das pausas silenciosas, das pausas preenchidas, da velocidade de
fala, da qualidade e do tom de voz e do foco; (c) um vídeo no estilo “tik tok”,
no qual estarão imitando um político, um religioso, um jornalista e um
entrevistado, evidenciando as especificidades de cada fonoestilo. Como conclusão do trabalho realizado ao longo
do projeto, destacamos a eficácia do paradigma da aprendizagem junto a
aprendizes da Educação Básica, uma vez que se mostraram autônomas na construção
de seu conhecimento, souberam manusear as práticas investigativas e partilhar
coletivamente o conhecimento construído, a partir de produtos educacionais
atuais e midiáticos, com um nível de excelência admirável e desejável. No que
concerne aos fonoestilos analisados, as aprendizes identificaram grande
disparidade entre eles, como se pode ver nos resultados apontados. No que se
refere (i) às atitudes corporais, o fonoestilo notícia jornalista apresenta
menos movimentos que os demais, além de uma velocidade de fala mais rápida,
(ii) já os risos e roupas se mostraram mais frequentes e informais nas
entrevistas, (iii) as pausas silenciadas ou preenchidas foram mais frequentes
no discurso político e o tom de voz o mais alto nesse fonoestilo também, (iv)
já no que se refere à velocidade de fala, se mostrou mais lenta e envolvente
nos sermões religiosos, além desse fonoestilo também apresentar elementos
linguísticos muito característicos, tais como fé, pecado, perdão..., fosse o
tipo de religião que fosse. Esperamos que, ao fim deste projeto, as aprendizes
usem esse conhecimento de forma prudente e responsável (Educação Humanista,
Aloni, 2011; Alves, 2011; Pacheco, 2008), tanto quando receptor quando emissor
de um discurso, e que como aprendizes,
usem e partilhem o tão eficaz e promissor paradigma da aprendizagem em
suas salas de aula ou qualquer outro espaço de aprendizagem.
“Propaganda
de loteamentos em um jornal da Periferia”
João Victor Dias da Silva1, Kaio Freitas de Azevedo2,
Lucia Helena Pereira da Silva3
1Colegio Estadual Arruda Negreiros
2 Colégio Estadual Maria Justiniano Fernandes
3 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,
campus Nova Iguaçu
Através do semanário Correio da Lavoura, jornal de
Nova Iguaçu fundado em 1917, está sendo levantado os anúncios de compra e venda
dos lotes, isto é, a propaganda e os tramites legais adjacentes, tais como os
editais imobiliários dos cartórios da primeira e segunda circunscrição do
município. São anunciados no periódico lotes e loteamentos nos distritos de
Queimados e Belford Roxo principalmente. Foram por meio destes anúncios que
chegaram milhares de pessoas ao grande município, dando forma a “febre dos
loteamentos” que transformou uma região rural em urbana periférica. A pesquisa
está privilegiando as décadas de 1960 e 1970, momento em que Nova Iguaçu viveu
o auge dos loteamentos. Os desmembramentos e fracionamentos da terra em lotes
garantiram a consolidação do município como cidade dormitório, cujas
caraterísticas podem ser vistas ainda hoje na ausência de saneamento, rede de
água, outros equipamentos e serviços urbanos. Acompanhar as edições dos jornais
permitem entender o processo de venda dos lotes através dos anúncios, das
desistências por meio dos editais e da recuperação dos lotes por parte dos
loteadores. Os terrenos podem ser vistos como parte de um grande negócio, mas
também como sustentáculos de um modo de vida, que seria constituído pela
população que os adquiria. Assim emergiu a Baixada Fluminense enquanto
periferia. Grande parte da pesquisa foi realizada de forma remota em função da
pandemia de COVID 19
Palavras-chave: Baixada Fluminense; Loteamentos;
Imprensa; Periferia
O TEXTO LITERÁRIO HISPÂNICO E O PARADIGMA DA APRENDIZAGEM: REFLEXÕES,
AÇÕES E FORMAÇÃO HUMANA
Ana Carolina da Silva Ferreira;
Mellany da Silva
Moraes Nunes; Debora Ribeiro Lopes Zoletti
[1] Colégio Estadual Dom Adriano Hipólito – Nova Iguaçu
[1] Colégio Estadual Califórnia – Nova Iguaçu
[1] Departamento de Letras/IM/UFRRJ – Campus Nova Iguaçu
Todo texto
literário, devido a seu caráter plurissignificativo, traz consigo aquilo que
Antonio Cândido (1995) definiu como sua principal potencialidade: a “função
humanizadora”, isto é, considerar a literatura como uma fonte motivadora para
nossa formação, já que ele reverbera histórias e sensações que levam seus
leitores a associá-las com a sua vida social. Assim, o jovem estudante, ao se
debruçar em sua análise, partindo de uma metodologia científica conduzida pela
criação de “roteiros subjetivos” (Pacheco, 2019), além de potencializar sua
formação humana, efetiva ainda sua prática de investigação científica
dialogando, portanto, com o “paradigma da aprendizagem” (Pacheco, 2019). Este
paradigma educacional, em oposição ao tradicional e ineficaz paradigma da instrução,
preconiza que todo conhecimento construído deve partir de levantamento de
questões subjetivas, passando pelo caminho da investigação/pesquisa, até chegar
à etapa de partilha e de divulgação daquilo que foi aprendido, isto é, os
resultados de seu trabalho investigativo. Ao longo do projeto “Implementando o paradigma da aprendizagem na
Baixada Fluminense: reflexões, ações e formação humana a partir de obras
literárias hispânicas”, sob a
orientação da professora de Cultura e Literaturas Hispânicas do Departamento de
Letras/IM/UFRRJ Debora Zoletti, nos debruçamos na análise de quatro gêneros
literários do universo hispânico: poema, conto, fábula, micro-relato a fim de
descobrirmos, através da prática de elaboração de roteiros subjetivos, seus
plurissignificados e, posteriormente, diante do conhecimento construído, pensar
e agir com prudência e responsabilidade em nosso entorno social, compartilhando
nossas descobertas através da criação de diferentes produtos, tais como mapas
mentais, tabelas-resumo, podcasts e animações. Neste trabalho apresentaremos
resultados preliminares referente ao nosso processo de construção do
conhecimento dentro do paradigma da aprendizagem partindo de dois dentre os
quatro gêneros analisados: o poema “El viento en la isla” (de Pablo Neruda,
Chile, 1904) e o micro-relato “Palabras Parcas” (de Luiza Valenzuela, Buenos
Aires, 1938). Como resultados preliminares do trabalho de investigação diante
desses gêneros, indicamos que, apesar de ambos se classificarem como textos
literários e, portanto, mediados pelos recursos da linguagem literária, cada
qual conta com determinadas características formais e estilísticas próprias.
Enquanto o poema está escrito em versos e estrofes o micro-relato possui uma
escrita em prosa e mais direta, porém, ambos detêm um rigor e uma intensidade
narrativa compatíveis com a necessidade que alguns textos têm de comunicar
dentro de um espaço narrativo curto. Além disso, descobriram também que, apesar
de seu caráter de brevidade, ambos textos se utilizaram de seus recursos
estilísticos para comunicar importantes reflexões que reverberam a todo momento
em nossa sociedade moderna: i) sobre a intensidade do elemento vento que, como
símbolo de mudança de rumo, não foi capaz de minimizar a força de um amor e ii)
sobre o quão pode ser trágico confiar ingenuamente nas pessoas.
Como conclusão do
trabalho realizado ao longo do projeto, destacamos a qualidade de nosso
aprendizado e a nossa satisfação quando nos vimos, naturalmente, inseridas e
envolvidas no paradigma da aprendizagem. Aprendemos a desenvolver nossa
autonomia diante do trabalho de pesquisa e tomamos consciência da importância
de se partilhar aquilo que descobrimos. Além disso, conseguimos ampliar o
conhecimento teórico e prático acerca do universo literário hispânico ao
entendê-lo como fonte potencializadora da formação humana e propulsora de
reflexões e ações geridas por uma atuação prudente, responsável e ética na
sociedade na qual vivemos.
UFF INEAC
Crescendo e Aparecendo:
programa de comunicação e divulgação das atividades do Laboratório Escolar de Pesquisa
e Iniciação Científica
Cassiano Freitas¹, Giovana Knoller¹, Karen Camargo¹, Manuela Verissimo¹,
Marcos Verissimo².
1Colégio Estadual Walter Orlandini
2Instituto de Estudos Comparados em Administração de
Conflitos (INCT-InEAC); SEEDUC-RJ.
O presente projeto,
ainda em execução, objetiva a produção e gestão sistemática de canais de
expressão e divulgação dos resultados de pesquisas escolares protagonizadas por
pesquisadores iniciantes matriculados na Rede Estadual de Ensino do Rio de
Janeiro já iniciados na prática de pesquisa por meio do Laboratório Escolar de
Pesquisa e Iniciação Científica (LEPIC). O LEPIC integra estudantes de várias
escolas no estado do Rio de Janeiro. Desde 2019 integra o Diretório de Grupos
de Pesquisa do CNPq, tem caráter multidisciplinar, e se vincula ao Instituto de
Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC), da Universidade
Federal Fluminense (UFF), coordenado pelo antropólogo Roberto Kant de Lima. A
ideia do presente trabalho é, portanto, focar em ações e estratégias de
letramento midiático e divulgação dos resultados dos trabalhos dos
pesquisadores iniciantes, tanto no âmbito acadêmico quanto nas chamadas redes
sociais. Os quatro pesquisadores iniciantes vinculados a este projeto possuem
experiência em realização de episódios em podcast, e para isso receberam
preparo qualificado, participando de oficinas promovidas por estudantes e
professores do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF. Ao longo de
2021 e 2022 promoveram lives no
Instagram para comunicar os resultados de suas pesquisas e contribuir para a
difusão do conhecimento produzido em centros de pesquisa.
Palavras-chave: Divulgação científica; Socialização Universitária;
Letramento midiático; Protagonismo juvenil.
Aprendendo com os conflitos
escolares e sua administração: um estudo sobre os significados da noção de
Segurança Pública na Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Alana Kamily Souza Soares¹, Raissa Antonio da Silva¹, Victoria Pestana¹,
Vitória Fantini Medeiros da Silva, Frederico Policarpo².
1Colégio Estadual Walter Orlandini
2Instituto de Estudos Comparados em Administração de
Conflitos (INCT-InEAC); Departamento de Segurança Pública (UFF).
Esta é a proposta de um estudo sobre os sentidos e
significados da noção de Segurança Pública em uma escola da Rede Estadual de
Ensino do Rio de Janeiro. O projeto foi elaborado por pesquisadores do
Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (INCT-InEAC) em
articulação com o Laboratório Escolar de Pesquisa e Iniciação Científica
(LEPIC), sediado no Colégio Estadual Walter Orlandini, na cidade de São
Gonçalo. A perspectiva é a das ciências sociais, notadamente a antropologia.
Este projeto visou ampliar o alcance do trabalho já realizado no LEPIC, por
meio de reuniões de pesquisa, palestras, seminários, oficinas e grupos focais,
que subsidiarão a produção de uma cartilha virtual com características
informativas e preventivas sobre a questão do acesso à Segurança Pública, tida
aí como um direito social e civico. Na qualidade de bolsistas vinculados a este
projeto, as pesquisadoras iniciantes contribuiram para a organização de
atividades acadêmicas e nas redes sociais onde se buscará tematizar a noção de
Segurança Pública junto à comunidade escolar (entendendo-se aí esta comunidade
como sendo composta de estudantes, todos os profissionais da educação ali
empregados, e as famílias dos estudantes).
Palavras-chave: Pesquisa Escolar, Escola Pública, Conflito,
Segurança Pública
DESENVOLVIMENTOS DE CÓDIGOS-FONTE
PARA CRIPTOGRAFIA BASEADA EM REVISÃO SISTEMÁTICA NO VIÉS DO ENSINO BÁSICO
Rubem Ignacio Corrêa Neto (Aluno)
Anderson Alves de Albuquerque (Orientador)
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro –
Campus Arraial do Cabo
A criptografia tem como papel principal garantir a
confidencialidade de uma mensagem enviada ao destinatário. Na história, o uso
da codificação de mensagens tem um de seus marcos históricos em 50 a.C., quando
o imperador Júlio César desenvolveu um método de comunicação, o qual utilizava
de substituições de letras. Essa técnica para proteger a informação também
estava presente na Segunda Guerra Mundial, onde os alemães utilizaram a máquina
eletromecânica “ENIGMA” que permitia a encriptação de mensagens com milhões de
substituições, impossibilitando que as mensagens fossem captadas na guerra
pelos aliados. Contudo, o avanço das técnicas de criptografia não se estagnou,
continuou evoluindo conforme as novas ferramentas tecnológicas vinham sendo
criadas. Este projeto envolve o assunto da criptografia, que além da sua
importância histórica é fascinante para muitas pessoas acadêmicas ou não. O
objetivo do presente trabalho é facilitar a relação de ensino-aprendizado da
criptografia por meio do desenvolvimento de programas, que em alguns casos
envolvem diversas criptografias históricas. O projeto permitirá atender
diversas visões nessa relação de ensino, como, por exemplo: o aluno poderá ver
o funcionamento dos algoritmos criptográficos com os programas criados nesse
projeto e analisar os códigos-fonte da programação para implementação dos
algoritmos criptográficos. Assim, será possível analisar a lógica por trás da
geração das mensagens cifradas com as diversas linguagens de programação
utilizadas. Por fim, será possível acessar o projeto em um site com
categorizações, tais como: cifras de substituição, cifras de transposição,
criptografia simétrica, criptografia assimétrica e hash. Diante disso,
outros conhecimentos podem ser visitados, dentre eles: programação, lógica,
noções da matemática elementar (funções, matrizes e a teoria dos números).
Portanto, este projeto não fica restrito apenas à segurança computacional ou à
criptografia. Ademais, os programas obtidos no projeto servem também para auxiliar
os professores nas aulas, pois servem como ferramentas para criar aulas
práticas e demonstrações em suas apresentações.
Palavras-chave: segurança; criptografia; aprendizagem